Prefeitos esperam apoio de Lula para PEC que permite renegociar dívidas previdenciárias

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios — Foto: Divulgação/Confederação Nacional dos Municípios

Valor

Os perto de 3.000 prefeitos que participam, nesta terça-feira (20), da 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios esperam receber o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66, que permite o parcelamento de dívidas previdenciárias por 25 anos. Há uma construção nos bastidores para que isso ocorra, disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. O impacto da medida é estimado em cerca de R$ 700 bilhões, informou.

A aprovação da PEC 66 é o ponto central da agenda dos prefeitos em Brasília. Além dela, eles pedem a criação de um fundo com 3% dos recursos das emendas parlamentares e outros rees realizados pelo governo federal, para contemplar municípios que não receberam emendas.

Outro ponto importante da marcha é a constituição do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que foi judicializada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e por isso os 27 representantes dos municípios não foram eleitos, colocando em suspenso todo o processo de preparação da reforma tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é aguardado na Marcha nesta quarta-feira para debater o tema.

A PEC 66, disse Ziulkoski, já foi aprovada no Senado e aguarda votação na Câmara. A expectativa é que seja destravada esta semana. A CNM apresentou emendas para estender a reforma da Previdência da União para os municípios, para trocar o indexador das dívidas das prefeituras de Selic para IPCA e estabelecer um novo modelo de quitação de precatórios.

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Governo esconde há um ano documentos de transparência sobre obras, rees e emendas

Estadão Conteúdo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impede há um ano o o público a documentos de transparência sobre obras públicas, rees de dinheiro a Estados, municípios e organizações não governamentais (ONGs) e emendas parlamentares, ocultando a divulgação de informações exigidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pela plataforma Transferegov, usada na gestão e na transparência dos recursos federais, afirma que muitos documentos contêm informações sensíveis, como dados pessoais de servidores públicos, e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) impede a divulgação dessas informações.

Ao adotar a prática, o governo acabou impedindo o o à íntegra de 16 milhões de documentos que explicam o uso do dinheiro público no País inteiro, segundo informação do MGI, em vez de dar transparência às informações e ocultar apenas os dados sensíveis, como manda a prática adotada desde a implantação da Lei de o à Informação, em 2011.

O governo argumenta que fica entre o dever da transparência e a proteção dos dados e até o momento foi impossível fazer um tratamento de todos os arquivos. O ministério prometeu dar uma solução tecnológica para os documentos de obras apresentados daqui para frente “em menos de 60 dias”, mas não se comprometeu com nenhum prazo sobre os 16 milhões de documentos de transferências já anexados.

A medida tem impacto sobre a transparência das emendas parlamentares. O TCU e o STF obrigaram a União a dar publicidade aos rees e as prefeituras que recebem esses recursos a apresentarem planos de trabalho, falando o que farão com o dinheiro recebido, e relatórios prestando contas após o recurso ser gasto.

No caso das emendas Pix, por exemplo, nem todas as prefeituras cumpriram a decisão. As que cumpriram apresentaram documentos como licitações, contratos, comprovantes de pagamento e relatórios de obras na plataforma, mas os arquivos estão iníveis para o público. É possível saber que parlamentar indicou a emenda e para onde foi o dinheiro, mas não em que a verba foi gasta.

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Mulheres ‘laranjas’ receberam R$ 5,4 milhões da corrupção no Tocantins, diz relatório

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Estadão

A Polícia Civil do Tocantins afirma que uma rede de “laranjas” e empresas de fachada foi usada para distribuir o dinheiro desviado de contratos públicos na gestão do ex-governador Mauro Carlesse (2018-2022) sem deixar rastros.

Leia todo o relatório da investigação.

O suposto esquema é investigado na Operação Via Avaritia, em curso desde 2019. A Polícia Civil atribui ao ex-governador a liderança dos desvios. Carlesse nega e diz que o inquérito tem motivação política.

Os contratos sob suspeita foram firmados com a Prime Construções, que recebeu mais de R$ 15 milhões do governo na gestão de Carlesse.

A empresa teve o sigilo bancário quebrado na investigação. A Polícia Civil identificou rees para diversas pessoas físicas e jurídicas sem justificativa aparente.

“Indicando que as contas estavam sendo utilizadas, possivelmente, para movimentar recursos de terceiros”, diz o relatório da Operação Via Avaritia.

