A pedido do governo russo, o presidente Bolsonaro reduziu o tamanho de sua comitiva que embarca nesta segunda-feira (14), para o país. Bolsonaro também priorizou a participação dos militares do governo.
Além do chanceler Carlos Alberto França, estão na lista os principais integrantes da ala militar do Palácio do Planalto, como os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Braga Netto (Defesa) e o secretário de Assuntos Estratégicos, o almirante Flávio Rocha. Os três comandantes das Forças Armadas também integrarão o grupo.
Funcionários do Itamaraty afirmaram à coluna que um dos principais focos da viagem é discutir uma cooperação de tecnologia militar entre os governos brasileiro e russo e que, por isso, a comitiva será formada majoritariamente por militares. Nomes que estavam previstos na viagem, como o do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Anderson Torres, não devem mais fazer parte da agenda. O secretário Especial da Cultura do governo federal, Mario Frias, também teve seu nome retirado da relação da comitiva que iria acompanhar o presidente. Há, porém, a possibilidade de que a chefe da pasta da Agricultura, Tereza Cristina, seja mantida.
Uma das justificativas apresentadas pelos russos para pedir a redução da comitiva brasileira é a diminuição dos riscos de contaminação do presidente Vlir Putin pela Covid-19. Está marcada uma agenda dele com o presidente Bolsonaro. Os brasileiros terão que se submeter a alguns testes antes do encontro com Putin.
A viagem de Bolsonaro ocorre em um momento de alta tensão entre a Rússia e a Ucrânia. Os Estados Unidos acionaram o governo brasileiro para tentar adiar a agenda. Como informou a coluna, Bolsonaro quis mantê-la pois avalia que suspender o compromisso mostraria uma imagem de “submissão” aos americanos.