Polícia Militar de Pernambuco: 200 anos de serviço para o estado

Fundada em 11 de junho de 1825 por decreto imperial de Dom Pedro I, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) é uma das mais antigas forças de segurança pública do Brasil e se aproxima do bicentenário com um legado de desafios e compromisso com a sociedade. De batalhas históricas às complexas demandas do século XXI, a instituição moldou sua identidade como um dos pilares do estado.

Criada sob o nome de “Corpo de Polícia de Pernambuco”, a corporação nasceu em meio a um cenário instável, logo após a Confederação do Equador, sendo formada por 320 homens divididos entre infantaria e cavalaria. A sede original, localizada no Pátio do Paraíso, no Recife, abrigou o primeiro o de uma trajetória que se confunde com os principais eventos da história do estado.

A Revolução Praieira, em 1848, foi o primeiro grande teste da corporação, que atuou na repressão do movimento liberal. Anos depois, tropas pernambucanas integraram a campanha da Guerra de Canudos, entre 1896 e 1897, colocando a PMPE no cenário nacional. O combate ao cangaço nas décadas de 1920 e 1930 consolidou a imagem da PMPE, com as “volantes” enfrentando Lampião e seu bando nas caatingas do sertão nordestino.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a PMPE teve papel estratégico na proteção de pontos vitais para as operações aliadas no Atlântico Sul. Episódios de solidariedade também marcaram sua história, como no socorro às vítimas das enchentes no Recife em 1975, reforçando sua atuação além da segurança.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a PMPE ou a atuar em um novo marco jurídico, voltado à proteção da cidadania e fortalecimento das relações com a sociedade. Hoje, destaca-se pelo policiamento comunitário, pela presença nos 184 municípios do estado e pela participação em grandes eventos culturais, como o Carnaval e o São João, além de missões integradas com outras forças de segurança no combate ao crime organizado.

Ler mais

República, como ainda te quero!

Por Leonardo Bruno da Silva*

Neste dia 15 de novembro, o Brasil comemorará 134 anos de Proclamação da República. E o que há de importante nisso? Estas datas comemorativas servem para que todos reflitam sobre a relação entre a ideia precursora e o concreto, o materialismo histórico. E aí cabe a pergunta: o que é a nossa República?

Nossa República começou em um golpe de Estado. Não, aquilo não foi uma revolução! Não tinha povo, não tinha o pressuposto democrático e, principalmente, foi uma quartelada oportunista. Foi uma resposta à Princesa Isabel, futura imperatriz, que havia assinado a lei que abolia a escravização. Isso desagradou boa parte da classe dominante apoiadora do ímpeto golpista dos positivistas.

De lá para cá foram muitos golpes, como relata o livro de Gabriel Raemy Rangel, que aceitamos como inexoráveis. Com efeito, ficamos enredados na esperança quixotesca de um salvador da Pátria capaz de conduzir o povo brasileiro ao paraíso, que Vaz Caminha descreveu em sua carta ao Rei, lá em 1500. As esperanças sempre foram depositadas em pessoas. Como se nunca tivéssemos realmente rompido com a monarquia. Como se, do fim ao cabo, sempre quiséssemos um rei ou imperador que resolvesse nossos problemas por nós. Como se a República (Res + publica) não significasse “Coisa de Todos”.

Acreditamos em qualquer coisa. Acreditamos no anticomunismo de Vargas, ou no suposto comunismo de Goulart. No Golpe “preventivo” de 1964, ou no “caçador de marajás”. Acreditamos que um presidente tem todo o poder e não precisará do Congresso. Por isso votamos em qualquer um para deputado ou senador. Acreditamos até em um presidente que fala que vacina não funciona, mesmo depois de décadas de vitórias na saúde pública graças às vacinas.

Nesta medida não seria impossível que surgisse um personagem que simplesmente quisesse matar o presidente porque acreditou nele e depois descobriu que foi enganado. Foi refletindo muito sobre essa realidade brasileira que este articulista escreveu o “O Coronel que queria matar o presidente”. Esse Coronel representa cada um que, em algum momento da nossa tortuosa história republicana, quis matar um presidente porque se sentiu enganado.

*Leonardo Bruno da Silva (foto), é professor de História da rede pública de ensino há 20 anos. Doutor e mestre em História Política, também é escritor e publicou o livro “O Coronel que queria matar o presidente”.

Proclamação da República: entenda por que 15 de novembro é feriado nacional

Estátua do Marechal Deodoro, no bairro da Glória, no rio de Janeiro

O Globo

A Proclamação da República é celebrada no dia 15 de novembro e é um feriado nacional. Em 1889, o marechal Deodoro da Fonseca assinou o Decreto 1º, ato que derrubou a monarquia e instaurou o republicanismo como forma de governo do Brasil.

A Proclamação da República é feriado nacional desde 1949, segundo a Lei Federal 662, do presidente Eurico Gaspar Dutra. Em 2002, foi revogada pela Lei n.º 10.607/02, que ou a regular os feriados nacionais. Em 2023, a data cai em uma quarta-feira.

“Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da nação brasileira, a República Federativa”, diz o artigo primeiro do decreto assinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva e outros no dia 15 de novembro de 1889. O documento também alterou o nome do país, que oficialmente ou a se chamar “Estados Unidos do Brasil”. Apenas em 1968, o Brasil ganhou seu nome atual: República Federativa do Brasil.

O movimento que derrubou a monarquia foi liderado por militares, que se encontravam insatisfeitos com a Coroa representada pelo imperador Dom Pedro II. As críticas se intensificaram após a Guerra do Paraguai, em 1864, que mobilizou muitos recursos das forças armadas brasileiras. Os militares aram a demandavam maior participação no governo.

À frente da queda da monarquia estava o futuro presidente do Brasil, Marechal Deodoro, que juntou-se ao movimento apoiado por parte da classe política e ex-proprietários de escravos, insatisfeitos com o fim da escravidão, ocorrida um ano antes. Depois da tomada de poder, o país se tornou laico e foi instaurado o presidencialismo como sistema de governo.

Calendário de 2024

Com a chegada de dezembro e do final do ano, começam os planos para 2024. O próximo ano deve frustrar quem aguarda com expectativa os feriadões prolongados. Se em 2023, foram sete, 2024 deve contar com menos da metade disso. Apenas três estão previstos.

Veja abaixo como fica o calendário de feriados de 2024:

O próximo ano vai contar apenas com três feriados prolongados de cunho nacional. O Dia da Confraternização Universal (1 de janeiro) cairá numa segunda-feira, enquanto Paixão de Cristo (29 de março) e Proclamação da República (15 de novembro) serão em duas sextas-feiras, conferindo a possibilidade de emenda com o fim de semana.

Feriados nacionais:

  • 1° de janeiro: Confraternização Universal (segunda-feira);
  • 29 de março: Sexta-Feira Santa/Paixão de Cristo (sexta-feira);
  • 21 de abril: Tiradentes (domingo);
  • 1º de maio: Dia Mundial do Trabalho (quarta-feira);
  • 7 de setembro: Independência do Brasil (sábado);
  • 12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida (sábado);
  • 2 de novembro: Finados (sábado);
  • 15 de novembro: Proclamação da República (sexta-feira);
  • 25 de dezembro: Natal (quarta-feira).

Pontos facultativos:

  • 12 de fevereiro: Carnaval (segunda-feira);
  • 13 de fevereiro: Carnaval (terça-feira);
  • 14 de fevereiro: Quarta-Feira de Cinzas (quarta-feira);
  • 30 de maio: Corpus Christi (quinta-feira);
  • 28 de outubro: Dia do Servidor Público (segunda-feira).