PSD briga por espaços com União Brasil, e Planalto tenta evitar racha da base

Davi Alcolumbre e Gilberto Kassab

O Globo

Com a base desarticulada, o Palácio do Planalto vem sendo prejudicado até mesmo por disputas paralelas entre os aliados. Dois grandes expoentes do Centrão, PSD e União Brasil travam uma disputa que inclui a briga por espaços no governo e pela definição de candidatos para 2026. Ciente das dificuldades e preocupado com o rompimento recente com o PDT, o governo planeja ao menos privilegiar o partido de Gilberto Kassab (PSD). A ideia é evitar um cenário ainda pior. No mês ado, em outro contratempo, a bancada do União na Câmara chegou a vetar a indicação do líder Pedro Lucas (MA) para o Ministério das Comunicações.

A equação, contudo, não é simples, principalmente pela mudança na correlação de forças no Legislativo. Além do fortalecimento da oposição, a formação da federação do PP com o partido do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), deixa os auxiliares de Luiz Inácio Lula da Silva receosos de dar mais um o na reforma ministerial, hoje estacionada.

Senado paralisado

Mesmo após assumir o papel de principal aliado de Lula, Alcolumbre tem segurado a análise de indicações do governo para agências reguladoras e, além disso, travou a pauta de todo o plenário do Senado. Isso ocorre porque o parlamentar trava uma guerra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, membro da Executiva Nacional do PSD, por conta da indicação nas agências.

Por outro lado, na Câmara, é o PSD que deseja tirar espaço do União Brasil. Os deputados querem assumir o Ministério do Turismo, que hoje é comandado por Celso Sabino, do União. Havia uma expectativa de parte dos deputados do PSD que a sigla indicasse um substituto.

Foi contando com essa previsão, por exemplo, que parlamentares da sigla aram a direcionar emendas para a área do Turismo no começo do ano.

Com a reforma ministerial travada houve uma frustração por parte da sigla. Integrantes das duas legendas reconhecem os embates, mas dizem que as disputas são pontuais, em parte centradas em figuras específicas.

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TRE reprova as contas do MDB de Pernambuco de 2015, 2017, 2018 e 2022 e aprova as demais com ressalvas

O Blog Dellas registrou em nota, neste sábado (17), que o grupo adversário do ex-deputado federal Raul Henry, que luta pela reeleição, estava informando aos convencionais com direito a voto na eleição interna do partido no próximo dia 24, que as contas do partido nos últimos anos tinham sido reprovadas ou aprovadas com ressalvas pelo TRE-PE, demonstrando o nível de acirramento que cerca a disputa na qual estão envolvidos de um lado Raul Henry e do outro o deputado estadual Jarbas Filho, que tem o apoio do ex-governador Jarbas Vasconcelos e do senador Fernando Dueire.

No final da manhã deste sábado o grupo de Raul Henry divulgou nota oficial informando que este blog estava mal informado, quando ele apenas reproduzia informação que estava sendo ada aos convencionais. A nota, reproduzida abaixo, nega a informação dada, dizendo que não houve reprovação de contas mas apenas aprovação com ressalvas. A bem da verdade e fiel aos nossos leitores, diz o blog, reproduzimos abaixo levantamento realizado no site do TRE que confirma não só as reprovações nos anos de 2015, 2017, 2918 e 2022 como as devidas multas aplicadas diante de irregularidades citadas pelo próprio tribunal.

Nota Oficial – *Esclarecimento sobre as Contas do MDB de Pernambuco – Em resposta à publicação do Blog Dellas

O MDB de Pernambuco lamenta e repudia a nota publicada pelo Blog Dellas, da jornalista Terezinha Nunes, que ecoa, sem qualquer verificação mínima, uma versão distorcida e mal-intencionada sobre a situação jurídica das contas do partido junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Todas as prestações de contas do MDB-PE, nos últimos cinco anos, foram devidamente apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), conforme determina a legislação.

Não há nenhuma conta desaprovada pelo TRE-PE nesse período. As contas de 2019, 2020 e 2021 foram aprovadas com ressalvas. Ressalvas não configuram reprovação. Aliás, praticamente a totalidade das contas das agremiações partidárias aprovadas pelo TRE são com ressalvas. As contas do MDB de 2022 e 2023 ainda não foram julgadas, estando na fase de diligências técnicas de rotina, comuns à prestação de contas de qualquer agremiação partidária. As de 2024 serão apresentadas no mês de junho próximo, conforme determina a legislação.

