BR-232 do desenvolvimento econômico à rodovia da morte

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Por Zeca Cavalcanti*

Um recente acidente na BR-232, no trecho do município de Arcoverde, deixou o saldo de 3 mortos filhos da terra. O desastre reabre o debate sobre a duplicação do restante da rodovia, que tem um total de 552 km e apenas 118 km asfaltados (até a cidade de São Caetano). A BR corta Pernambuco do litoral ao sertão ando por diversos municípios de pequeno, médio e grande portes, como Moreno, Caruaru, Arcoverde e Serra Talhada.

A 232 acaba no município de Parnamirim, ando a se chamar BR-316. Por ser usada no transporte de cargas entre Recife e os estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e oeste da Bahia, é considerada uma das mais importantes rodovias federais em Pernambuco. Mas, nem a sua importância econômica foi capaz até agora de fazer os governantes melhorá-la.

Diariamente ouvimos relatos de acidentes envolvendo vítimas fatais na rodovia. A sua duplicação, além de proporcionar mais segurança para os motoristas que trafegam nela, também facilitaria o tempo de escoamentos de mercadorias dos veículos pesados que dia e noite trafegam na rodovia.

O Governo Federal anunciou na gestão de Dilma Rousseff a duplicação da BR-232 do município de São Caetano até Cruzeiro do Nordeste, em Sertânia. A obra faria parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL), mas nada saiu do papel.

Em 2021, o Governo de Pernambuco anunciou a triplicação da via entre os quilômetros 4,7 e 11,5 (BR-101 e BR-408) com início das obras previsto para janeiro deste ano. Mas o processo licitatório 046/2021, que estava marcado para 18 de dezembro ou para 21 de janeiro ado. O valor máximo estimado ou de R$ 92,87 milhões para R$ 108,45 milhões, mas a triplicação dos 6 km ainda na Região Metropolitana do Recife (RMR) favorece a capital e depois torna-se um funil de problemas e riscos para quem dirige e para os moradores do Agreste e Sertão pernambucanos.

*Zeca Cavalcanti é médico, ex-prefeito de Arcoverde e ex-deputado Federal