Reforma política enfrenta dúvidas e desafios, segundo Hugo Motta e Ciro Nogueira

Fórum Veja Brazil Insights em Nova York - 13 de maio de 2025

VEJA

Se a reforma istrativa para enxugar a máquina pública e o peso do Estado na economia é um consenso entre os participantes do Fórum VEJA Insights, promovido em Nova York, o mesmo não se pode dizer sobre a reforma política. O caminho para que a máquina eleitoral gere um sistema que realmente represente as aspirações da população está cheio de desafios e dúvidas. A primeira dificuldade a ser superada é o imediatismo em que o debate sempre resvala. “Nós nunca vamos conseguir avançar na reforma política pensando na próxima eleição”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Um dos pontos da reforma política é a forma como deputados federais e estaduais, além de vereadores, são eleitos. Atualmente, o sistema proporcional faz com que puxadores de votos, como celebridades e atletas, permitam que os partidos políticos elejam também candidatos com pouca votação própria. Uma alternativa em estudo na Câmara é a adoção do voto distrital misto, sistema que melhora a relação entre eleitores e eleitos, ao dividir os colégios eleitorais em distritos que elegem seus representantes.

Segundo Motta, o tema deve ser debatido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas, dada a sua complexidade, é preciso calma. “Temos que dar um tempo de maturação até para que esse sistema possa ser melhor compreendido”, acrescentou.

Já para o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressistas, é preciso acabar com a reeleição para os cargos majoritários, como o de presidente da República. O parlamentar afirma que o temor dos políticos de não se reeleger impede que tomem decisões duras durante o seu mandato, como o combate a benefícios e a aprovação de reformas impopulares. “A reeleição não tem feito bem ao Brasil”, afirmou em sua participação no fórum da VEJA em Nova York. Segundo Nogueira, “existe um certo consenso no Senado de encerrar esse ciclo de reeleição do país”.

Projeto no Senado reconhece Recife como Capital Nacional do Brega

Foi aprovado nesta terça-feira (13), pela Comissão de Educação e Cultura do Senado, o projeto de lei que reconhece Recife como a Capital Nacional do Brega. O parecer favorável foi dado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Caso não haja recurso para votação no plenário, o projeto segue direto para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O projeto tem grande relevância, tanto para a cultura de Pernambuco quanto para o Recife, o que me deixa muito feliz por ser seu relator. De fato, o brega é, além de tudo, uma atividade econômica importante na cidade”, afirmou o senador à Agência Senado.

Humberto Costa também destacou o papel histórico do brega como forma de resistência. “Vale lembrar que o brega foi uma manifestação cultural muito forte inclusive durante a ditadura militar, quando esse movimento falava para uma população oprimida. Era uma forma de dar voz aos excluídos, tratando de temas considerados tabus”, completou.

A proposta é de autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), também pernambucano.

O brega é um gênero musical popular no Brasil, marcado por letras românticas, melodramáticas e sentimentais. Ele combina diversos ritmos, como o samba-canção, o bolero e, mais recentemente, a música eletrônica. Começou a se popularizar nas décadas de 1960 e 1970.

Ícones como Reginaldo Rossi — conhecido como o “Rei do Brega” — e Augusto César ajudaram a consolidar o gênero, que até hoje é presença forte nas periferias urbanas e nos grandes bailes do Recife.

Em homenagem ao principal nome do estilo, o Dia Nacional do Brega é comemorado em 14 de fevereiro, data de nascimento de Reginaldo Rossi.

Com serviços paralisados no Recife, enfermeiros tentam uma nova negociação com João Campos

Os servidores públicos do Recife estão em pé de guerra com o prefeito João Campos (PSB). Além dos professores da rede municipal de ensino, os enfermeiros também estão em greve  deflagrada desde a última quinta-feira, 8 de maio.

Nesta terça-feira, 13 de maio, os profissionais da enfermagem protestaram na Câmara de Vereadores do Recife e pediram que os parlamentares se unissem à categoria – no entanto -, acabaram se deparando com a Casa legislativa vazia.