As contas anuais do MDB-PE tramitam no Sistema de Prestação de Contas Anuais (SPCA), sob total transparência, estando à disposição para consulta pública. O partido sempre atendeu, em tempo hábil, a todas as solicitações técnicas da Justiça Eleitoral, demonstrando compromisso com a legalidade, a responsabilidade na gestão dos recursos públicos e a lisura na aplicação do Fundo Partidário.

Causa estranheza que um blog comandado por jornalista com longa trajetória política reproduza, sem checagem ou contraponto, uma narrativa de grupo de campanha, tratando como “descoberta” o que é, na verdade, interpretação distorcida de dados públicos, disponíveis no portal do TRE-PE e plenamente íveis a qualquer cidadão. Manda o bom jornalismo – especialmente o que se pretende sério – que a informação seja checada antes de publicada. Não o fazendo, o veículo se transforma em mero instrumento de desinformação eleitoral.

O MDB-PE segue comprometido com a transparência, a legalidade e a democracia, e tomará todas as medidas cabíveis para assegurar a integridade de sua imagem institucional diante de ataques infundados.

Recife, 17 de maio de 2025
MDB de Pernambuco.

Zé Dirceu sobre Banco Central: “Taxa de juros a 14,75% é um crime”

José Dirceu concede entrevista no Estúdio Metrópoles - Metrópoles 5

Metrópoles

Ex-ministro da Casa Civil e um dos principais articuladores políticos do PT, José Dirceu considera “um crime” a taxa de juros a 14,75% estipulada pelo Banco Central. Ele demonstrou descontentamento com a política monetária em entrevista à coluna no Boletim Metrópoles.

“Eu considero um crime o Brasil ter uma taxa de juros alta. Isso não vai resolver o problema da inflação. Sou contra a taxa de 14,75%. Ela aumenta a dívida pública, impede o investimento”, afirmou o ex-ministro.

Ao ser questionado se condenava a atuação de Gabriel Galípolo, indicado por Lula à presidência do BC, Dirceu respondeu: “[Condeno] a atuação do Banco Central”.

Segundo Dirceu, o país opera atualmente com baixo déficit primário, e a inflação, na avaliação dele, está fora da meta por conta de um parâmetro considerado irreal. “Estamos sem déficit primário praticamente e a inflação está fora da meta porque é irreal. Três por cento num país como o Brasil é irreal. A meta não era essa. Eu sempre fui contra desde o primeiro governo do Lula. A meta era 4%, 5,5% ou 2,5%”, declarou.

O ex-ministro também comentou o cenário internacional e disse que países desenvolvidos vêm reduzindo suas taxas de juros mesmo sem queda significativa da inflação. “Os países capitalistas centrais estão reduzindo os juros mesmo sem reduzir a inflação, pois sabem que a economia precisa crescer”.

Dirceu ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Lula.

Com mais de 12 mil participantes confirmados, 26ª Marcha dos Municípios começa nesta segunda-feira

Da Assessoria

A partir desta segunda-feira (19), Brasília será o centro do maior encontro municipalista da América Latina. A Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios já registra o maior número de inscritos da história do evento, ultraando a marca de 12 mil participantes.

Com o tema Autonomia Municipal: a Força que Transforma o Brasil, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, destacou a relevância da presença dos gestores públicos. “A população quer e precisa ser bem atendida, e os gestores que assumiram em janeiro certamente compartilham desse desejo. No entanto, é fundamental a cooperação entre os entes federativos para que os municípios consigam responder às demandas da sociedade”, afirmou.

Credenciamento

Para quem chega à capital federal pelo Aeroporto Internacional de Brasília, o credenciamento estará disponível já neste domingo (18). Os totens identificados orientarão os participantes no processo, e o crachá será impresso imediatamente. Quem não ar pelo aeroporto pode realizar o credenciamento nos seguintes hotéis, também a partir deste domingo: Athos Bulcão, Saint Moritz, CICB Hotel, Vision Hotel, Kubitschek Hotel, Manhattan Hotel, Plaza St. Paul, Cullinan, Fusion e Brasília Palace. No local do evento, o credenciamento será iniciado às 10h da segunda-feira (19). Neste mesmo horário, também abrem o Espaço do Patrocinador e o atendimento técnico-institucional.

