Autonomia do Aerolula está na média dos aviões do G20

A atual avião presidencial foi comprada por Lula em 2005, no seu 1º mandato. Ela substituiu o então “Sucatão”, um Boeing 707, que havia sido comprado pelo ex-presidente José Sarney em 1986

A pane no avião presidencial que transportava a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Cidade do México para Brasília em 1º de outubro fez com que o petista decidisse comprar novos aviões para a Presidência da República.

Outro ponto crucial é a autonomia do avião. Lula quer um modelo que consiga voar mais sem fazer tantas escalas, mas o “Aerolula” tem desempenho similar ao de outros aviões de líderes do G20.

Em 2023, Lula já havia manifestado o desejo de ter um avião maior e com capacidade de realizar voos mais longos. No entanto, a ideia foi suspensa depois que o Planalto avaliou que não era o momento ideal para a compra, para não comprometer o equilíbrio das contas públicas.

Na época, o Planalto cogitou adaptar um avião comprado em 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Força Aérea Brasileira (FAB). Contudo, o governo descartou a ideia, devido aos custos de instalação de internet e outros equipamentos.

Em entrevista à rádio O Povo/CBN em Fortaleza na última sexta-feira, Lula confirmou que comprará novos aviões. A ideia é que, além dele, ministros também possam usá-los em viagens.

Segundo o petista, a nova compra não é privilégio seu, mas segurança para integrantes do governo. No entanto, o Congresso precisa aprovar a aquisição, o que torna o processo mais complicado, já que envolve altos custos.

Histórico de aviões

A Presidência da República tem um Airbus A319 CJ VC-1A, um avião de médio porte conhecido como “Aerolula”. Foi comprado em 2004 por US$ 56,7 milhões (US$ 91,7 milhões, em valores atualizados, o equivalente a R$ 500 milhões) e começou a operar em 2005. É o 6º avião oficial para o chefe de Estado brasileiro desde o governo de Getúlio Vargas (1882-1954).