Sindicato fala em ‘falta de compromisso’ de Raquel Lyra com enfermagem

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No mesmo dia em que o Estado obteve decisão judicial para barrar greve anunciada na última quinta-feira, em nota oficial, o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) disse repudiar o que classificou como “falta de compromisso da governadora Raquel Lyra” com os trabalhadores da enfermagem.

Na sexta-feira (10), foram realizadas mobilizações em municípios do Estado para marcar o que seria primeiro dia de greve.

No Recife, profissionais foram às ruas para chamar a atenção do poder público sobre a implantação e implementação do piso da enfermagem e por melhores condições de trabalho.

A concentração do ato se deu na Praça do Derby com uma caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista. Uma comissão foi formada e teve o ao Palácio do Campo das Princesas.

Em seguida, essa comissão foi surpreendida com a chegada de uma oficial de justiça que entregou uma liminar, suspendendo a greve dos profissionais da rede estadual, com um prazo de 24h, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia, caso a determinação não seja cumprida.

Eles reclamaram que a governadora não recebeu os representantes da categoria de enfermagem.

Junto com o Satenpe estavam o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco (Seepe) e o Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe).

Na noite da sexta, aconteceu uma assembleia conjunta para discutir com os profissionais os rumos do movimento paredista e a situação dos servidores públicos estaduais, considerando a decisão judicial.

“O Satenpe reforça que a greve permanece por tempo indeterminado para os trabalhadores da rede privada e servidores nos municípios. Nesta segunda-feira (13), será realizado um ato em frente a alguns hospitais da rede privada”.

“O nosso grito da enfermagem ecoou nos quatro cantos de Pernambuco e do Brasil. Esse grito é um grito de esperança, um grito humanitário e, sobretudo, um grito de cidadania. A enfermagem acordou e não descansará até que os governos federal, estadual, municipal e os barões donos de hospitais do setor privado paguem cada centavo do piso devido à categoria de enfermagem. A luta continua!”