A categoria, que tem data-base para o reajuste salarial em janeiro, está reivindicando a valorização – que está há 4 meses atrasada. Os profissionais apontam que João Campos ofereceu um reajuste de 1,5% no salário base e apenas 1 real de aumento no vale alimentação.

“Nós estamos reivindicando a abertura da mesa de negociação, que neste momento está fechada. A categoria está cansada de trabalhar com a falta de estrutura e a falta de insumos na rede e com desvalorização salarial também. Assim como outros servidores, tivemos a proposta indecente de R$ 1 de reajuste no vale alimentação e de 1,5% no reajuste do salário. Isso não cobre absolutamente nada porque a gente sabe que estamos perdendo poder de compra no mercado”, destacou Joana Darc, diretora do Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe).

Joana destaca que a categoria está lutando pelo reajuste de 20% para poder repor as perdas que teve nos últimos anos. “A gente também solicita a equiparação salarial dos enfermeiros que trabalham 30h com os que trabalham 40h. Hoje, os enfermeiros que trabalham 40 horas têm um valor da hora trabalhada em torno de R$ 42, e os enfermeiros que trabalham 30h têm a hora trabalhada em torno de R$ 26. É praticamente metade”, reclama a sindicalista.

O que a Casa Civil respondeu a deputados sobre visita de Janja ao papa

Metrópoles

Após três meses, a Casa Civil do governo Lula respondeu uma série de questionamentos feitos por deputados da oposição sobre a visita da primeira-dama Janja ao agora falecido papa Francisco em fevereiro de 2024.

A resposta aos 19 requerimentos de informação sobre a viagem de Janja chegou à Câmara no dia 5 de maio. Nela, a Casa Civil diz que “não compete” ao órgão responder sobre os deslocamentos da primeira-dama.

Entretanto, “a título colaborativo e em nome do diálogo institucional”, a pasta comandada pelo ministro Rui Costa deu uma breve explicação sobre a necessidade de Janja ter ido à Roma.

“No entanto, a título colaborativo e em nome do diálogo institucional imprescindível nas democracias, destacamos que a senhora primeira-dama, pelo seu vínculo civil com o presidente da República, exerce um papel representativo simbólico em nome deste, de caráter social, cultural, cerimonial, político e/ou diplomático, contribuindo para os interesses nacionais e para as relações internacionais do país, conforme já manifestou a Advocacia-Geral da União na Orientação Normativa nº 94/2025”, afirma a resposta da Casa Civil.

Em fevereiro, Janja esteve em Roma junto ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O objetivo principal da viagem foi participar de eventos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

“A inclusão da Primeira-Dama foi motivada pelo convite formal do FIDA para sua participação como expoente na abertura da mencionada 48ª Sessão. Sua presença visou a destacar o papel do Brasil no combate à fome e à pobreza, além de reforçar parcerias estratégicas internacionais. O FIDA é uma agência especializada das Nações Unidas que atua como uma instituição financeira internacional que investe e promove o desenvolvimento em áreas rurais e na agricultura familiar e de pequeno porte”, diz a nota da Casa Civil.

Boulos deve virar ministro de Lula, e movimentos temem hegemonia do MTST

Lula e Guilherme Boulos durante comício em São Paulo nas eleições de 2024

Folha de S.Paulo

O presidente Lula (PT) sinalizou a auxiliares que o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) deverá ser anunciado ministro na volta de sua viagem à China. Ele assumiria a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo (PT), que está no cargo desde o começo do governo.

Como mostrou a Folha, o presidente avalia o nome de Boulos desde o início do ano, quando traçou sua reforma ministerial. A volta do presidente ao Brasil está prevista para esta quarta-feira (14).

O objetivo do presidente com a troca é melhorar a interlocução com movimentos sociais, atividade principal da secretaria, um ano antes da disputa presidencial. No entanto a iminente nomeação despertou preocupação de lideranças desses grupos com a composição da equipe da pasta.

Na formação da Secretaria-Geral, Macêdo incorporou quadros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central de Movimentos Populares (CMP), entre outros grupos.

Com a nomeação de Boulos, ex-coordenador e principal liderança do MTST, a preocupação é com a possível hegemonia do movimento na estrutura da pasta. Para além dos cargos em si, as posições ajudam a influenciar na definição de políticas que contemplam os projetos e causas de um ou outro movimento.

