46 – DANÇAS BRASILEIRAS – SIRIRI

Por Ademar Rafael Ferreira (Papa)

Ade Maleu Lapa-el – Fale-nos sobre a dança Siriri, popular no Centro Oeste.

Papa – Esta dança tem presença nas festas tradicionais e nos festejos ligados a eventos religiosos da região Centro Oeste e é praticada também em algumas regiões do estado de São Paulo com adaptações. A prática no estado paulista é justificada pelo fato de que o Mato Grosso integrava a Capitania de São Paulo, a divisão territorial não impediu a influência da dança em toda região.

Em muitos estudos é citada como uma variação da dança Sururu e existe concordância que se origina no universo indígena, com larga aceitação nas zonas rurais e ribeirinhas dos estados onde praticada.

Normalmente as letras das músicas são simples, fáceis de decorar e cantar, na transcrição feita no final deste crônica essa característica pode ser observada. Na sua execução existe variações entre fileiras ou rodas, dançada em pares. As mulheres rodam as saias e batem palmas e batem os pés no chão. Cabe registrar que em função da sua coreografia ser revestida de muita simplicidade são introduzidas variações durante seu desenvolvimento para dar dinâmica e sincronia nos movimentos que em determinados momentos ficam mais rápidos e mais contagiantes em função da alegria manifestada pelos praticantes.

As vestimentas dos dançarinos são calças compridas e camisas coloridas para os homens e saias com estampa alegres para as mulheres que usam também flores no cabelo.

Na região Cuiabá esta dança a praticada com muita intensidade, os movimentos culturais e secretarias ligadas à cultura promovem anualmente festival onde a pratica do Cururu e o Siriri são destacados.

Dimas e seus teclados – “A Dança do Siriri”: “Eu toco siriri/ Eu toco sarará/ Remexe menina/ Requebra menina/ Até o dia clarear – O sereno já caiu/ O siriri tá pra chegar/ Eu toco a noite inteira/ Eu toco a noite inteira/ Até o dia clarear”.