Estrutura do evento

Assim como na edição anterior, a Marcha será dividida em dois andares no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O piso 3, chamado de piso político, será palco das principais discussões com autoridades e contará com atendimento técnico personalizado para os municípios. Nesse espaço, os gestores também poderão participar do podcast da CNM, no aquário da Comunicação.

O piso 1, conhecido como piso técnico, será voltado às arenas temáticas. Serão mais de 45 arenas com orientações, esclarecimento de dúvidas e troca de experiências. O Espaço do Patrocinador será distribuído entre os dois andares, com propostas inovadoras para os municípios.

Cobertura nas redes sociais

A CNM vai atualizar constantemente suas redes sociais e site oficial durante todo o evento. Para acompanhar, basta seguir @PortalCNM, usar a hashtag #MarchaCNM e marcar os perfis oficiais. As principais informações também estarão disponíveis no site da entidade.

No MDB, chapa de Jarbas Filho tem maior número de membros do Recife e na de Raul o maior número é de Vitória

O deputado Jarbas Filho e o atual presidente do partido, Raul Henry

Por Terezinha Nunes

A eleição que o MDB de Pernambuco vai realizar no próximo dia 24 para escolha do novo diretório estadual e da nova executiva terá 97 votantes, mas como alguns deles, pela função que ocupam no partido, têm direito a mais de um voto, o número total de votos chega a 114. Divulgada a composição oficial das chapas do atual presidente e candidato à reeleição Raul Henry e do deputado estadual Jarbas Filho fica claro que elas trazem algumas peculiaridades que podem demonstrar como ficará o partido após o resultado final, dependendo de quem for o vencedor.

A Chapa de Raul mostra que 1/3 dos votos do diretório serão controlados por um único município, Vitória de Santo Antão, terra do prefeito do MDB, Paulo Roberto Arruda que exerce cada vez mais influência sobre a legenda. Caso Raul saia vencedor dividirá com ele o comando do MDB. Das 70 vagas do Diretório proposto por Raul 35,71% estão ocupadas por vitorienses. A capital, Recife, tem 30% e os demais estão espalhados em 18 municípios.

Já a chapa do deputado estadual Jarbas Filho tem 32,86% dos seus membros oriundos do Recife e os demais estão espalhados por 29 municípios, favorecendo 80% prefeitos do partido que decidiram apoiá-lo. A maior expressão do Recife se deve à influência do ex-governador Jarbas Vasconcelos na capital e à sua decisão de se engajar na campanha de Jarbas Filho. Já no interior, além dos prefeitos, o próprio Jarbas, Jarbas Filho e o senador Fernando Dueire têm influência e trabalho realizado através dos seus mandatos. Jarbas enquanto esteve no Senado sempre recebeu todos que o procuraram e o mesmo faz agora Fernando Dueire, o que levou Jarbas Filho a ter a maior parte dos seus votos em municípios interioranos.

Mas o acirramento da campanha em torno dos dois candidatos não está restrita aos números acima, podendo respingar em outras pessoas até o dia da eleição. Partidários de Jarbas Filho aram os dados do TRE e descobriram – eles estão reando a informação a eleitores do dia 24 – que nos últimos cinco anos as contas do MDB no estado ou foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral ou se encontram com pendências junto àquela corte.

Ministros lamentam atuação de Lula em mais uma missão internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva

Radar/VEJA

Ministros estão desconsolados. A crise envolvendo Janja e o pedido de intervenção chinesa no funcionamento do TikTok no Brasil ofuscou a vitoriosa agenda de Lula na China. Terminada a viagem, não foram os importantes anúncios de investimentos e parcerias com os chineses que brilharam, mas sim a aparente vontade de censurar uma rede na inútil tentativa de conter a atuação da oposição. Tudo colocado na conta de uma primeira-dama que insiste em ignorar a liturgia da Presidência da República.

Antes dessa viagem, auxiliares tentaram aconselhar Lula a reduzir a exposição de Janja — “para preservá-la”. O petista nem quis ouvir. Deu no que deu.

Lula, diga-se de agem, também contribuiu para a crise ao itir a trapalhada e ainda cobrar ministros publicamente. O presidente da República, não é de hoje, atua como chefe do governo e como seu mais eficiente opositor. Falando o que não devia, Lula já ofuscou pelo menos duas missões oficiais neste mandato.

Diz um ministro: “O presidente já criou ruídos com falas sobre guerra na Ucrânia, holocausto em Gaza e, agora, sobre TikTok. Só aí são três missões internacionais ofuscadas por erros”.

