O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (26) que “a posição do Brasil em defesa da soberania, da autodeterminação e da integridade territorial dos Estados sempre foi clara”. O chefe do Executivo falou sobre a situação de brasileiros na Ucrânia, mas não mencionou a Rússia, responsável pelos ataques contra a Ucrânia.
Cobrado por declarações sobre o conflito, o chefe do Executivo afirmou que o posicionamento do país “está sendo comunicada através dos canais adequados para isso, como o Conselho de Segurança da ONU, e por meio de pronunciamentos oficiais”.
Na sexta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil condenou as ações da Rússia e afirmou que está “profundamente preocupado com as operações militares russas contra alvos do território ucraniano”. O Brasil votou em favor de resolução de condenação à Rússia, mas o texto foi vetado por Moscou.
Em publicação nas redes sociais, o presidente declarou que o governo está focado em “contribuir para uma resolução pacífica do conflito”, além de garantir a segurança dos brasileiros.
Pela primeira vez, o presidente fez referências públicas mais diretas ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Afirmou que o cenário é “difícil”, mas que o governo não poupará esforços para o resgate de brasileiros.
“Volto a afirmar que eu e meu governo estamos focados em garantir a segurança do nosso país, proteger os interesses do nosso povo, auxiliar os cidadãos brasileiros que se encontram nas regiões conflagradas e contribuir para uma resolução pacífica do conflito”, declarou.
O presidente também fez críticas à imprensa ao falar sobre o conflito. “Infelizmente, mesmo em um momento sensível, em que estão em jogo vidas humanas, princípios inegociáveis das relações internacionais, e recursos importantes para a vida dos brasileiros, parte da imprensa insiste em gerar ruído e em desinformar os brasileiros em troca de cliques”, disse.
No dia em que os primeiros ataques foram registrados, na quinta-feira (24), o presidente repetiu que o governo defende a “paz”, mas voltou a elogiar a conversa que teve com presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de fevereiro.
Bolsonaro tem evitado mencionar o presidente russo e priorizado declarações sobre a segurança e retirada de brasileiros que estão em áreas atingidas pelos ataques da Rússia.