PT abre mão de candidatura em Pernambuco e facilita apoio do PSB a Lula

Lula se reúne com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e fecha acordo sobre candidatura ao governo do estado Foto: Ricardo Stuckert

O Globo

O PT abriu mão da candidatura ao governo de Pernambuco para apoiar o nome indicado pelo PSB no estado. Com a decisão, fica superado um dos obstáculos para a adesão dos socialistas à candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto. Restam, porém, outros entraves. O principal deles está em São Paulo, onde o PT não abre mão de lançar o ex-prefeito Fernando Haddad, e o PSB, o ex-governador Márcio França.

Nesta quinta-feira, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se encontrou em São Paulo com o ex-presidente Lula para comunicar que o candidato de seu partido será o deputado federal Danilo Cabral. Em seu terceiro mandato na Câmara, Danilo foi coordenador da campanha de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2006.

No final do ano ado, o PT havia lançado o senador Humberto Costa como pré-candidato em Pernambuco.

— No acordo, o PSB exigiu o apoio do PT no estado. A direção nacional fez o acordo e não vamos ter candidato em Pernambuco — afirmou Costa.

Oficialmente, a pré-candidatura de Costa ao governo do estado não foi retirada.

Os petistas devem indicar o candidato ao Senado da chapa encabeçada por Cabral. A deputada Marília Arraes pleiteia o posto, mas há resistência ao seu nome dentro do PT.

A pré-candidatura de Cabral deve ser oficializada na semana que vem.

— Vim conversar com o presidente Lula sobre a definição da candidatura em Pernambuco e ele referendou a nossa legitimidade para conduzir esse processo. Vamos apresentar o nome do candidato a governador nos próximos dias e a indicação do vice e do candidato ao Senado ocorrerá num segundo momento, afirmou Paulo Câmara.

Em São Paulo, os petistas não estão dispostos a ceder aos apelos do PSB para uma adesão a Márcio França. Além do apoio à candidatura presidencial de Lula, os dois partidos também discutem a formação de uma federação, que incluiria ainda o PCdoB e o PV.

Pelas regras, caso se juntem, as siglas teriam que atuar como se fossem um único partido pelo prazo de quatro anos nos planos federal, estadual e municipal. A federação só permite um candidato em cada estado.

O PSB cobra apoio do PT também no Rio, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre. Os petistas vão apoiar Marcelo Freixo na disputa fluminense e a aliança para reeleição de Casagrande está encaminhada.

No Rio Grande do Sul, porém, o ime ainda prevalece. O PT lançou o deputado estadual Edegar Pretto, e o PSB, o ex-deputado Beto Albuquerque.

O presidente do diretório gaúcho do PT, deputado Paulo Pimenta, descarta a aliança com os socialistas no estado.

— O PSB faz parte do governo Eduardo Leite (PSDB) e nós queremos ter um palanque de oposição no estado.

Mesmo que a federação não vingue, os partidos não descartam fazer uma aliança em torno da candidatura de Lula, inclusive com indicação do posto de vice pelo PSB. O mais cotado é o ex-governador Geraldo Alckmin. Sem a federação, os dois partidos podem ter candidatos adversários nos estados.

Governadores se dividem entre renúncia e articulação por sucessores na eleição

TSE apresenta as novas urnas eletrônicas, que devem ser usadas a partir das eleições de 2022

Folha de S.Paulo

A dois meses do fim do prazo para desincompatibilização do cargo em caso de candidatura nas eleições de 2022, 25 dos 27 governadores têm os seus rumos políticos definidos nos estados. Apenas dois, em fim de mandato, estão indecisos quanto à estratégia no ano eleitoral. Quatro devem deixar o cargo para disputar o Senado ou a Presidência, outros cinco preveem seguir no cargo até dezembro sem disputar as eleições, e o restante segue no governo para disputar a reeleição em outubro.

Visto como caminho para governadores reeleitos, o Senado está na mira de três governadores, todos no Nordeste. Camilo Santana, Flávio Dino e Wellington Dias querem representar Ceará, Maranhão e Piauí no Congresso, respectivamente, a partir de 2023.

A indicação de Camilo Santana para disputar o Senado já foi aprovada pelo PT do Ceará. O partido sinalizou que deseja a manutenção da aliança com partidos aliados ao governador, em um aceno ao PDT, partido do senador Cid Gomes e do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência.