Uma das “laranjas” seria Sandra Maria da Silva. No período investigado, ela recebeu R$ 1.771.662,54 da Prime Construções em “montantes avulsos”.

Segundo a Polícia Civil, Sandra recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial na pandemia da Covid-19, “não apresentando, aparentemente, capacidade econômica compatível com os valores movimentados em sua conta”.

Os investigadores concluem que os rees foram feitos “com o fim de ocultar e dissimular a localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes dos crimes praticados pelo suposto grupo criminoso”.

A Prime Construções também transferiu vultuosos recursos (R$ 3.681.336,90) à empresa Dualmec, registrada em um endereço fictício em ville (SC), onde na verdade funciona uma pizzaria.

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BPC supera Bolsa Família em 1.167 municípios e muda mapa da proteção social

CNN Brasil

O Bolsa Família é o maior e mais importante programa social do Brasil. O título, porém, parece estar ameaçado. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é cada vez mais conhecido e demandado por famílias de baixa renda. Com isso, o BPC já consome mais recursos públicos que o Bolsa Família em 1.167 municípios brasileiros.

Levantamento revela que o BPC ou por um período de forte crescimento a partir de meados de 2022. Desde então, foram 31 meses ininterruptos de ampliação do programa – período em que o número de beneficiários saltou 33% ou 1,6 milhão de pessoas. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

A explosão no número de benefícios coincide com a adoção de novas regras para concessão do pagamento, além de mudanças legislativas, istrativas e do entendimento da Justiça sobre o tema. Essas alterações somadas a um novo contexto previdenciário e econômico resultaram na explosão do BPC.

A escalada é notável. Em apenas dois anos, o número de municípios onde o benefício tem maior peso orçamentário que o Bolsa Família mais que dobrou, saltando de 492 em 2023 para 1.167 em 2025 – um aumento de 137%. O BPC é operado pelo INSS e os valores são pagos integralmente pelo governo federal.

Entre as cidades em que o BPC já é maior que o Bolsa Família, estão desde capitais – como Recife, Campo Grande, Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte – a pequenas localidades – como Não-Me-Toque (RS), Agronômica (SC), Vitória Brasil (SP) e Itororó (BA).

Criado pela Lei Orgânica de Assistência Social em 1993, o programa é destinado aos idosos com 65 anos ou mais (BPC idoso) e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade (BPC PcD) em qualquer idade, inclusive crianças.

São beneficiários aqueles em famílias de baixa renda – com renda igual ou menor que ¼ do salário-mínimo por pessoa ou R$ 379,50 por mês. Em março, eram 6,2 milhões de beneficiários no BPC.

A cada pessoa, é pago um salário-mínimo (R$ 1.518) mensalmente. O valor é mais que o dobro do Bolsa Família, que tem média de R$ 660 por família. No mesmo mês de março de 2025, o número de famílias no Bolsa Família era mais que o triplo do BPC: 20,5 milhões.

Em 2025, o Orçamento federal prevê R$ 158,6 bilhões para o Bolsa Família e outros R$ 112 bilhões para o BPC.

Explicações do TCU

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Duas pequenas vitrines e uma enorme vidraça do PT na segurança

EM ALTA - Lula e Rui Costa: fiel à cartilha do mandatário, o chefe da Casa Civil sonha em suceder-lhe

VEJA

Ex-ministro da Casa Civil e oráculo petista, José Dirceu defende que o governo Lula e a esquerda se envolvam mais no debate da segurança pública, área que figura no topo das preocupações da população e é usada por aliados de Jair Bolsonaro para desgastar a imagem do presidente.

No fim de abril, Lula finalmente encaminhou ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre segurança pública, com a qual quer marcar posição no embate com a direita, mostrar serviço numa seara em que é acusado de omissão e, em termos práticos, aumentar o poder da Polícia Federal para combater o crime organizado e as milícias.

A aprovação do texto não será fácil. De início, ele enfrentou resistência dentro da própria gestão petista, sobretudo do chefe da Casa Civil, Rui Costa, que segurou por meses a PEC elaborada pela equipe do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. No Legislativo, a disputa será com a oposição, que reclama, entre outras coisas, de uma suposta tentativa do governo federal de esvaziar atribuições dos governos estaduais.

De forma resumida, governadores como Ronaldo Caiado (GO), pré-candidato à Presidência, alegam que, ao contrário de Lula e do PT, sabem combater a criminalidade e, por isso, não aceitam perder autonomia em determinadas regras. A esquerda — que conforme o bordão oposicionista defende bandido — nada teria a contribuir para a sociedade nesse assunto. Dados revelados recentemente mostram que a questão não é tão simples assim.

