Aliados de Raquel estão convencidos que PSB tentou inviabilizar governo elevando despesas com pessoal

Raquel Lyra agradeceu aos parlamentares pela manutenção dos incentivos fiscais

Os tucanos de Pernambuco não podem acompanhar o site do Tesouro Nacional sem um espasmo, depois que assumiram a gestão do Estado, agora em 2023. Um simples tabela recente apresentada pelo governo Federal chancelou ainda mais o entendimento de que o PSB, em 2022, sentou o pé nos gastos com pessoal, com o objetivo de minar a governabilidade de Raquel Lyra, este ano.

Pernambuco foi o estado brasileiro que mais elevou os gastos com despesas de pessoal em 2022, segundo o Boletim dos Entes Subnacionais, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) no início do mês. De acordo com os dados, o aumento em Pernambuco foi de 22,9%, enquanto a mediana no País foi de 6,4%.

Com esse incremento, o Estado ultraou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), alcançando 59,3% de gastos com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida, e se aproximou do limite máximo (60%).

Nesse ranking, Pernambuco ficou na segunda pior posição, atrás apenas do Rio Grande do Norte (65,6%).

O Boletim, que aponta que o Estado de Pernambuco perdeu o selo de capacidade de pagamento B e foi rebaixado para C, por conta dos índices fiscais de 2022, registra que “do lado dos que expandiram os gastos com pessoal, Pernambuco e Espírito Santo apresentaram os maiores números, com crescimento superior a 20%”.

Ainda conforme o texto do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, no caso dos gastos com pessoal em relação à receita, “os casos mais significativos são do Rio Grande do Norte e Pernambuco, que possuem o maior valor da despesa com pessoal em percentual da Receita Corrente Líquida”.

Na transição, a atual governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, apontaram que o orçamento deixado por Paulo Câmara para 2023 estava defasado em R$ 7 bilhões e que só em consequência dos novos gastos com pessoal, concedidos no ano eleitoral, o governo de Pernambuco teria um impacto de R$ 3 bilhões em 2023.

Ainda segundo o Tesouro Nacional, a gestão estadual teve início em 2023 com disponibilidade líquida negativa em R$ 370 milhões, fato que ensejou o rebaixamento da nota – nessa situação, o Estado fica impedido de contratar operações de crédito com garantia da União.