Campeonatos de cabras e ovelhas na Exposição de Animais atestam boa performance de Pernambuco

Farias: "Pernambuco conta hoje com cerca de 200 criadores de caprinos e ovinos cadastrados"

A caprino-ovinocultura pernambucana vem se destacando a olhos vistos nos últimos sete anos no cenário nacional. O Estado tem o segundo maior rebanho de caprinos e de ovinos, atrás apenas da Bahia. Possui, também, a melhor genética da raça ovina Santa Inês. É considerado o melhor criador das raças Anglo Nubiana e Toggemburg. É do Estado, ainda, a melhor raça Saanen do País. Quem garante é o superintendente técnico da Associação Pernambucana de Criadores de Caprinos e Ovinos (Apeco), Adalberto Farias.

Nesta quinta-feira (16), sexta e sábado, criadores e o público em geral poderão ter uma mostra dessa performance cada vez melhor de Pernambuco no setor. Durante os três dias, a partir das 8h, haverá campeonatos de ovelhas e cabras na 80ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, no Parque de Exposições do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Quanto à produção, faturamento, número de abates do mercado local, o técnico diz que não tem como precisar esses dados porque boa parte do mercado ainda é informal. “Se você for, por exemplo, à orla do Rio São Francisco comer um caprino, muitos daqueles animais são com abate não oficial. É um abate muito grande no Estado, mas não temos números reais. O real é baixo, mas não representa a realidade”, esclareceu.

O Sertão, segundo Farias, domina o mercado pela condição climática. “O sertanejo também sabe que se criar bovino lá o animal na maioria das vezes não sobrevive e se conseguir, produzirá a quantidade de leite que uma cabra, só que comendo mais.

Segundo o especialista, Pernambuco conta hoje com cerca de 200 criadores de caprinos e ovinos cadastrados pela associação nacional do setor, mas o mercado é, no mínimo, três vezes maior que isso, quando se leva em conta criadores autônomos.

“A gente consegue produzir hoje uma carne, uma genética, um queijo e uma pele de boa qualidade. O município de Floresta, por exemplo, exporta pele para a região de Franca, em São Paulo, onde se fabricam sapatos de marca. Aqueles calçados são produzidos com a nossa pelica”, afirmou.