Bolsonaro participa de ato por anistia 3 dias após alta hospitalar

A imagem mostra uma grande multidão reunida em um evento ao ar livre. No primeiro plano, algumas pessoas estão em um palco ou veículo, acenando e sorrindo para a multidão. A maioria das pessoas na multidão está vestindo roupas nas cores verde e amarelo, que são as cores da bandeira do Brasil. O ambiente é festivo, com muitas pessoas levantando as mãos e algumas segurando bandeiras. O céu está claro e há um guarda-chuva vermelho visível entre a multidão.

Folha de S.Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quarta-feira (07) de ato em Brasília para insistir em uma anistia ampla aos envolvidos na trama golpista, apesar de haver contraindicação da sua equipe médica.

A caminhada, da Torre de TV rumo ao Congresso Nacional, começou pouco depois das 16h. Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle seguiram em cima de um carro de som.

Mais cedo, o ex-presidente divulgou um vídeo convocando apoiadores para a manifestação. “Pretendo estar lá também e participar do início”, disse.

Ele afirmou ainda que queria encontrar apoiadores para uma foto.

Ao receber alta no último domingo, após 22 dias de internação para se recuperar de uma cirurgia no intestino, Bolsonaro foi orientado pela equipe médica a evitar aglomerações e a restringir o número de visitas em casa pelas próximas semanas.

Bolsonaristas afirmam que o ato servirá para demonstrar à sociedade que a oposição continua mobilizada pela anistia, apesar da articulação feita pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por uma proposta alternativa.

A proposta alternativa à anistia, articulada pelo presidente do Senado, permitiria a aplicação de penas mais baixas para aqueles que estiveram presentes nos atos de 8 de janeiro de 2023, mas não os planejaram nem financiaram. Uma minuta foi elaborada pela consultoria legislativa do Senado, subordinada a Alcolumbre. O texto ainda não foi divulgado.

O projeto dos bolsonaristas, por sua vez, prevê a anistia a todos os atos ados e futuros ligados aos ataques às sedes dos três Poderes.

A pedido de Bolsonaro, o PL agora estuda uma nova versão mais branda do texto, que possivelmente restrinja o perdão aos condenados. Entre parlamentares governistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), há uma avaliação de que mesmo outro formato do texto pode manter brechas abertas para livrar líderes da tentativa de golpe, como Bolsonaro.

“O nosso mote, o nosso objetivo, é uma caminhada pacífica em prol da anistia humanitária, que teve a urgência apoiada pela maioria dos deputados. Esse é o nosso tema, que a anistia é um tema de competência do Congresso Nacional”, disse Malafaia.

Mesmo com o desgaste enfrentado pelo governo federal diante do escândalo de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), parlamentares dizem ser preciso manter o foco na anistia.