A bancada feminina do PT no Congresso disse em nota que os questionamentos na imprensa aos gastos da primeira-dama Janja com assessores são “ataques da extrema-direita” carregados de “machismo”. O posicionamento foi divulgado em uma nota publicada no site do PT na Câmara.
Janja virou assunto nos principais jornais do país depois que o Estadão revelou que uma equipe de assessoria a primeira-dama já gastou R$ 1,2 milhão em viagens. Segundo o jornal, os salários da equipe custam cerca de R$ 160 mil mensais aos cofres públicos.
“Ao ressignificar o papel de Primeira-Dama, Janja rompeu com o conceito arcaico e machista de subserviência e ividade. Ela mostra coragem, dignidade e compromisso com a transformação social”, diz a nota.
A bancada também argumenta que Janja “desempenha um papel importante em causas essenciais para o país” e cita a defesa dos direitos das mulheres e o combate à violência. Por isso, argumenta, é “legítimo que ela conte com assessoria” para desempenhar seu papel.
“Não toleramos os ataques da extrema direita, carregados de machismo, que buscam desqualificar o trabalho e a força de uma mulher em posição de protagonismo. Em uma sociedade que desqualifica o trabalho de uma mulher, não há espaço para uma democracia plena”, conclui a bancada feminina.
TCU pode investigar
Na última quinta-feira (26), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) prometeu acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar a licitude dos gastos da primeira-dama. O bolsonarista também afirmou que acionará o Ministério Público Federal (MPF) para averiguar casos de improbidade istrativa.
“Além de promover shows com dinheiro público e gastar milhões em viagens e hotéis luxuosos, Janja também possui um gabinete próprio bancado com os impostos dos brasileiros. Servidores públicos estão sendo utilizados por Janja para alavancar as redes sociais da primeira-dama em um nítido caso de desvio de função”, escreveu o deputado nas redes sociais.