Por Wellington Ribeiro/Ponto de Vista
A informação de que a governadora Raquel Lyra decidiu contemplar o ex-senador Armando Monteiro com um espaço no governo, por meio da indicação de Armando Bisneto para a presidência de Suape, gerou as mais diversas interpretações. Se, por um lado, os aliados tentam emplacar a narrativa de que a governadora acertou no movimento, por outro, o episódio é uma demonstração clara da capacidade de humilhação que o poder pode proporcionar.
Lá atrás, ainda na pré-campanha ao governo, Armando foi o responsável por abrir palanques para Raquel nos municípios do interior. Porém, mesmo com a vitória da aliada, foi deixado de lado e sequer conseguiu indicar algum nome para o primeiro escalão do governo. Na época, ele esperava indicar alguém para comandar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, junto com Suape. Tinha até o nome: Fred Loyo. Preterido da indicação, Armando virou um poço de mágoa, expondo sua insatisfação com a “aliada” aos amigos mais próximos.
Agora, mais de dois anos depois, Armando se ajoelha ao poder e aceita indicar o filho para Suape, movimento que coloca em xeque a sua imagem de político que em outrora era conhecido por sua liderança, altivez e força. Para alguns, a interpretação para a humilhação protagonizada por Armando a a ser entendida como o último suspiro de alguém que está no auge do devaneio de ser escolhido como candidato ao Senado na chapa de Raquel. Triste fim para alguém que já foi um gigante no xadrez político pernambucano.