O cenário mais cotado é que Camilo seja candidato ao Senado, podendo fazer a campanha presidencial do ex-presidente Lula no Ceará, e que o candidato a governador seja do PDT, que circularia com Ciro na campanha.

No Piauí, Wellington Dias quer repetir o feito de 2010. Naquele ano, ele renunciou ao cargo para ser candidato ao Senado e venceu a eleição. A meta do PT do Piauí é lançar o secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, para o governo e com Wellington candidato a senador.

“O ideal é sair do resultado das urnas com a eleição de presidente da República e com maioria suficiente para aprovação do projeto de reconstrução do Brasil que será apresentado nas eleições. Não ficar um governo refém do grupo tal, como nos últimos anos”, afirma Wellington.

Aliado de primeira hora de Lula, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), já tem o apoio do PT para ser candidato ao Senado. Ele trabalha para evitar fissuras na sua base aliada que possam comprometer sua postulação ao Senado.

Isso porque Dino decidiu apoiar a candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que poderá migrar para o PSB, ao governo. Já o senador Weverton Rocha (PDT) disse que manterá a sua pré-candidatura ao Palácio dos Leões.

A expectativa de interlocutores de Flávio Dino é que, mesmo com a base do governo saindo com duas candidaturas, todos se unam em torno do atual governador para o Senado.

Único governador a se lançar na disputa presidencial, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vai fazer caminho parecido com 2018, quando deixou a prefeitura da capital paulista para ser candidato na eleição estadual daquele ano.

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Ministro Tarcísio de Freitas confirma candidatura ao governo de São Paulo

O ministro Tarcísio de Freitas falando em um microfone

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou que será candidato ao governo de São Paulo e que vai deixar a pasta em março. O ministro falou à BandNews TV nesta quinta-feira (03).

“A única coisa definida é que eu realmente vou ser pré-candidato. Vou sair do governo no final de março e vou concorrer às eleições de São Paulo. Não temos ainda nome de senador, não temos ainda nome de vice, ainda vamos montar chapa. Isso depende de uma série de coisas”, disse Tarcísio.

Perguntado sobre a possibilidade de formar uma chapa que não seja única e com políticos do centrão, Freitas respondeu que vai trabalhar, em uma possível vitória, com a mesma configuração técnica com que montou o ministério que lidera hoje.

“Acho que nós temos que ter uma configuração vitoriosa, uma configuração forte dentro daqueles valores que nós defendemos. O que nós fizemos no ministério da infraestrutura, é o que nós pretendemos fazer no governo de São Paulo. Principalmente no que diz respeito à configuração de governo, montagem de secretariado, privilégio da meritocracia, privilégio da questão técnica. Quem se adequar a esses valores, será muito bem-vindo”, disse Freitas.

Tarcísio também foi perguntado sobre a diferença entre ele e o governador João Doria, que também tem uma política de concessões à iniciativa privada como a do ministro. Em resposta, Freitas disse: acho que é a política dele que se aproxima da nossa. “Afinal de contas, são 125 leilões realizados pelo governo federal de 2019 até aqui”, disse.

O nome mais provável que deverá assumir o Ministério da Infraestrutura em seu lugar é o secretário-executivo da pasta, Marcelo Sampaio, que tem a confiança do ministro e uma boa relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Legado

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Presidente da Petrobras diz que estatal não pode “segurar preços”

Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, defendeu que a estatal mantenha a política de preço de mercado nos combustíveis. Segundo ele, “segurar” os preços poderia impactar o abastecimento do setor, que ainda depende da importação de petróleo.

“Estamos buscando outros caminhos que não seja a Petrobras segurar preços, até porque legalmente a Petrobras tem que praticar preço de mercado, se comportar como empresa privada”, afirmou em participação de evento promovido pelo Credit Suisse nesta quinta-feira (03).

“Sabemos o prejuízo que é tentar segurar preço de forma artificial. Vamos perder muitos investimentos e importação de diesel, gás, petróleo. Se não houver preço competitivo, não há como suprir esse mercado”, completou.

Ainda assim, Silva e Luna reforçou que a direção da empresa tem tentado evitar que a volatilidade da política de paridade internacional seja reada de imediato ao consumidor.