Avanços tímidos

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Sem entendimento na burocracia para pagar emendas, governo e Alepe batem cabeça e travam projetos importantes para Pernambuco

Yacy Ribeiro

Por Fernando Castilho/JC

No estado onde o presidente do poder Legislativo decide assumir a liderança da oposição ao Executivo, a institucionalidade vai para o espaço e deputado novato tem a coragem de apresentar projeto propondo fatiar dinheiro de empréstimo do estado para pagar custeio e prefeito usar como desejar.

O nível de esgarçamento das relações acaba resultando em atrasos da análises importantes com os mais diversos argumentos. Especialmente o de uma reação dos senhores parlamentares ao atraso do pagamento de emendas que, como se sabe, em Pernambuco foi fixado para 1% da Receita Corrente Líquida.

Isso corresponde a exatos R$ 302 milhões (R$ 302.643.600,00) conforme previsão da Lei Orçamentária Anual 2025 Felizmente, depois de anos de boa gestão do Legislativo, Pernambuco aprovou mecanismos e obrigações legais para o Executivo diferenciadas como, entre outras coisas, publicar o valor exato de sua renúncia fiscal, e publicar um decreto de concessão incentivos fiscal para cada empresa.

Assim como o de detalhar cada emenda parlamentar, por valor, deputado, instituição recebedora e normas de acompanhamento que permite ao contribuinte identificar no Diário Oficial como está o andamento dessas ações. É o caso das emendas e a ascensão de seus valores.

E embora sejam uma atribuição conjunta, os dois poderes veem provocando situações embaraçosas pois não basta ao deputado apenas destacar como destinar R$ 6.176.400,00, Mas ter presente que para o dinheiro sair da Conta Única do Governo do Estado, as instituições Sem entendimento para pagar emendas, governo e Alepe batem cabeça que ele indicou precisam cumprir a legislação estadual e os manuais de controle do Tribunal de Contas do Estado. Que, aliás, quer saber exatamente quem recebeu e se estava, de fato, habilitado.

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Alckmin entrega ao papa Leão 14 carta de Lula com convite para COP30

A imagem mostra um momento de interação no Vaticano, onde um homem de terno escuro está sorrindo e entregando um documento a um homem vestido com vestes papais, que é o Papa. Ao fundo, há várias pessoas em trajes formais, e a arquitetura do local é visível, com colunas e janelas grandes. A atmosfera parece ser de celebração ou cerimônia.

Folha de S.Paulo

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que representou o Brasil na missa de início do papado de Leão 14, entregou nas mãos do pontífice um envelope com um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele participe da COP30. A cúpula do clima ocorre em novembro, em Belém.

Católico, Alckmin beijou a mão do papa em sua vez de cumprimentá-lo. Estava sozinho, embora tenha viajado acompanhado da esposa, Lu Alckmin. Outras autoridades cumprimentaram Leão 14 acompanhados de cônjuges.

A cerimônia de cumprimentos das delegações seguiu este protocolo: primeiro, as autoridades da Itália e dos dois países cujas nacionalidades Leão 14 possui, Peru e Estados Unidos. Em seguida, monarcas reinantes, como o rei Felipe 6º, da Espanha, e o príncipe Albert 2º, de Mônaco; depois, chefes de Estado, como os presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal; príncipes, como Edward, da Inglaterra, irmão mais novo do rei Charles 3º; e chefes de governo, como os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, e da França, François Bayrou.

Na sequência vinham os vice-presidentes. Por isso, Alckmin era o 58º da lista, que leva em conta a ordem alfabética dos países em francês, tradicional idioma da diplomacia.

A ordem do protocolo foi quebrada em alguns momentos, provavelmente por razões de segurança. Assim, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, cumprimentou o papa bem antes do que teria sido sua vez.

Durante o beija-mão, houve algumas conversas mais longas e calorosas. O papa abraçou seu irmão mais velho, Louis Prevost.

