16 – NA SEXTA UMA CESTA DE VERSOS

Por Ademar Rafael Ferreira (Papa)

Ade Maleu Lapa-el – Fale-nos sobre Gregório Filó.

Papa – Gregório Filomeno de Menezes nascem em 1944 no Sítio Cachoeira de Manoel Valentim, em São José do Egito. Poeta por excelência. Na aba do seu livro “Versos em motes diversos” seu sobrinho Maurício Menezes escreveu: “Autodidata, compenetrado, leitor voraz, perfeccionista, lapida seu tesouro poético com o respeito e a dedicação que todos os poemas merecem ter”. Amante da verdade, diálogo franco e sem arrodeio. Amigo para o que der e vier. Do livro acima extraímos as décimas abaixo:

Sendo eleito e reeleito

Todo político corrupto

Dá um tratamento abrupto

A quem lhe ajudar no pleito

Eleitor mal satisfeito

Existem em todo ambiente

Pilantra que rouba a mente

Vemos até no altar

É UM PECADO VOTAR

EM POLÍTICO INCONSEQUENTE.

A soberba e a prepotência

Não geram tranquilidade

E excesso de autoridade

Não garante obediência.

Porque a nossa existência

É uma estrela cadente

Do brilho resplandecente

a a uma órbita sombria

TODA VEZ QUE MORRE UM DIA

MORRE UM PEDAÇO DA GENTE.

Morando num palacete

Não se sente satisfeito

Porque tem que andar com jeito

Pra não sujar o tapete

A falta de alfinete

N’alguma decoração

Dói mais que a falta de um pão

Na mesa de um flagelado

VIVE O RICO INTOXICADO

PELA SOFISTICAÇÃO.

Estando necessitado

Não se humilhe nem se iluda

Para conseguir ajuda

Se mostre sempre educado

O prefeito ou deputado

Trate por Vossa Excelência

Não é com irreverência

Que o sujeito enche a sacola

ATÉ PRA PEDIR ESMOLA

É PRECISO COMPETÊNCIA.