O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o Ministério da Defesa, chefiado por José Múcio Monteiro, dê urgência à compra de um novo avião presidencial. O modelo usado atualmente apresentou problemas na volta do petista de uma viagem ao México em outubro. A empresa consultada para a compra do equipamento foi a Airbus (formada por um consórcio de vários países europeus). No entanto, a resposta foi decepcionante: a entrega demoraria cerca de 2 anos e o avião só ficaria disponível a partir de 2027.
A opção seria Lula aceitar a compra de algum avião de 2ª mão disponível no mercado, já adaptado para acomodar autoridades. Caso contrário, só usufruiria da nova aeronave em uma eventual reeleição. A exigência do Palácio do Planalto é que o avião tenha autonomia maior do que a do atual, que para destinos na Europa ou nos Estados Unidos, por exemplo, precisa parar para reabastecer. Também é preciso ter sala de reuniões ampla, internet de alta velocidade, possibilidade de ser reabastecido em voo, quarto de casal e banheiro com chuveiro.
Há aviões usados no mercado já com configurações semelhantes, sobretudo de países árabes do Oriente Médio, cujos governantes trocam com frequência de equipamento. Lula não se interessou em princípio. Mas há um ime porque, se for esperar um novo avião, não será para o atual mandato do petista.
O ministro da Defesa está com a missão de atender a essa demanda. A decisão de Lula já foi tomada sobre a compra. Mas agora depende do que o presidente vai dizer a respeito de adquirir um avião usado ou esperar 2 anos para a entrega da encomenda.