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Uma das advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Juliana Bierrenbach, contou em reunião com o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2020, sobre uma suposta “proposta de corrupção” feita a seu pai pelo ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
O grupo discutia o caso das “rachadinhas” (rees de salário) do gabinete de Flávio. Juliana fez o comentário depois que ficou sabendo que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno era amigo de seu pai, o major José Bonetti.
O militar era próximo do ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) João Havelange, ex-sogro de Ricardo Teixeira. Na gravação, Heleno cita que Bonetti era um “filho de Havelange”. Juliana diz que essa relação acabou quando Teixeira “fez uma proposta de corrupção” ao seu pai, nos anos 1990.
“Você sabe o que aconteceu, né? Ele era filho do Havelange, até o dia em que o Ricardo Teixeira, no começo dos anos 90, fez uma proposta de corrupção para o meu pai. Meu pai, ‘italianão’ de 1,90m, subiu em cima da mesa e deu um soco na cara do Ricardo Teixeira. Deu um soco: ‘Tá achando que eu sou moleque?’”, disse a advogada. Na sequência, a conversa foi interrompida por outros participantes.