Último dos tucanos, Eduardo Riedel é assediado por gigantes partidários

ROTA DIFERENTE - O político sul-mato-grossense, que deve mudar de sigla em breve: disputado pelo PSD, PL e PP

VEJA

Mato Grosso do Sul abriga dois terços do Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, conhecido por suas onças, jacarés, tuiuiús e mais de 1.000 espécies de animais, sendo 463 somente de aves. Muitas delas correm risco de extinção, mesma ameaça que paira sobre o último espécime que fez do estado seu derradeiro ninho: o tucano — não o bonito pássaro de bico colorido que já vive na região e em outros locais do Brasil, mas o político que carrega essa alcunha por ser filiado ao PSDB. Com sua representação minguando no cenário nacional, o partido tem hoje em território sul-mato-grossense seu único governador, Eduardo Riedel, e uma rara hegemonia, com mais da metade dos prefeitos do estado.

Não à toa, o espécime está na mira de grandes “predadores” do mundo político. Tucano desde sempre, Riedel é disputado por três importantes aglomerados partidários e, segundo aliados, deverá decidir em breve para qual novo ninho baterá as asas. As motivações são as costumeiras nos jogos de poder: promessas de mais protagonismo, sobretudo ao se aproximar as eleições de 2026, quando vai tentar novo mandato. Formado em ciências biológicas e mestre em zootecnia, Riedel é carioca, mas vive no Mato Grosso do Sul desde os 26 anos de idade (hoje tem 55), quando ou a gerir uma propriedade rural da família. O cargo que ocupa é o primeiro eletivo na curta carreira política, mas seu futuro deverá mexer com o destino dos prefeitos do PSDB, que comandam 44 das 79 cidades do estado.

Embora seja o tucano solitário da federação, Riedel não foi o único governador eleito pelo PSDB. Outros dois — Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) — foram para o PSD seduzidos pelo projeto de expansão tocado por Gilberto Kassab, presidente da legenda e responsável pelo assédio mais firme ao sul-mato-grossense. A avaliação é que é questão de tempo a migração de Riedel para a sigla, até porque ele seria o cacique do partido no estado, onde o PSD tem hoje só três prefeitos. No PSDB, ele sofre a concorrência de Reinaldo Azambuja, ex-governador e padrinho político. “Ele (Riedel) vai poder construir um partido seu, do zero, e tornar-se o rosto e a liderança dessa sigla. E a maior parte dos prefeitos o acompanharia, o que já lhe garantiria boa vantagem”, acredita um aliado.

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Perto de fusão com tucanos, vice do Podemos foi delatado por ‘ajudinha’ ao PSDB

A fusão encaminhada por PSDB e Podemos faz lembrar a história contada por um dos delatores da Odebrecht envolvendo Pastor Everaldo, vice-presidente do Podemos e ex-presidenciável, e o tucanato.

Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental, disse em sua delação que orientou Everaldo a “ajudar” Aécio Neves, presidenciável do PSDB em 2014, nos debates na TV naquela campanha. Everaldo disputava a Presidência pelo PSC, partido que ele presidia, incorporado pelo Podemos em 2023.

Reis contou que a Odebrecht deu a Everaldo a incumbência de ajudar Aécio nos debates após ter reado R$ 6 milhões em caixa dois à campanha dele. Segundo o delator, a doação foi feita inicialmente como aposta em Everaldo, enquanto candidato com potencial junto ao eleitorado evangélico. Como esse potencial não se concretizou, a ajudinha ao tucano teria sido o jeito encontrado pela Odebrecht para fazer compensar o suposto ree.

“Eu sugeri a ele que usasse o tempo do debate sempre para perguntar ao candidato Aécio, porque aí daria mais tempo ao Aécio para fazer perguntas”, relatou Reis.

No debate da TV Globo, o último antes do primeiro turno, por exemplo, Pastor Everaldo usou uma pergunta que deveria ser sobre Previdência para levantar a bola para Aécio criticar o PAC do governo Dilma.

Hoje vice-presidente do Podemos e quase tucano, Everaldo sempre negou as acusações do delator da Odebrecht sobre o suposto ree de caixa dois. O inquérito sobre os relatos foi arquivado pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal.

PSD briga por espaços com União Brasil, e Planalto tenta evitar racha da base

Davi Alcolumbre e Gilberto Kassab

O Globo

Com a base desarticulada, o Palácio do Planalto vem sendo prejudicado até mesmo por disputas paralelas entre os aliados. Dois grandes expoentes do Centrão, PSD e União Brasil travam uma disputa que inclui a briga por espaços no governo e pela definição de candidatos para 2026. Ciente das dificuldades e preocupado com o rompimento recente com o PDT, o governo planeja ao menos privilegiar o partido de Gilberto Kassab (PSD). A ideia é evitar um cenário ainda pior. No mês ado, em outro contratempo, a bancada do União na Câmara chegou a vetar a indicação do líder Pedro Lucas (MA) para o Ministério das Comunicações.