Em abril de 2023, o petista deu uma entrevista, quando voltava de uma viagem aos Emirados Árabes, em que acusou os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra na Ucrânia. A fala provocou reações internacionais e ofuscou a missão oficial.

Em julho de 2023, Lula foi a Cabo Verde e agradeceu a África o premiê de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, “por tudo que foi produzido durante a escravidão”. “Temos profunda gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, disse o petista.

Em fevereiro de 2024, Lula, também em viagem pela África, achou prudente comparar o conflito em Gaza com o extermínio de judeus empreendido por Hitler. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”.

AGU derruba site estrangeiro que usava imagem de Fernando Haddad em golpe com criptomoedas

AGU derruba site estrangeiro que usava imagem de Haddad

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu bloquear um site estrangeiro que usava indevidamente a imagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aplicar golpes com promessas falsas de investimentos em criptomoedas. A página simulava um portal de notícias brasileiro e foi retirada do ar após uma notificação extrajudicial enviada no último dia 09 de maio à empresa Public Domain Registry, responsável pela hospedagem do domínio e sediada nos Estados Unidos.

De acordo com a AGU, o site apresentava uma falsa entrevista com o ministro, na qual ele supostamente recomendava uma plataforma digital de negociação de criptomoedas. O golpe utilizava logotipos e elementos visuais de veículos jornalísticos reconhecidos, na tentativa de conferir credibilidade ao conteúdo fraudulento.

“Essa medida é bastante significativa”, afirmou o procurador Raphael Ramos Monteiro de Souza, titular da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, que atuou no caso. “Trata-se de mais um esforço do Estado brasileiro, por meio da AGU e de órgãos parceiros, para coibir a disseminação de informações falsas e práticas ilícitas no ambiente digital”.

A AGU, que atuou a pedido do Ministério da Fazenda, argumentou que a página violava o direito fundamental à integridade informacional e poderia configurar crime de estelionato, na forma de fraude eletrônica. O órgão também destacou que o conteúdo violava os próprios termos de uso da empresa que hospedava o domínio.

“O referido site, com nítida natureza fraudulenta, representa risco à segurança financeira das famílias brasileiras, uma vez que pretende ludibriar os usuários para que se cadastrem na plataforma e transfiram recursos financeiros, sob o pretexto de realizarem investimentos muito rentáveis”, apontaram os procuradores.

Gleisi faz terrorismo com aposentados para tentar barrar MI do INSS

Gleisi Hoffmann discursa durante cerimônia de posse como ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República

VEJA

O governo do presidente Lula se aproxima da metade deste terceiro ano de mandato que seria, segundo o petista, “o ano da colheita”, sem novidades a apresentar.

Da lavoura petista saíram até agora as trapalhadas de Janja e carregamentos de ordens judiciais contra sindicalistas metidos num escândalo bilionário de corrupção na Previdência.

O governo envolveu-se numa disputa para atribuir o esquema ao governo de Jair Bolsonaro enquanto busca justificativas para a explosão absurda de descontos ilegais em aposentadorias ocorrida depois da chegada de Lula ao Planalto.

No Congresso, a colheita legislativa se dará numa MI para investigar a roubalheira no INSS. A oposição conseguiu as s e aguarda agora que Davi Alcolumbre cumpra o regimento do Parlamento instalando a apuração.

Se Lula já não tinha forças para influenciar deputados e senadores a votarem matérias de interesse do governo, com a chegada da MI, a chance de a gestão petista aprovar matérias importantes enquanto a investigação parlamentar se desenvolver será nula.

Como ocorre com todo circo que envolve as investigações parlamentares, a bateria de sessões com depoimentos de investigados, quebras de sigilos e revelações sobre entranhas do poder dominarão a agenda política.

Decorre desta constatação o desespero exposto nas redes, nesta sexta, pela ministra Gleisi Hoffmann, a responsável por fazer com que o Congresso vote matérias de interesse do governo. Gleisi não quer a MI e teme vazamentos que ampliem a crise e prejudiquem a sigilosa marcha da Polícia Federal.

“Uma MI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, diz Gleisi.

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Planalto avalia que caso Janja “ofuscou” agenda do governo na China

imagem colorida janja conferencia paris

Metrópoles

Auxiliares de Lula no Palácio do Planalto avaliam que o vazamento das críticas da primeira-dama Janja à rede social TikTok durante jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, “ofuscou” a agenda positiva do governo no país asiático.