“Esperamos movimentos que se tornem mais estruturais. Chegamos a ficar 90 ou 70 dias sem fazer alteração de preços. Isso demonstra que a Petrobras consegue acompanhar a paridade, manter o mercado abastecido e dar oportunidade para que outros importadores participem do abastecimento do mercado, além de manter o preço competitivo”, disse.

Redução de carbono

O CEO da Petrobras ainda comentou sobre a intenção de reduzir as emissões de carbono e o investimento em geração de energia sustentável.

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Em live, Bolsonaro confunde estado de origem de Padre Cícero e chama assessores de ‘pau-de-arara’

Em live, Bolsonaro confunde estado de origem de Padre Cícero e chama assessores de 'pau-de-arara' Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro chamou seus assessores que o acompanhavam na transmissão de sua “live” nas redes sociais de “pau de arara”. Durante a transmissão, Bolsonaro comentou a repercussão do seu decreto que revogou 25 lutos para diversas personalidades públicas desde 1992. Entre eles, estava o decreto de luto do Padre Cícero, conhecido religioso com seguidores principalmente no Nordeste.

Ao falar sobre o assunto, Bolsonaro questionou se algum de seus assessores sabia de qual cidade no Pernambuco era o sacerdote. Ao não ter resposta, questiona que a sala estava cheia de “pau-de-arara”. O Padre Cícero, entretanto, nasceu e morreu no Ceará. O principal foco de peregrinação de seus seguidores é Juazeiro do Norte.

— Dentre as nossas revogações que foram feitas há pouco tempo, falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica lá? Cheio de pau de arara aqui e não sabe que cidade fica Padre Cícero, pô? — afirma Bolsonaro.

O pau-de-arara é um tipo de transporte comum no Nordeste em que um caminhão é utilizado para transportar ageiros. Historicamente, esse tipo de transporte é associado à migração nordestina para os estados do Sudeste, quando centenas de pessoas chegavam ao estado automóveis em condições precárias.

Logo depois, algum assessor responde que o religioso é de Juazeiro do Norte.

— Juazeiro do Norte! Parabéns aí…, diz Bolsonaro, que é corrigido também sobre o estado: — Ceará, Ceará.

Bolsonaro terá que arbitrar disputas regionais entre ministros e aliados para as eleições

De olho em outubro, Bolsonaro prevê saída de 11 dos 23 ministros; Gabeira analisa

G1

Apesar do risco de perder apoio em alguns estados – até mesmo de políticos ligados ao Centrão –, o presidente Jair Bolsonaro terá que arbitrar algumas disputas regionais entre ministros e aliados que desejam concorrer aos mesmos cargos.

Um dos casos mais delicados é o do Rio Grande do Sul. Aliado de Bolsonaro desde antes de a chapa presidencial ser vista como viável, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) há muito demonstra o desejo de ser candidato do bolsonarismo ao governo estadual.

Só que há outro nome também na disputa: o do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que se notabilizou defendendo o governo – e o kit Covid – na I do ano ado.

Há mais de um ano, integrantes do governo tentam demover Heinze da empreitada. O próprio presidente Jair Bolsonaro já teve uma conversa com ele sobre isso.

Heinze afirmou que vários ministérios já foram ofertados a ele. Atualmente, o governo oferece a cadeira de ministro da Agricultura – já que a deputada Teresa Cristina (DEM-MS) irá deixar a pasta no fim de março para concorrer em outubro.

“Eu falei ao presidente Bolsonaro que ele terá, com prazer, dois palanques no Rio Grande do Sul. Eu não vou desistir. Já falei para todos os ministros que me abordaram desde agosto. Não quero ser ministro da Infraestrutura, da Agricultura. Vou ser governador”, diz Heinze.

O PP é um dos partidos com mais tradição do Rio Grande do Sul. Tem mais capilaridade que o DEM – atual partido de Onyx – e que o PL – para onde o atual ministro pode migrar para acompanhar Bolsonaro.

Outro ime a respeito do apoio de Jair Bolsonaro é a corrida pelas candidaturas ao Senado no Rio Grande do Norte. Dois ministros atuais, Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Fábio Faria (Comunicações), querem a vaga de “candidato do governo”.

