17 – MULHERES VENCEDORAS – FERNANDA MONTENEGRO

Por Ademar Rafael Ferreira (Papa)

Ade Maleu Lapa-el – Nossa câmara hoje será direcionada para Fernanda Montenegro.

Papa – Arlete Pinheiro Esteves da Silva > Arlete Pinheiro Monteiro Torres – Fernanda Montenegro, atriz, nasceu em Cascadura, Rio de Janeiro, em 16.10.1929. Aos quinze anos enquanto aluna do famoso Colégio Pedro II inscreveu-se em curso para locutora da Rádio do Ministério da Educação e Cultura (Rádio MEC), foi aprovada e ficou por uma década como locutora e atriz de rádio teatro, neste período começou a escrever.

Essa MULHER VENCEDORA deu seus primeiros os nos palcos de teatro no Grupo de Teatro Amador da Faculdade de Direito e depois no Teatro Ginástico. Nos primeiros anos da década de 1950 foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi. Nesta mesma década integrou a Companhia Maria Della Costa e Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Por volta de 1959 criou com o marido Fernando Torres sua própria companhia teatral, a Companhia dos Sete.

Na metade da década de 1960, em plena ditadura, ou a integrar o quadro de atrizes da TV Globo, nesta e emissora – considerando apenas as décadas de 1980/90 -, teve participação destacada, em: “Baila Comigo, 1981”; “Brilhante, 1982”; “Guerra dos Sexos, 1983”; “Cambalacho, 1986”; “Sassaricando, 1988”; “Rainha da Sucata, 1990” e/outras. No cinema, atuou em clássicos nacionais, como “Eles Não Usam Black-Tie, 1981”; ”O Que É Isso, Companheiro?, 1997”; “Central do Brasil, 1998”; “O Auto da Compadecida, 2000”, “O Tempo e o Vento, 2013”; “Doce de Mãe, 2013”; “A Vida Invisível, 2019” e em outras quatro dezenas de filmes.

Pela magnífica interpretação em “Central do Brasil” foi indicada ao Oscar. Ganhou o Emmy Internacional como melhor atriz pela atuação em “Doce de Mãe”. Em 2021 foi eleita para Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupa a cadeira 17. São inúmeros os prêmios que Fernanda Montenegro conquistou, aqui destacamos: “Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito”, cinco vezes ganhou “Prêmio Molière”; três vezes recebeu “Prêmio Governador do Estado de São Paulo”; “Urso de Prata no Festival de Berlim de 1998” pela interpretação de “Dora” no filme “Central do Brasil” de Walter Salles; “Globo de Ouro em 1999”.

É aclamada por muitos como a grande “Dama do Teatro” no Brasil, onde deu vida a muitos personagens com interpretações impecáveis, destaques para peças “A Muralha, 1968” e “Sangue do Meu Sangue, 1969”. Obrigado por tudo divina estrela.