Para auxiliares de Lula, o governo brasileiro conseguiu firmar bons acordos comerciais com a China, mas a polêmica envolvendo Janja e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, suspeito de ter vazado a conversa, escondeu as agendas positivas.

Os governos de Brasil e China am ao menos 20 acordos de cooperação na última terça-feira (13). Os documentos englobam parcerias em áreas como infraestrutura, meio ambiente, agricultura e comércio, entre outros.

Rui na mira da crise

Rui Costa, como a coluna noticiou, virou alvo de uma crise após a apresentadora e colunista Andreia Sadi noticiar que a fala de Janja sobre o Tiktok, durante jantar com Xi Jinping, teria gerado constrangimento diplomático ao Brasil.

O vazamento desagradou Lula. O petista itiu, em entrevista à imprensa na noite da terça-feira (13), que Janja fez uma intervenção durante o jantar, mas ponderou que o assunto foi levantado inicialmente pelo próprio presidente brasileiro.

Indignado com as acusações, o ministro da Casa Civil cogitou um pronunciamento público para negar ter vazado a conversa. Rui, no entanto, foi aconselhado por aliados e pelo atual chefe da Secom, Sidônio Palmeira, a não fazer o pronunciamento.

A avaliação foi que uma fala de Rui sobre o caso teria potencial para aumentar ainda mais a crise. Além disso, avaliou-se que, mesmo que ele negasse publicamente ter participado do vazamento, ainda assim poderia gerar mais alarde para a situação.

Lula deve priorizar alianças para travar bolsonarismo no Senado

Lula tem cabelos grisalhos e barba, veste um terno cinza e uma camisa azul, está com a mão na cabeça, parecendo pensativo ou preocupado. Ao fundo, há bandeiras do Brasil, uma com as cores verde, amarelo e azul, e outra com o brasão do país.

Folha de S.Paulo

O presidente Lula (PT) deve priorizar alianças com partidos de centro e centro-direita nas eleições de 2026 e trabalhar para travar um possível avanço do bolsonarismo no Senado.

A definição das candidaturas nos estados ará pela estratégia da eleição nacional. O objetivo é barrar a eleição de nomes próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e evitar uma maioria da oposição no Senado em um eventual quarto mandato de Lula.

A disputa para o Senado é prioridade para Bolsonaro, que está inelegível e não poderá concorrer no pleito do próximo ano. Ele deve mobilizar uma tropa de candidatos à Câmara Alta com nomes de sua confiança, incluindo a esposa Michelle e os filhos Flávio e Eduardo, todos do PL.

A formação de uma maioria na Casa legislativa é vista como crucial para fortalecer a posição do ex-presidente no embate com o Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo possíveis pedidos de impeachment de ministros.

O Senado também é visto como crucial para fazer avançar propostas de anistia de envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e para barrar indicações ao Banco Central e agências reguladoras. O PL tem a segunda maior bancada com 14 senadores, 8 deles com mandato até 2031.

Para travar a ofensiva, o governo Lula deve negociar parte das 54 vagas que serão disputadas em 2026 e abrir espaço para aliados de partidos como MDB, PSD e PSB. A tendência é que o PT tenha candidatos próprios apenas nos estados onde tiver nomes competitivos.

“Estamos em uma fase de diagnóstico para começar as conversas internas e com partidos aliados. A nossa expectativa é construir uma bancada lulista e impedir que a extrema direita possa fazer maioria, o que seria um problema”, afirma o presidente nacional do PT, Humberto Costa.

O PT tem nove senadores, dos quais seis encerram o mandato em fevereiro de 2027. No próximo ano, o objetivo é superar a eleição adversa de 2018, quando conquistou apenas quatro cadeiras.

Dos seis senadores em fim de mandato, cinco vão buscar a reeleição – Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE), Rogério Carvalho (SE), Fabiano Contarato (ES) e Randolfe Rodrigues (AP). Os dois últimos foram eleitos pela Rede Sustentabilidade, mas migraram para o PT ao longo do mandato.

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Em Pernambuco o que era para ser simples segue travado por arengas

Por Igor Maciel/JC

Era pra ser assim: o deputado indica o destino, o indicado apresenta as documentações para receber dinheiro público e o governo faz o pagamento.