Essas lideranças apontam o caso da Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, como histórico negativo. A pasta é comandada por Guilherme Simões, indicado por Boulos e membro do MTST, e, segundo líderes de outros movimentos, praticamente não há interlocução com eles.

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INSS: A estratégia da oposição para forçar a instalação da MI

A senadora Damares Alves

O Globo

A oposição ao governo Lula já traçou uma estratégia para tentar garantir a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para investigar um esquema bilionário de descontos irregulares nas aposentadorias do INSS. A criação do grupo depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), neo aliado de Lula conhecido pelo apetite voraz por verbas e cargos públicos.

Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, o plano da oposição inclui constrangimentos públicos a parlamentares que eventualmente desistirem de apoiar a I, um encontro com Alcolumbre na próxima semana e a busca por mais s, especialmente de senadores, para garantir o apoio da maioria da Casa à investigação.

O pedido de MI, protocolado na última segunda-feira (12), foi subscrito por 223 deputados e 36 senadores, bem mais que o exigido para esse tipo de comissão – 171 deputados e 27 senadores, o equivalente a um terço da Câmara e do Senado, respectivamente.

Mesmo assim, a meta da oposição, capitaneada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), é conseguir o endosso de ao menos mais cinco colegas na Casa, o que daria ao requerimento o peso simbólico do apoio da maioria do Senado.

Para chegar a esse patamar, o foco nos próximos dias será em conseguir a adesão de parlamentares considerados “independentes”, ou seja, aqueles que não são automaticamente alinhados nem à base lulista nem à tropa de choque bolsonarista.

Os apoiadores da MI também ameaçam expor em redes sociais e criticar em discursos da tribuna os colegas que eventualmente desistirem de apoiar a investigação no Parlamento.

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Lula critica vazamento de conversa e diz que pergunta do TikTok foi dele, não de Janja

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em Pequim, que partiu dele — e não da primeira-dama, Janja da Silva — a pergunta feita ao presidente da China, Xi Jinping, sobre o aplicativo TikTok.

“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito confidencial e pessoal. E, depois, fui eu quem fez a pergunta, não foi a Janja”, disse Lula.

A declaração de Lula aconteceu durante entrevista coletiva na China. O presidente foi questionado a respeito da reunião que ele teve com o presidente Xi Jinping, na qual a primeira-dama teria perguntado ao presidente chinês sobre o TikTok, que tem origem chinesa.

Vazamento e “cidadã de segunda classe”

Ao responder à pergunta, Lula demonstrou insatisfação com vazamentos.

“Eu vi na matéria que um ministro estava incomodado. Se um ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria ele a sair de lá”, complementou.

De acordo com o presidente, a pergunta feita por ele foi sobre a possibilidade de Xi enviar ao Brasil uma pessoa de confiança do governo chinês para discutir a regulamentação das plataformas, incluindo o Tiktok.

Ainda de acordo com Lula, Janja teria, então, pedido a palavra para explicar o cenário no Brasil envolvendo a rede social, sobretudo em relação às mulheres e crianças.

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Hugo Motta diz que Câmara entrou com ação no STF para que suspensão da ação contra Ramagem prevaleça

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse na rede social X, nesta terça-feira, que ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para que prevaleça a votação pela suspensão da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

“Ingressamos nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal com uma ação para que prevaleça a votação pela suspensão da ação penal contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ)”, escreveu.

Motta continuou: “Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a ser julgada pelo plenário do STF, esperamos que os votos dos 315 deputados sejam respeitados. A harmonia entre Poderes só ocorre quando todos usam o mesmo diapasão e estão na mesma sintonia”.

A Câmara havia aprovado a sustação da ação penal contra Ramagem. Pelo texto aprovado, até mesmo o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de golpe de Estado poderia ser paralisado.

Após a decisão, porém, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, enviou a decisão para a Primeira Turma que, em julgamento no plenário virtual, por unanimidade, rejeitou a amplitude do texto. O STF suspendeu o processo contra Ramagem apenas em relação a crimes praticados após a diplomação, os de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

O STF manteve o processo em andamento no caso dos crimes mais graves, como o de golpe de Estado e também a integralidade da análise sobre as ações dos demais corréus na trama, para protestos dos parlamentares.