A equação, contudo, não é simples, principalmente pela mudança na correlação de forças no Legislativo. Além do fortalecimento da oposição, a formação da federação do PP com o partido do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), deixa os auxiliares de Luiz Inácio Lula da Silva receosos de dar mais um o na reforma ministerial, hoje estacionada.

Senado paralisado

Mesmo após assumir o papel de principal aliado de Lula, Alcolumbre tem segurado a análise de indicações do governo para agências reguladoras e, além disso, travou a pauta de todo o plenário do Senado. Isso ocorre porque o parlamentar trava uma guerra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, membro da Executiva Nacional do PSD, por conta da indicação nas agências.

Por outro lado, na Câmara, é o PSD que deseja tirar espaço do União Brasil. Os deputados querem assumir o Ministério do Turismo, que hoje é comandado por Celso Sabino, do União. Havia uma expectativa de parte dos deputados do PSD que a sigla indicasse um substituto.

Foi contando com essa previsão, por exemplo, que parlamentares da sigla aram a direcionar emendas para a área do Turismo no começo do ano.

Com a reforma ministerial travada houve uma frustração por parte da sigla. Integrantes das duas legendas reconhecem os embates, mas dizem que as disputas são pontuais, em parte centradas em figuras específicas.

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TRE reprova as contas do MDB de Pernambuco de 2015, 2017, 2018 e 2022 e aprova as demais com ressalvas

O Blog Dellas registrou em nota, neste sábado (17), que o grupo adversário do ex-deputado federal Raul Henry, que luta pela reeleição, estava informando aos convencionais com direito a voto na eleição interna do partido no próximo dia 24, que as contas do partido nos últimos anos tinham sido reprovadas ou aprovadas com ressalvas pelo TRE-PE, demonstrando o nível de acirramento que cerca a disputa na qual estão envolvidos de um lado Raul Henry e do outro o deputado estadual Jarbas Filho, que tem o apoio do ex-governador Jarbas Vasconcelos e do senador Fernando Dueire.

No final da manhã deste sábado o grupo de Raul Henry divulgou nota oficial informando que este blog estava mal informado, quando ele apenas reproduzia informação que estava sendo ada aos convencionais. A nota, reproduzida abaixo, nega a informação dada, dizendo que não houve reprovação de contas mas apenas aprovação com ressalvas. A bem da verdade e fiel aos nossos leitores, diz o blog, reproduzimos abaixo levantamento realizado no site do TRE que confirma não só as reprovações nos anos de 2015, 2017, 2918 e 2022 como as devidas multas aplicadas diante de irregularidades citadas pelo próprio tribunal.

Nota Oficial – *Esclarecimento sobre as Contas do MDB de Pernambuco – Em resposta à publicação do Blog Dellas

O MDB de Pernambuco lamenta e repudia a nota publicada pelo Blog Dellas, da jornalista Terezinha Nunes, que ecoa, sem qualquer verificação mínima, uma versão distorcida e mal-intencionada sobre a situação jurídica das contas do partido junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Todas as prestações de contas do MDB-PE, nos últimos cinco anos, foram devidamente apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), conforme determina a legislação.

Não há nenhuma conta desaprovada pelo TRE-PE nesse período. As contas de 2019, 2020 e 2021 foram aprovadas com ressalvas. Ressalvas não configuram reprovação. Aliás, praticamente a totalidade das contas das agremiações partidárias aprovadas pelo TRE são com ressalvas. As contas do MDB de 2022 e 2023 ainda não foram julgadas, estando na fase de diligências técnicas de rotina, comuns à prestação de contas de qualquer agremiação partidária. As de 2024 serão apresentadas no mês de junho próximo, conforme determina a legislação.

As contas anuais do MDB-PE tramitam no Sistema de Prestação de Contas Anuais (SPCA), sob total transparência, estando à disposição para consulta pública. O partido sempre atendeu, em tempo hábil, a todas as solicitações técnicas da Justiça Eleitoral, demonstrando compromisso com a legalidade, a responsabilidade na gestão dos recursos públicos e a lisura na aplicação do Fundo Partidário.