No embate entre Governo Raquel e Alepe, o Legislativo diz que as emendas não estão sendo pagas e o Executivo diz que tenta pagar, mas os destinatários indicados pelos deputados estão irregulares e não apresentam documentos. O processo das emendas deveria ser assim: o deputado indica o destino, o indicado apresenta as documentações necessárias de aptidão para receber dinheiro público e o governo faz o pagamento.

A quantidade de emendas, seus valores, o protagonismo financeiro excessivo da Assembleia e a ausência de responsabilidades do Legislativo é um caso à parte. Mas o processo, simples, deveria ser esse: indicação, comprovação, pagamento. Aí o governo diz que os indicados, sejam prefeituras ou outras instituições, não apresentam documentos mínimos para receber as verbas.

Acontece que não é fácil cumprir toda a burocracia do país e, mesmo sem ter todas as certidões tem sempre alguém de olho nas verbas das emendas, então esses beneficiários pedem aos deputados, que indicam os valores, mas ninguém está disposto a se regularizar. Dá trabalho e custa caro. Às vezes é melhor não se regularizar do que receber o dinheiro indicado pelo deputado. Tem beneficiário de emenda que, ao saber das exigências legais para colocar a mão no dinheiro, simplesmente desaparece.

Os deputados da oposição insistem em dizer que é mentira e que é o governo quem não quer pagar. Não é bem assim. Um deputado estadual conversou com este colunista no início da semana e explicou o que faz quando indica emendas.

“Eu tenho um funcionário do meu gabinete cuja função principal é ficar ligando para os prefeitos e secretários municipais para avisar que eu destinei a emenda pra eles e cobrar as documentações. O problema é que os colegas querem indicar as emendas, mas não acompanham isso e reclamam quando o dinheiro não chega no destino”, disse o parlamentar.

No Palácio, a informação é que os deputados estão sendo avisados sobre a falta de documentação dos beneficiários, mas não tomam atitude e só reclamam. Do outro lado, no Legislativo, os deputados negam que estejam sendo avisados e muitos dizem que não é verdade a falta de documentação, que os beneficiários estão aptos para receber as verbas e o governo é que está evitando fazer os pagamentos. O problema é que nenhum dos dois lados avançou para a comprovação de suas falas.

É a palavra de um contra a palavra do outro, há meses, o que a a impressão de que não há tanto interesse assim em resolver as questões, ou alguém está faturando politicamente com a briga e não permite que ela acabe.

Se os indicados pelos parlamentares não têm documentação para receber o dinheiro das emendas, que o governo mostre um por um e detalhe o que está faltando. Isso pode ser feito na imprensa. Da mesma forma, basta os deputados comprovarem que seus indicados para receber as emendas estão aptos dentro da lei, e a questão estaria resolvida. Por que isso não foi feito até agora? É um mistério.

Mas talvez seja porque quanto mais se explica e detalha mais transparente o envio e o uso desse dinheiro se torna. Como, ultimamente, transparência no uso de dinheiro do pagador de impostos virou tabu, ao invés de cumprimento de lei, tem gente com medo de exposição demais.

Enquanto isso, a arenga dos parlamentares com o Palácio é o que define o mundo político pernambucano. Coisa feia.

‘Pesquisa fake’ acirra ânimos da disputa entre Raquel Lyra e João Campos em Pernambuco

O prefeito de Recife, João Campos (PSB), e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD): rivais nas eleições de 2026

O Globo

Uma pesquisa atribuída a uma instituição potiguar que indicaria pela primeira vez um empate técnico entre a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e o até então favorito na disputa pelo Palácio das Princesas em 2026, João Campos (PSB), provocou celeuma nos bastidores da política do estado. Mas o levantamento, replicado por aliados de Raquel e diversos portais regionais, jamais existiu, o que acendeu um alerta no entorno do prefeito de Recife e obrigando o Seta Instituto, apontado como responsável pela projeção nas redes sociais, a desmenti-lo.

Depois da publicação da pesquisa, aliados de Campos se apressaram a atribuir o episódio a apoiadores de Raquel “desesperados” com o desempenho da ex-tucana – levantamento do Real Time divulgado no início de abril mostra o socialista na liderança isolada com 66% contra 22% da governadora do PSD.

A “pesquisa fake”, por sua vez, mostrava o Campos com 40% e Raquel com 38%, um cenário de empate técnico entre os rivais. Portais de comunicação reproduziram inclusive informações pretensamente técnicas sobre o levantamento, que teria ocorrido entre os dias 8 e 11 de maio a partir de 2,5 mil entrevistas por telefone “em meio à greve dos professores da rede municipal do Recife, que já afeta cerca de 100 mil alunos”.