Pauta da Alepe é travada e deputados estaduais ficam impedidos de fazer votações em plenário

A pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) está travada desde a última quinta-feira (08), o que impede os deputados estaduais de votarem em plenário. Os motivos do trancamento são a falta de avaliação da indicação do advogado Virgílio de Almeida Ignácio de Oliveira para o cargo de de Fernando de Noronha e de um pedido de empréstimo feito pelo governo do estado.

O nome de Virgílio Oliveira foi indicado para o cargo de gestor de Noronha no dia 28 de março. Os deputados ainda não realizaram a sabatina, primeira etapa do processo, que deve acontecer na Comissão de Justiça. Os parlamentares também não avaliaram o pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão, feito pela governadora Raquel Lyra (PSD).

“Essas matérias precisam ser pautadas na ordem do dia porque tramitam em regime de urgência. Os dois assuntos não foram pautados, conforme indica o artigo 21 de Constituição”, disse a deputada estadual Débora Almeida (PSDB), que faz parte da base do governo e solicitou o travamento da pauta.

Em nota, a presidência da Alepe confirmou o travamento da pauta e enfatizou que a falta de pagamento de emendas impositivas de 2024 viola o artigo 123-A da Constituição do Estado de Pernambuco. Essas emendas representam um mecanismo do orçamento que obriga o Executivo a transferir recursos para projetos e ações específicas apresentados pelo Legislativo

Diante do exposto, renovam-se os apelos para que sejam cumpridas, por parte do poder executivo, as normas constitucionais de regência, especialmente aquelas que asseguram o livre exercício da vontade soberana deste poder legislativo, manifestada por meio das referidas emendas parlamentares”, declarou a Alepe no texto.

Como fica a divisão de poder no Congresso após fusões e federações de partidos

IstoÉ

Quatro partidos concluíram, nas últimas semanas, duas negociações que impactam não somente suas próprias atuações, mas a composição do Congresso Nacional.

Primeira federação situada no campo da direita, a União Progressista leva PP e União Brasil a se agruparem pela maior bancada da Câmara dos Deputados, enquanto a fusão de Podemos e PSDB tem ares de “última tacada” para evitar que os tucanos caminhem para o ostracismo. Neste texto, a IstoÉ mostra o que esses acordos alteram no tabuleiro do Legislativo brasileiro.

O que muda no papel

A federação é um dispositivo criado na reforma eleitoral de 2021 como forma de permitir que os partidos se organizem e preservem sua atuação política após as restrições que foram estabelecidas com a cláusula de desempenho e o fim das coligações em eleições proporcionais — aquelas em que os representantes do Legislativo são eleitos, ambos decretados em 2017.

Para formar uma federação, dois ou mais partidos devem chegar a um acordo e se registrarem como tal no Tribunal Superior Eleitoral, em um acordo com validade de quatro anos.

A partir do registro, as legendas envolvidas preservam suas próprias estruturas partidárias (como os filiados e as sedes de diretórios), mas ficam obrigadas a lançar candidaturas únicas para cargos majoritários, prefeito, governador e presidente, independentemente da região do país, bem como orientar em conjunto as votações no Congresso. Além disso, elas dividem os recursos do fundo partidário e o tempo de propaganda no rádio e na televisão no período.

Nas extintas coligações para eleições proporcionais, vale lembrar, as siglas se agrupavam em um pleito e formavam, em cada cidade ou estado, listas conjuntas de candidatos a vereadores e deputados, obtendo o montante total de votos e sua distribuição por todos os concorrentes. Não havia necessariamente um alinhamento político e, fechadas as urnas, elas não precisavam manter qualquer tipo de laço.

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Governo Lula tenta blindar Correios, e estatal pena para conter gastos

Metrópoles

Dois anos depois de ser retirada do Programa Nacional de Desestatização (PND), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos registrou prejuízo bilionário em 2024, quatro vezes maior do que o observado em 2023 (R$ 597 milhões).

