Por Bela Megale/O Globo
A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) aproveitou o aniversário de 81 anos da Polícia Federal para fazer cobranças ao governo Lula e ao Legislativo.
Em nota, a ADPF afirma que o “contingenciamento de recursos imposto pelo governo federal afeta o andamento das investigações e enfraquece o enfrentamento à criminalidade organizada”.
A associação ainda criticou a criação do Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco Nacional), iniciativa do Conselho Superior do Ministério Público Federal focada em combater o crime organizado.
“A sobreposição de funções, como a representada pela recente e ilegal criação do Gaeco Nacional, não contribui para avanços na integração ou no incremento ao enfrentamento da criminalidade. Ao contrário, representa um desrespeito às atribuições constitucionalmente conferidas aos órgãos responsáveis pela persecução penal e pode reduzir os investimentos que poderiam ser direcionados ao fortalecimento e modernização da Polícia Federal”, diz a ADPF.
A associação ainda cobrou o Legislativo sobre a necessidade de dar andamento a medidas como a proposta que dá autonomia financeira à PF, parada no Congresso há anos. A ADPF ainda defendeu que se estabeleça um mandato fixo para o diretor-geral da corporação, além do pagamento de indenizações para atividade de risco e titulação acadêmica.
“Os 81 anos de história da Polícia Federal são motivo de homenagem e reconhecimento. No entanto, esse legado também exige dos governantes e legisladores um compromisso à altura do respeito e da iração que a sociedade brasileira dedica à PF. Valorizar a Polícia Federal vai além das palavras; requer ações concretas que assegurem sua capacidade de proteger a sociedade brasileira”, diz o texto da associação.