Folha de S.Paulo
Os líderes Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) se reuniram nesta sexta-feira (18) com o candidato do PT na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão, num gesto ao partido de Lula e mirando a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
O encontro aconteceu na tarde desta sexta-feira no comitê central de Leitão na capital cearense e contará com a participação do ministro Camilo Santana (Educação).
O PSD já apoia a candidatura de Leitão, a vice do petista, Gabriella Aguiar, é filiada ao partido. O União Brasil, por sua vez, liberou seus filiados, apesar de Capitão Wagner (União Brasil), quarto colocado no primeiro turno, ter declarado apoio a Fernandes.
Uma ala do União Brasil tentou convencer Wagner a apoiar Leitão no segundo turno. Defendiam esse caminho o presidente da sigla, Antonio Rueda, Elmar e os deputados federais Moses Rodrigues e Fernanda Pessoa.
Agora, os parlamentares do União Brasil formalizaram apoio ao candidato petista.
Brito e Elmar fecharam aliança na briga pela presidência da Câmara para fazer frente ao nome de Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato de Lira. Desde então, estão fazendo gestos ao PT e ao governo federal, numa tentativa de ter apoio deles na eleição da Mesa Diretora. A ideia é criar um bloco governista, sem a participação do PL de Jair Bolsonaro.
Na noite desta sexta-feira, Elmar e Brito participaram de um jantar da bancada cearense. Neste sábado (19), o líder do PSD estará em ato do partido em apoio a Leitão.
Em Fortaleza, Leitão tem como adversário o deputado federal André Fernandes (PL), numa disputa que opõe Lula e Bolsonaro, num ensaio para 2026. A capital cearense, a quarta mais populosa do país, é considerada a principal aposta do PT para sair vitorioso das urnas no segundo turno.
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17) mostrou que os candidatos estão empatados tecnicamente. O candidato bolsonarista possui 45% das intenções de voto, ante 43% do petista, com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Outros 4% afirmaram votar em branco ou nulo, e 8% não sabem ou não responderam.