Diante do primeiro prejuízo bilionário da estatal desde 2016, o governo Lula (PT) tenta blindar a empresa, que pena para conter as despesas e anunciou medidas de cortes de custos que estão desagradando os trabalhadores.

Nessa segunda-feira (12), foi anunciado um conjunto de sete medidas para lidar com o prejuízo. Algumas delas, como a suspensão das férias e a convocação para o trabalho presencial, entrarão em vigor no próximo mês. Além disso, no fim do ano ado, a empresa contratou empréstimos com duas instituições financeiras.

Além dos Correios, o governo petista tirou do Programa de Desestatização estatais como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Prejuízo nos Correios

  • A empresa estatal encerrou 2024 com prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
  • O prejuízo é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, que foi de R$ 597 milhões.
  • É a primeira vez desde 2016 que os Correios apresentam prejuízo bilionário em suas operações. Na época, a companhia ficou no vermelho em R$ 1,5 bilhão (o equivalente a R$ 2,3 bilhões, em valores atualizados).

Em janeiro de 2025, quando foi divulgado que os Correios tiveram déficit de R$ 3,2 bilhões no ano ado, o presidente Lula recebeu no Palácio do Planalto o titular da empresa, Fabiano Silva dos Santos, para debater a situação da estatal. Também participaram da reunião a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

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Álvaro Porto reforça que “pauta legislativa é definida exclusivamente pelo presidente da Casa”

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, leu e endossou, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (12), o parecer da Procuradoria-Geral da Casa sobre o trancamento de pauta solicitado pela deputada estadual Débora Almeida. De acordo com o documento, a solicitação da parlamentar versa sobre a solicitação de regime de urgência pela governadora e a necessidade de inclusão na ordem do dia de matéria não analisada no prazo de 45 dias. Trata também da necessidade de trancamento da pauta (ou sobrestamento da análise de outras matérias).

O questionamento feito pela deputada Débora Almeida refere-se Projeto de Lei Ordinária (PLO) 2692/2025, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito junto a instituições financeiras nacionais com a garantia da União.

Inicialmente, a Procuradoria ressalta que, se de um lado a governadora tem a prerrogativa de solicitar a adoção de regime de urgência, do outro lado cabe ao presidente exclusivamente a definição da ordem do dia e a inclusão dos projetos para a análise. Ou seja, a pauta legislativa é definida pelo presidente da casa legislativa.

O parecer destaca ainda que a Constituição Estadual prevê que, se no prazo de 45 dias não for analisada a matéria, projeto cuja matéria foi elevada ao regime de urgência por solicitação do Governador, as deliberações serão trancadas ou sobre estadas.

Todavia, prossegue o parecer, segundo decisões da Câmara de Deputados e do Senado ao analisar questões de ordem, esses dispositivos têm que ser analisados de acordo com a Constituição Federal, ou seja, tem que ser estabelecido uma interpretação conforme a Constituição Federal para que se resguarde a independência do Poder Legislativo.

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Decisão sobre Ramagem foi “respaldada por mais de 300 deputados”, diz Hugo Motta

CNN  Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou nesta segunda-feira (12) sobre o processo envolvendo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que tramita hoje no Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quarta-feira (07), a Casa Legislativa suspendeu a ação penal contra o parlamentar no âmbito da tentativa de golpe de Estado, que teria ocorrido em 2022.

“Nós estamos com a assessoria jurídica da Casa estudando o assunto para ver como a Câmara irá se posicionar”, afirmou o líder da Casa. “É importante dizer que essa foi uma decisão respaldada por mais de 300 deputados, ou seja, a ampla vontade da Casa foi ali expressa pelo trancamento da ação penal, e no momento certo, após conversar com a assessoria jurídica, nós vamos tomar a nossa posição.”

A declaração foi feita no evento Diálogos Esfera, que acontece nesta segunda em Nova York e que reúne lideranças dos setores público e privado para discutir as transformações e desafios do Brasil.

No último sábado (10), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal  (STF) formou maioria para suspender parcialmente a ação penal contra Ramagem, mas acatou a exclusão de dois crimes. Esta decisão ocorreu após a Câmara dos Deputados aprovar, na semana ada, um projeto que suspende todo o processo contra o deputado.