Dias depois da circulação da pesquisa fake, o Seta Instituto divulgou nota negando ter realizado qualquer sondagem sobre a disputa pelo governo de Pernambuco no período.

Apesar do tom irônico, a equipe de Campos desencadeou nos bastidores uma operação de gestão de crise para sondar os possíveis efeitos da divulgação dos números falsos sobre a aprovação do prefeito, conhecido pela sua popularidade nas redes sociais.

Nada de relevante foi detectado até agora, mas a pesquisa fake foi suficiente para provocar um salseiro no cabo de guerra local pela sucessão do governo.

Acenos a Lula

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Planalto escala aliados ‘bons de briga’ e quer comando da MI do INSS

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Coluna do Estadão

O Palácio do Planalto quer aliados “bons de briga” na MI do INSS. Embora ainda tente convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a enterrar o colegiado, o governo Lula vê que a instalação será inevitável e elabora a estratégia de enfrentamento aos bolsonaristas, almejando o controle da Comissão.

Petistas ouvidos pela Coluna do Estadão dizem querer repetir o cenário da MI do 8 de Janeiro. A comissão, que funcionou em 2023, foi inicialmente proposta pela oposição, mas acabou dominada por governistas.

Para isso, o Planalto cogita recrutar para a investigação do INSS nomes de peso como os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso, e o deputado Lindbergh Farias (RJ), líder petista na Câmara.

Se a MI ganhar mais força para ser instalada, o governo pretende encerrar logo a investigação. Não quer arrastar para o ano eleitoral. Sabe, porém, que a comissão paralisará sua agenda no Congresso este ano, num momento em que Lula tenta aprovar pautas para melhorar a popularidade: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e a PEC da Segurança.

Os petistas contrários à MI argumentam que os descontos indevidos de sindicatos e associações em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS já estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) e, por isso, não haveria necessidade de apuração do Congresso. Parte da base aliada, contudo, teme que o governo fique desgastado ao se opor à instalação do colegiado e veem uma oportunidade de colar as irregularidade no governo Bolsonaro.

Senado acumula 55 pedidos de impeachment contra ministros do STF

CNN Brasil

O pedido de impeachment contra o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciado na última semana pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), se soma a outras 54 ações contra magistrados da Corte pendentes de análise no Senado Federal.

Nikolas acusa o ministro de atuação político-partidária após Dino sugerir uma “chapa imbatível” para as eleições do governo do Maranhão, que incluiria o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) e a professora Teresa Helena Barros.

O ministro deu a declaração durante aula magna do curso de Direito do Centro Universitário (UNDB), em São Luís (MA). Para Nikolas, a fala “invade o campo da atuação eleitoral ativa”.

A decisão sobre o andamento do pedido contra Dino depende do aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Além da ação de Nikolas, mais um outro pedido também foi apresentado contra Dino, em 2024.

O recordista, que mais recebeu representações, é o ministro Alexandre de Moraes, alvo de 28 pedidos. Em segundo lugar, está o atual presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, tema de 16 ações.

Outros pedidos miram os ministros Gilmar Mendes (5), Dias Toffoli (3), Cármen Lúcia (3), Edson Fachin (2) e Luiz Fux (1). Algumas representações miram mais de um ministro.

A lista também conta com um pedido que solicita o impeachment de todos os magistrados da Suprema Corte ao mesmo tempo, apresentado em março de 2021. Por outro lado, um dos pedidos protocolados não especifica qual ministro do STF quer a destituição.

Embate institucional

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As duas promessas de Ronaldo Caiado para atrair governadores e bolsonaristas

Pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem feito ao menos duas promessas para tentar atrair o apoio de bolsonaristas e de outros governadores presidenciáveis.

Nas últimas semanas, Caiado ou a procurar governadores e aliados de Jair Bolsonaro prometendo, se eleito: 1) dar anistia ao ex-presidente e 2) não disputar reeleição em 2030, abrindo caminho para outro nome da direita.

Pré-candidato à Presidência, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), encontrou lideranças evangélicas em Salvador

Apesar da ofensiva de Caiado, tanto bolsonaristas quanto governadores de centro-direita que são presidenciáveis dizem ainda ser cedo para já fechar uma aliança para a eleição ao Planalto de outubro de 2026.