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Mesmo após firmar um acordo para quitar parte de uma dívida bilionária com o Postalis, os Correios voltaram a atrasar rees ao fundo de pensão dos seus funcionários.
A gestão de Fabiano Santos da Silva na presidência da estatal acumula aproximadamente R$ 120 milhões em débitos, referentes a dois planos previdenciários. Os atrasos já somam dois meses completos, segundo o Postalis.
Eis os planos e os valores devidos em cada um deles, segundo fontes do fundo:
- Plano de Previdência Complementar dos Funcionários (Postalprev). Atraso: R$ 42,2 milhões;
- Plano de Benefício Definido (PBD) – relativo ao acordo assinado em 2023 pelos Correios, que reconheceu R$ 7,6 bilhões em ivos. Atraso: R$ 95,5 milhões.
Funcionários lotados na diretoria econômico-financeira da estatal confirmaram, sob condição de anonimato, os valores.
Em 2023, os Correios firmaram um contrato de confissão de dívida com o Postalis, no valor de R$ 7,6 bilhões, para cobrir metade do rombo do plano de benefício definido, encerrado para novos participantes em 2008. Os pagamentos mensais são de aproximadamente R$ 30 milhões.
A outra metade do déficit, estimado em R$ 15 bilhões, ficou sob responsabilidade dos funcionários, aposentados e pensionistas da estatal, com descontos feitos diretamente em folha.
A origem do buraco está ligada, principalmente, a investimentos malsucedidos entre 2011 e 2016, durante o governo Dilma Rousseff. As perdas diretas somaram R$ 4,7 bilhões, que, corrigidos pela inflação, chegam a R$ 9,1 bilhões, cerca de 60% do prejuízo total.