Por Ricardo Antunes
A viagem da governadora Raquel Lyra (PSDB) a Brasília deu o claro sinal de que não quer mesmo interferir na eleição da Mesa Diretora da Alepe. Faltando cinco dias para a escolha da nova cúpula do Legislativo estadual, a tucana deixou seu correligionário Álvaro Porto tocando a candidatura que consolidou sozinho.
Álvaro deve ser eleito sem dificuldade, já que o principal adversário, Antônio Moraes (PP), não ganhou aderência. Pelo contrário, lideranças têm sinalizado claramente apoio ao tucano, que há dois anos teve coragem de enfrentar Eriberto, que tinha o então Palácio das Princesas moendo a seu favor. Agora as coisas são de outro rumo.
Há também o componente de que Raquel não definiu nada sobre os espaços políticos no segundo escalão. Pelo contrário, tudo leva a crer que os políticos pouco apitarão nas escolhas. Isso colocaria uma ingerência da governadora na eleição da Alepe como algo negativo, daí a opção pelo “tanto faz”. Que nem é dessa forma, já que o vencedor é tucano igual à própria Raquel.
Mistérios da política, onde um parlamentar vence uma disputa sem o apoio direto da correligionária. Nossa província estaria mudando, ‘evoluindo para uma ingenuidade’ que nem os Teletubbies acreditariam?