Por Ademar Rafael Ferreira (Papa)
Ade Maleu Lapa-el – Excepcionalmente hoje, entra em quadra a ‘Rainha’ Hortência.
Papa – Hortência Maria de Fátima Marcari nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Potirendaba em 23.09.1959, sempre teve ligação com a pratica de esporte. Transitou pelo atletismo, handebol e se encontrou no basquete onde brilhou e ganhou a merecido título de ‘rainha’. É uma MULHER VENCEDORA nas quadras e fora dela, sempre teve uma postura de atleta de alto nível, sob seu comando sua geração mudou o patamar do basquete brasileiro.
Quando a Rainha tinha em torno de dez anos sua família mudou-se para capital e a família de origem italiana tentou afastar Hortência dos esportes, não conseguiu porque seu destino era o pódio. Aos treze anos foi descoberta por Waldir Paga Perez e aos quinze já estava na Seleção Brasileira.
Em sua vitoriosa carreira defendeu os seguintes clubes: São Caetano Esporte Clube , Associação Prudentina, CA Minercal, CA Consteca/Sedox, NCNB Ponte Preta e ADC Seara, tendo sido campeã paulista em 1978, 1979 e 1980. Na Seleção Brasileira conquistou, entre outros, os seguintes títulos: Sul-americano em 1978, 1986 e 1989, medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Caracas, 1983, prata no Pan de Indianápolis, 1987 e ouro nos Jogos Pan-americanos de Havana, 1991, nesta competição mostrou todo seu potencial e encantou o sisudo presidente Fidel Castro, em 1994, ganhou o título Mundial, na Austrália.
Do site do Comitê Olímpico Brasileiro transcrevo o texto a seguir, que narra de forma precisa o que Hortência representa para o basquete do Brasil: “Maior jogadora da história do basquete brasileiro, juntamente com a armadora Paula, Hortência foi titular da Seleção Brasileira desde os 16 anos. Apelidada de Rainha, a ala chegou a fazer 121 pontos em uma partida válida pelos Jogos Regionais de 1991, quando atuava pela equipe de Sorocaba. Após participar da estreia da seleção feminina nos Jogos Olímpicos, em Barcelona 1992, Hortência conquistou o Campeonato Mundial em 1994, na Austrália, e interrompeu sua carreira para ter um filho. Mas a paixão pelo esporte e o desejo de conquistar uma medalha olímpica falaram mais alto: Hortência voltou às quadras e conquistou a prata em Atlanta 1996”.
Obrigado ‘Rainha” você dignifica o esporte, você foi e é referência em todo mundo, sua carreira é digna do registro no Hall da Fama do Basquete, obtido em 2002.