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Deputado apresenta PEC que permite zerar impostos sobre combustíveis e gás em 2022 e 2023

Christino Áureo (Progressistas-RJ) vai apresentar a PEC dos Combustíveis

Valor

O deputado Christino Áureo (PP-RJ) protocolou na tarde desta quinta-feira a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para permitir que a União, Estados e municípios reduzam parcialmente ou até zerem os impostos sobre combustíveis e o gás de cozinha em 2022 e 2023 sem precisarem compensar a queda de arrecadação com o aumento de outros tributos.

O texto servirá como base para as discussões que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende fazer para zerar os impostos federais sobre a gasolina e o diesel, que vem tendo seguidas altas por causa da política de preços da Petrobras, que tem vendido os combustíveis com base nos preços do mercado internacional.

A PEC também permite aos governos federal, estaduais e municipais reduzirem as alíquotas de quaisquer tributos de caráter extrafiscal nos anos de 2022 e 2023 sem necessidade de compensação. Nesse rol entram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que o Executivo federal estuda cortar em 30%, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

O texto, mais amplo do que a ideia que vinha sendo defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi escrita pela Casa Civil do governo Bolsonaro, como mostram dados do documento protocolado hoje pelo deputado.

As leis fiscais do país exigem que a redução de um tributo seja compensada pelo aumento de outros, para não haver perda de arrecadação, mas o governo decidiu propor uma PEC para burlar essa regra temporariamente. O país já vive um déficit fiscal primário (ou seja, gasta mais do que arrecada antes do pagamento de juros) e em 2021 registrou rombo de R$ 35 bilhões.

De acordo com o projeto, a redução dos tributos só terá que respeitar as exigências de apresentar a estimativa do impacto orçamentário e financeiro das medidas adotadas, estar de acordo com as metas anuais de resultado fiscal (que podem ser alteradas por lei) e constar das leis orçamentárias (como o orçamento anual e o plano plurianual).

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Governo estuda elevar benefícios para servidores em vez de salários

Bolsonaro e Guedes em entrevista no Ministério da Economia; ministro cedeu ao presidente e pediu R$ 2,5 bi para reajuste de policiais

Folha de S.Paulo

O governo estuda elevar o valor de benefícios recebidos por servidores públicos, como o vale-alimentação, para tentar aplacar a pressão generalizada por reajustes salariais. De acordo com técnicos, a medida seria uma forma de contemplar todo o funcionalismo, em vez de conceder aumentos apenas às categorias policiais, como acenou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A promessa direcionada do chefe do Executivo, que tem nos policiais uma importante parcela de seu eleitorado, deflagrou mobilizações de outras categorias, que pedem o mesmo tratamento. Algumas estão há cinco anos sem reajuste.

O governo tem hoje uma verba de R$ 1,7 bilhão reservada no Orçamento de 2022 para dar reajustes a servidores.

O valor é insuficiente para dar um aumento linear razoável ao funcionalismo, e não há espaço fiscal para ampliar ainda mais a despesa com pessoal.

Por isso, técnicos agora discutem a viabilidade de usar o dinheiro para reajustar benefícios, uma medida de alcance amplo e custo reduzido se comparado ao impacto dos aumentos.

O Executivo paga hoje um auxílio-alimentação de R$ 458 mensais a todos os servidores ativos, exceto aqueles que estão afastados por licença-capacitação de longa duração ou por cessão a organismos internacionais.

Já o auxílio pré-escolar, pago a funcionários ativos com filhos de até seis anos, tem valor de até R$ 321 mensais.

Os valores tiveram o último reajuste em 2016 e estão bem abaixo do que é pago pelos demais Poderes.

Na Câmara dos Deputados, os servidores recebem R$ 982,29 de auxílio-alimentação e R$ 798,42 de auxílio pré-escolar, segundo dados de dezembro de 2021. No Judiciário, esses valores são de R$ 910,08 e R$ 719,62, respectivamente.

Segundo fontes da área econômica, os novos valores ainda estão sendo calibrados de acordo com o espaço disponível no Orçamento.

Para seguir adiante com a estratégia, o governo precisará propor uma mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022.

O texto hoje proíbe expressamente qualquer reajuste nesses benefícios. Após a mudança, os novos valores poderão ser fixados por meio de portaria ministerial.

A sinalização feita por Bolsonaro aos policiais abriu um ime dentro do governo, já que a concessão de reajustes seletivos, apenas para policiais, pode deflagrar uma crise mais séria em pleno ano eleitoral.