Causa estranheza que um blog comandado por jornalista com longa trajetória política reproduza, sem checagem ou contraponto, uma narrativa de grupo de campanha, tratando como “descoberta” o que é, na verdade, interpretação distorcida de dados públicos, disponíveis no portal do TRE-PE e plenamente íveis a qualquer cidadão. Manda o bom jornalismo – especialmente o que se pretende sério – que a informação seja checada antes de publicada. Não o fazendo, o veículo se transforma em mero instrumento de desinformação eleitoral.

O MDB-PE segue comprometido com a transparência, a legalidade e a democracia, e tomará todas as medidas cabíveis para assegurar a integridade de sua imagem institucional diante de ataques infundados.

Recife, 17 de maio de 2025
MDB de Pernambuco.

Zé Dirceu sobre Banco Central: “Taxa de juros a 14,75% é um crime”

José Dirceu concede entrevista no Estúdio Metrópoles - Metrópoles 5

Metrópoles

Ex-ministro da Casa Civil e um dos principais articuladores políticos do PT, José Dirceu considera “um crime” a taxa de juros a 14,75% estipulada pelo Banco Central. Ele demonstrou descontentamento com a política monetária em entrevista à coluna no Boletim Metrópoles.

“Eu considero um crime o Brasil ter uma taxa de juros alta. Isso não vai resolver o problema da inflação. Sou contra a taxa de 14,75%. Ela aumenta a dívida pública, impede o investimento”, afirmou o ex-ministro.

Ao ser questionado se condenava a atuação de Gabriel Galípolo, indicado por Lula à presidência do BC, Dirceu respondeu: “[Condeno] a atuação do Banco Central”.

Segundo Dirceu, o país opera atualmente com baixo déficit primário, e a inflação, na avaliação dele, está fora da meta por conta de um parâmetro considerado irreal. “Estamos sem déficit primário praticamente e a inflação está fora da meta porque é irreal. Três por cento num país como o Brasil é irreal. A meta não era essa. Eu sempre fui contra desde o primeiro governo do Lula. A meta era 4%, 5,5% ou 2,5%”, declarou.

O ex-ministro também comentou o cenário internacional e disse que países desenvolvidos vêm reduzindo suas taxas de juros mesmo sem queda significativa da inflação. “Os países capitalistas centrais estão reduzindo os juros mesmo sem reduzir a inflação, pois sabem que a economia precisa crescer”.

Dirceu ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Lula.

Com mais de 12 mil participantes confirmados, 26ª Marcha dos Municípios começa nesta segunda-feira

Da Assessoria

A partir desta segunda-feira (19), Brasília será o centro do maior encontro municipalista da América Latina. A Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios já registra o maior número de inscritos da história do evento, ultraando a marca de 12 mil participantes.

Com o tema Autonomia Municipal: a Força que Transforma o Brasil, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, destacou a relevância da presença dos gestores públicos. “A população quer e precisa ser bem atendida, e os gestores que assumiram em janeiro certamente compartilham desse desejo. No entanto, é fundamental a cooperação entre os entes federativos para que os municípios consigam responder às demandas da sociedade”, afirmou.

Credenciamento

Para quem chega à capital federal pelo Aeroporto Internacional de Brasília, o credenciamento estará disponível já neste domingo (18). Os totens identificados orientarão os participantes no processo, e o crachá será impresso imediatamente. Quem não ar pelo aeroporto pode realizar o credenciamento nos seguintes hotéis, também a partir deste domingo: Athos Bulcão, Saint Moritz, CICB Hotel, Vision Hotel, Kubitschek Hotel, Manhattan Hotel, Plaza St. Paul, Cullinan, Fusion e Brasília Palace. No local do evento, o credenciamento será iniciado às 10h da segunda-feira (19). Neste mesmo horário, também abrem o Espaço do Patrocinador e o atendimento técnico-institucional.

Estrutura do evento

Assim como na edição anterior, a Marcha será dividida em dois andares no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O piso 3, chamado de piso político, será palco das principais discussões com autoridades e contará com atendimento técnico personalizado para os municípios. Nesse espaço, os gestores também poderão participar do podcast da CNM, no aquário da Comunicação.

O piso 1, conhecido como piso técnico, será voltado às arenas temáticas. Serão mais de 45 arenas com orientações, esclarecimento de dúvidas e troca de experiências. O Espaço do Patrocinador será distribuído entre os dois andares, com propostas inovadoras para os municípios.