A decisão foi unânime. Os ministros entenderam que deputado pode responder somente pelos crimes cometidos antes da diplomação e derrubaram a suspensão para outros réus da suposta trama golpista.

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Lula terá encontro com três líderes chineses e dois sul-americanos nesta terça-feira

A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (13) inclui encontros com ao menos cinco autoridades, sendo três líderes chineses e dois presidentes sul-americanos. Todos de esquerda.

Serão elas:

  • presidente da China, Xi Jinping;
  • primeiro-ministro da China, Li Qiang;
  • presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional da China – o equivalente a presidente do Congresso chinês , Zhao Leji;
  • presidente da Colômbia, Gustavo Petro;
  • presidente do Chile, Gabriel Boric.

Em seu 2º dia de compromissos oficiais em Pequim, Lula também participará de duas cerimônias junto ao governo chinês: o Fórum Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (China-Celac) e um encontro bilateral com a China no Grande Palácio do Povo.

Depois do encontro bilateral, Lula encerrará sua visita à China com um jantar na residência oficial de Xi Jinping. Além dos presidentes, participarão do jantar as primeiras-damas e mais três convidados de cada país.

Fórum China-Celac

Esse será o 4º fórum entre a China e os países sul-americanos e caribenhos e também marca os 10 anos desde a realização da 1ª edição.

Além do aniversário de uma década do fórum, essa edição ganha em peso histórico por ocorrer durante a escalada de tensões entre a China e os Estados Unidos com a guerra comercial iniciada com as tarifas da Casa Branca no mês ado.

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‘Lula apareceu ao lado não apenas de ditadores, mas também de criminosos de guerra’, afirma pesquisador

Líderes de dezenas de países, ciceroneados pelo presidente russo, Vladimir Putin (3º da E para a D), acompanham a parada militar do Dia da Vitória, em Moscou — Foto: Vyacheslav PROKOFYEV / POOL / AFP

O Globo

Na semana ada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos dezenas de chefes de Estado convidados pelo líder russo, Vladimir Putin, na parada militar que marcou os 80 anos da vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial. A participação em uma celebração também vista como um ato de propaganda russa provocou críticas internas e externas: sem citar o Brasil, o presidente da Polônia, Donald Tusk, disse que todos que aplaudiram Putin “deveriam se envergonhar”.

Em entrevista ao O Globo, Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da Universidade Harvard, considerou desnecessária a viagem de Lula a Moscou, e vê um contrassenso entre o discurso pró-democracia do Brasil e a decisão de se sentar ao lado de autocratas na Praça Vermelha, alguns há décadas no poder.

Por mais que a celebração na Praça Vermelha tivesse uma motivação histórica, a vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, a parada militar se inseriu na estratégia de propaganda russa sobre a guerra na Ucrânia. Como o senhor avalia a decisão do presidente Lula de ir até Moscou?

Considero desnecessária. O Lula não precisava ter ido pessoalmente, outros líderes foram convidados e não quiseram ir. Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, mandou representantes. Não havia necessidade de Lula ir a Moscou. Mas já que ele foi, por que não aproveitou a viagem ao funeral do Papa Francisco, no dia 26 de abril, e não ficou mais dois dias na Itália para homenagear os 457 pracinhas brasileiros da FEB mortos na Segunda Guerra Mundial? Já que o presidente Lula foi a Moscou se apresentando como mediador, por que não aceitou o convite da Ucrânia para ir ao país? Como ele vai ser mediador em um conflito em que só vai visitar o agressor? A viagem não trouxe vantagens ao Brasil, pelo contrário: o avião presidencial recebeu uma recusa de sobrevoar países, Estônia, Letônia e Lituânia não abriram espaço aéreo porque ele estava indo para Moscou. O Brasil afirma que quer um acordo estratégico com a Rússia, mas quais países já o fizeram? A Coreia do Norte, que enviou tropas para ajudar Putin na guerra, a Venezuela, com quem o presidente Lula não falava desde a fraude nas eleições no ano ado, com ameaças do Maduro ao Lula para não se meter com ao país, e o Irã, que está sob pressão por causa do seu programa nuclear.

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