Os servidores públicos do Recife estão em pé de guerra com o prefeito João Campos (PSB). Além dos professores da rede municipal de ensino, os enfermeiros também estão em greve deflagrada desde a última quinta-feira, 8 de maio.
Nesta terça-feira, 13 de maio, os profissionais da enfermagem protestaram na Câmara de Vereadores do Recife e pediram que os parlamentares se unissem à categoria – no entanto -, acabaram se deparando com a Casa legislativa vazia.
A categoria, que tem data-base para o reajuste salarial em janeiro, está reivindicando a valorização – que está há 4 meses atrasada. Os profissionais apontam que João Campos ofereceu um reajuste de 1,5% no salário base e apenas 1 real de aumento no vale alimentação.
“Nós estamos reivindicando a abertura da mesa de negociação, que neste momento está fechada. A categoria está cansada de trabalhar com a falta de estrutura e a falta de insumos na rede e com desvalorização salarial também. Assim como outros servidores, tivemos a proposta indecente de R$ 1 de reajuste no vale alimentação e de 1,5% no reajuste do salário. Isso não cobre absolutamente nada porque a gente sabe que estamos perdendo poder de compra no mercado”, destacou Joana Darc, diretora do Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe).
Joana destaca que a categoria está lutando pelo reajuste de 20% para poder repor as perdas que teve nos últimos anos. “A gente também solicita a equiparação salarial dos enfermeiros que trabalham 30h com os que trabalham 40h. Hoje, os enfermeiros que trabalham 40 horas têm um valor da hora trabalhada em torno de R$ 42, e os enfermeiros que trabalham 30h têm a hora trabalhada em torno de R$ 26. É praticamente metade”, reclama a sindicalista.