Cobertura nas redes sociais

A CNM vai atualizar constantemente suas redes sociais e site oficial durante todo o evento. Para acompanhar, basta seguir @PortalCNM, usar a hashtag #MarchaCNM e marcar os perfis oficiais. As principais informações também estarão disponíveis no site da entidade.

No MDB, chapa de Jarbas Filho tem maior número de membros do Recife e na de Raul o maior número é de Vitória

O deputado Jarbas Filho e o atual presidente do partido, Raul Henry

Por Terezinha Nunes

A eleição que o MDB de Pernambuco vai realizar no próximo dia 24 para escolha do novo diretório estadual e da nova executiva terá 97 votantes, mas como alguns deles, pela função que ocupam no partido, têm direito a mais de um voto, o número total de votos chega a 114. Divulgada a composição oficial das chapas do atual presidente e candidato à reeleição Raul Henry e do deputado estadual Jarbas Filho fica claro que elas trazem algumas peculiaridades que podem demonstrar como ficará o partido após o resultado final, dependendo de quem for o vencedor.

A Chapa de Raul mostra que 1/3 dos votos do diretório serão controlados por um único município, Vitória de Santo Antão, terra do prefeito do MDB, Paulo Roberto Arruda que exerce cada vez mais influência sobre a legenda. Caso Raul saia vencedor dividirá com ele o comando do MDB. Das 70 vagas do Diretório proposto por Raul 35,71% estão ocupadas por vitorienses. A capital, Recife, tem 30% e os demais estão espalhados em 18 municípios.

Já a chapa do deputado estadual Jarbas Filho tem 32,86% dos seus membros oriundos do Recife e os demais estão espalhados por 29 municípios, favorecendo 80% prefeitos do partido que decidiram apoiá-lo. A maior expressão do Recife se deve à influência do ex-governador Jarbas Vasconcelos na capital e à sua decisão de se engajar na campanha de Jarbas Filho. Já no interior, além dos prefeitos, o próprio Jarbas, Jarbas Filho e o senador Fernando Dueire têm influência e trabalho realizado através dos seus mandatos. Jarbas enquanto esteve no Senado sempre recebeu todos que o procuraram e o mesmo faz agora Fernando Dueire, o que levou Jarbas Filho a ter a maior parte dos seus votos em municípios interioranos.

Mas o acirramento da campanha em torno dos dois candidatos não está restrita aos números acima, podendo respingar em outras pessoas até o dia da eleição. Partidários de Jarbas Filho aram os dados do TRE e descobriram – eles estão reando a informação a eleitores do dia 24 – que nos últimos cinco anos as contas do MDB no estado ou foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral ou se encontram com pendências junto àquela corte.

Ministros lamentam atuação de Lula em mais uma missão internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva

Radar/VEJA

Ministros estão desconsolados. A crise envolvendo Janja e o pedido de intervenção chinesa no funcionamento do TikTok no Brasil ofuscou a vitoriosa agenda de Lula na China. Terminada a viagem, não foram os importantes anúncios de investimentos e parcerias com os chineses que brilharam, mas sim a aparente vontade de censurar uma rede na inútil tentativa de conter a atuação da oposição. Tudo colocado na conta de uma primeira-dama que insiste em ignorar a liturgia da Presidência da República.

Antes dessa viagem, auxiliares tentaram aconselhar Lula a reduzir a exposição de Janja — “para preservá-la”. O petista nem quis ouvir. Deu no que deu.

Lula, diga-se de agem, também contribuiu para a crise ao itir a trapalhada e ainda cobrar ministros publicamente. O presidente da República, não é de hoje, atua como chefe do governo e como seu mais eficiente opositor. Falando o que não devia, Lula já ofuscou pelo menos duas missões oficiais neste mandato.

Diz um ministro: “O presidente já criou ruídos com falas sobre guerra na Ucrânia, holocausto em Gaza e, agora, sobre TikTok. Só aí são três missões internacionais ofuscadas por erros”.

Em abril de 2023, o petista deu uma entrevista, quando voltava de uma viagem aos Emirados Árabes, em que acusou os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra na Ucrânia. A fala provocou reações internacionais e ofuscou a missão oficial.

Em julho de 2023, Lula foi a Cabo Verde e agradeceu a África o premiê de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, “por tudo que foi produzido durante a escravidão”. “Temos profunda gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, disse o petista.

Em fevereiro de 2024, Lula, também em viagem pela África, achou prudente comparar o conflito em Gaza com o extermínio de judeus empreendido por Hitler. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”.