Além disso, a interpretação atual em parte do Executivo é que, mesmo que o R$ 1,7 bilhão fosse usado para dar reajuste linear a todos os salários, o percentual ficaria tão baixo que poderia gerar uma reação ainda mais adversa.

Cálculos do governo apontam que cada 1% de reajuste concedido a servidores eleva os gastos da União em pelo menos R$ 3 bilhões. Com a verba disponível, um reajuste linear seria de aproximadamente 0,5%.

Já os benefícios, por serem de valor menor, podem ter um percentual de reajuste mais robusto.

Além disso, o governo conta com o argumento de que o país ainda enfrenta os efeitos da pandemia de Covid-19 e que os servidores públicos não perderam emprego ou renda como na iniciativa privada.

Enquanto trabalhadores com carteira assinada tiveram redução temporária de jornada e salário e suspensão de contratos, o funcionalismo manteve sua remuneração sem cortes.

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Vaga de vice de Bolsonaro abre guerra entre generais do governo

Blog do Vicente

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de deixar para os 48 minutos do segundo tempo o anúncio do nome do vice de sua chapa à reeleição abriu uma guerra entre os generais que ocupam cargos no governo.

De um lado está o general Heleno, responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apontado, entre os militares, como o melhor nome para concorrer ao lado de Bolsonaro a mais quatro anos de poder. De outro, os generais Braga Netto, ministro da Defesa, e Luiz Eduardo Ramos, secretário-geral da Presidência.

Aqueles que acompanham a disputa de perto dizem que Braga Netto e Ramos “estão sufocando” Bolsonaro para que ele anuncie logo o ministro da Defesa como vice. Isso, segundo essas mesmas fontes, ficou evidente na motociata que o presidente fez por Brasília no fim de semana. Os dois generais não largaram um minuto do chefe.

A aliança de Ramos com Braga Netto tem um objetivo: o hoje secretário da Presidência quer porque quer se tornar ministro da Defesa. Por uma razão simples: se Braga Netto for o escolhido para compor a chapa com Bolsonaro, o caminho para Ramos estará livre.

Além de convencer Bolsonaro a escolher Braga Netto como vice, o marqueteiro Ramos terá outra missão pesada: convencer o alto comando das Forças Armadas a lhe dar apoio. É evidente que Ramos não é bem-visto entre os comandantes das três Armas. Ninguém o respeita.

Braga Netto também não é o ministro dos sonhos do alto Comando das Forças Armadas. Não é carismático nem tem liderança, apesar de ser considerado uma boa pessoa. E o pouco prestígio que tinha ficou ainda menor depois que vestiu de vez o uniforme da política.

Heleno, por sua vez, é apontando como uma liderança nata entre os militares. E aqueles que o defendem como vice de Bolsonaro garantem que ele agrega votos, palavra mágica neste momento em que o presidente está com elevadíssimo grau de rejeição e muito distante do ex-presidente Lula em todas as pesquisas de intenções de votos.

Candidato do PSB em Pernambuco só será conhecido na semana que vem. Outras definições da chapa vão demorar ainda mais

FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

Por Igor Maciel/JC

O candidato do PSB ao governo de Pernambuco ainda não foi escolhido em definitivo e o anúncio não acontecerá nesta semana.

Apesar de o deputado Danilo Cabral (PSB) ser o nome mais provável, falta conversar com aliados e acertar alguns detalhes antes de qualquer anúncio. Por isso, mesmo o governador Paulo Câmara (PSB) tendo dito no fim do ano ado que tudo estaria resolvido até o início de fevereiro, será impossível cumprir a data.

Nas conversas que teve com lideranças de outros partidos, o nome de Danilo teve menos resistências do que o do deputado Tadeu Alencar (PSB), outro cotado.

É muito provável que uma definição sobre Danilo saia até o fim da próxima semana. Mas, só isso. O restante da chapa ainda não está fechada.

Ao contrário do que se especulou, sobre André de Paula (PSD) e Teresa Leitão (PT) estarem definidos para o Senado e para a vice, nenhuma decisão está tomada.

É possível que a definição sobre essas vagas só aconteçam quando for decidido, por exemplo, como ficará São Paulo na aliança PSB/PT.

Isso tem relação direta com Pernambuco, onde o PT já cogitou ocupar a cabeça, a vice e o Senado na chapa da Frente Popular, em momentos diferentes.

A verdade é que o PSB de Pernambuco depende do PT nacional e o PT nacional depende de São Paulo.

Enquanto não se resolver algo por lá, pouco vai se resolver por aqui.

Morre o ex-deputado Tilden José Santiago, aos 81 anos, que foi embaixador de Lula em Cuba

Tilden Santiago

O ex-deputado federal pelo PT de Minas Gerais, Tilden Santiago, morreu nesta quarta-feira (02), aos 81 anos. De acordo com a família, ele foi vítima de infecção generalizada agravada pela Covid-19. Não haverá velório.

Na década de 70, Tilden foi fundador do Jornal dos Bairros, em Belo Horizonte, e presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais. Também atuou como deputado federal por Minas em 3 mandados.

Também foi um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Trabalhou no governo Itamar Franco como secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Mesmo não sendo do quadro do Itamaraty, atuou como embaixador do Brasil em Cuba de 2002 a 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Teve sua filiação ao PT suspensa em 2007, depois que assumiu um cargo na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) durante o governo de Aécio Neves (PSDB). No ano seguinte, filiou-se ao PSB.

Nascido em Nova Era, Tilden era formado em filosofia e jornalismo. Também foi padre-operário, , filósofo e professor.

O PT lamentou a morte. “Tilden deixa uma grande contribuição para as lutas do povo brasileiro, a quem dedicou sua luta e sua vida”, escreveu em nota assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann.

Municípios terão o a novos recursos para ações e serviços de saúde para o enfrentamento da Covid-19

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Novos recursos para o enfrentamento das demandas assistenciais geradas pela emergência de saúde pública decorrente do Covid-19 foram disponibilizados a Estados, Distrito Federal e Municípios pelo Ministério da Saúde. O montante de R$ 105.490.500,00 ficará disponível nos fundos de Saúde, em parcela única, conforme a Portaria 177/2022.

O recurso financeiro é destinado ao custeio de ações e serviços de saúde para o enfrentamento da epidemia da Covid-19 relativo ao procedimento “0303010223 – Tratamento de Infecção pelo Novo Coronavírus – Covid-19”, previsto na Portaria 245/2022.

Portanto, a verba pode ser utilizada para as ações necessárias para o tratamento clínico do paciente internado com diagnóstico de Covid-19.

Cerca de 1.268 municípios estão contemplados com o recurso e que seu cálculo foi baseado na quantidade total de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). De acordo com a aprovação do procedimento 0303010223 – Tratamento de infecção pelo coronavírus, segundo gestão nos processamentos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), dos meses de outubro e novembro de 2021.

O recurso orçamentário irá onerar o Programa de Trabalho: 10.302.5018.8585.6500 – Atenção à Saúde da População para Procedimentos em Média e Alta Complexidade.

Moro evita confronto em reduto de Doria e terceiriza críticas a governos do PSDB

Folha de S.Paulo

Em agenda no interior de São Paulo nesta quarta-feira, o pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) fez crítica ao ex-presidente Lula (PT), ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-juiz evitou confronto com o governador João Doria (PSDB), seu potencial adversário na disputa nacional, e terceirizou a um aliado as críticas aos governos tucanos.

Questionado sobre sua avaliação sobre os governos do PSDB, partido que comanda o estado de São Paulo desde 1995, o ex-ministro de Bolsonaro preferiu não responder e encaminhou a pergunta ao deputado estadual e pré-candidato ao governo paulista Arthur do Val (Podemos).

“Na verdade, quem tem que falar sobre o governo do estado é o nosso Arthur do Val aqui, acho que vou ar para você, Arthur, a resposta para essa pergunta”, afirmou Moro, ex-juiz da Lava Jato.

Arthur do Val então bateu firme no PSDB. Atacou o discurso de “governar para os brasileiros de São Paulo” de Doria, classificou o governo tucano com um desastre e disse que esta é a primeira chance em três décadas de “chutar o PSDB do governo”.

Ele deve enfrentar nas urnas o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato apoiado por Doria, que deve renunciar ao governo paulista em abril para concorrer ao Planalto.

Em complemento à resposta do colega paulista, Moro disse que, neste momento, o que interessa é priorizar a aliança “com as pessoas” em detrimento da conversa com partidos.

“Nenhuma aliança vai ser construída em um gabinete de Brasília a portas fechadas”, declarou Moro, destacando que o Podemos tem consolidado bases em todo no Brasil para um projeto nacional.

As declarações foram dadas em Bebedouro (379 km de São Paulo), onde o ex-juiz participou de uma reunião com líderes partidários, prefeitos e vereadores da região.

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O que Bolsonaro fará na Rússia em momento de alta tensão com Ucrânia

Bolsonaro de perfil, com feição séria

BBC News Brasil

O presidente Jair Bolsonaro deverá se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na segunda semana de fevereiro, em uma visita que o brasileiro fará a Moscou.

A visita vem chamando atenção por conta do momento em que ela está prevista. Nas últimas semanas, aumentaram as tensões na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia e a comunidade internacional teme uma invasão russa no que poderia se transformar em um conflito imprevisível.

É nesse contexto que Bolsonaro vai liderar a delegação brasileira à Rússia. Mas afinal: o que o presidente vai fazer no país comandado por Putin? Fontes diplomáticas ouvidas pela BBC News Brasil indicam que a agenda de Bolsonaro na Rússia será curta e deverá incluir um encontro formal com Putin, um evento empresarial e tentativas de manter aberto o fluxo de exportação de fertilizantes para o agronegócio brasileiro.

A visita de Bolsonaro à Rússia começou a ser construída no final do ano ado, quando o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, se reuniu com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em Moscou. Durante a visita, o convite formal foi feito e o governo brasileiro aceitou.

Na semana ada, Bolsonaro confirmou sua ida ao país europeu durante uma conversa com apoiadores.

“Ele [Putin] é conservador sim. Eu vou estar mês que vem lá, atrás de melhores entendimentos, relações comerciais. O mundo todo é simpático com a gente”, disse Bolsonaro a apoiadores na última quinta-feira (27).

Bolsonaro deverá chegar a Moscou no dia 14 de fevereiro. A expectativa é de que ele se encontre com Putin nesse mesmo dia, embora haja a possibilidade de que o encontro possa ficar para o dia seguinte. Os diplomatas dos dois países avaliam a possibilidade de que seja divulgado um comunicado conjunto dos dois presidentes, mas o teor dele ainda não foi definido. Os temas discutidos até o momento são cooperação, multilateralismo e economia.

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Ceará tem papel histórico na transposição do Rio São Francisco

Foto: MDR/Divulgação

Brasil61

O estado do Ceará tem um papel histórico na transposição do Rio São Francisco. Foi Marco Antônio Macedo, intendente da cidade do Crato, quem primeiro elaborou um projeto para levar as águas do Velho Chico ao semiárido nordestino. Isso foi em 1847, mas o povo do Ceará precisou esperar muito mais tempo para ver as águas chegarem ao seu estado. Apenas em 2020, após muito trabalho e desafios vencidos pelo Governo Federal, as águas saíram de Pernambuco e entraram em terras cearenses.

O primeiro ponto de chegada foi o Reservatório Jati. De lá, as águas seguiram para o Cinturão das Águas do Ceará e, então, para o Açude Castanhão, garantindo segurança hídrica para mais de 4 milhões e meio de moradores da Região Metropolitana de Fortaleza e de 24 cidades do estado. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destaca a importância da chegada das águas do São Francisco na região.

“É bom lembrar que em 2016 e 2017 nós tivemos uma grave crise hídrica no Nordeste. Foram mais de sete anos de seca e se aventou a possibilidade de abastecer a cidade de Fortaleza com carros-pipa, a exemplo do que ocorreu em Campina Grande, na Paraíba. Essa é uma obra histórica, essencial. As águas do São Francisco vão dar a segurança hídrica necessária a toda a região metropolitana da cidade de Fortaleza”.

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), também está retirando do papel uma das estruturas previstas no projeto original da transposição. Ignorado por gestões anteriores, o Ramal do Salgado finalmente será construído. Com investimentos federais de R$ 600 milhões, a estrutura vai beneficiar  mais de 4 milhões de pessoas em 54 cidades do estado.

A chegada das águas do São Francisco já está mudando a vida de várias pessoas no semiárido cearense. Uma delas é João Paulo Brás da Silva, morador da vila produtiva rural de Descanso. Ele destacou que o abastecimento garantiu mais oportunidade de emprego e qualidade de vida.

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