Problema histórico em Pernambuco, os chaveiros (presos que comandam alas ou pavilhões) continuam atuando nos presídios – demonstrando a falta de controle do Poder Público, sobretudo por causa do baixo efetivo de policiais penais. Durante participação no Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal, o secretário de istração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, declarou que ações estão sendo adotadas para mudar essa realidade.
“A gente tem combatido desde o ano ado. Essas novas unidades (prisionais) que serão inauguradas serão tolerância zero para isso. A gente sabe que há problemas históricos que a gente não vai resolver em dez meses de secretaria, mas a gente está enfrentando esse problema”, disse, nesta quarta-feira (27).
Os novos presídios a que o secretário se referiu são os localizados em Itaquitinga, na Zona da Mata, que conta atualmente com cerca de 600 vagas; o de Araçoiaba, no Grande Recife, que deve gerar 814 em duas unidades que devem ser inauguradas em fevereiro de 2025; e no Complexo Prisional do Curado, que ganhará 954 vagas no começo de dezembro, a partir da entrega do novo presídio.
“Com relação às indisciplinas (nas unidades), estamos sendo bastante duros com os diretores, cobrando mais revistas. No ano ado, tivemos cinco mortes no sistema prisional. Neste ano, apenas uma em Itamaracá. Além disso, aumentamos o número de apreensões de celulares nas unidades. No ano ado foram 3.593. E neste ano, até agora, já são quase 3,7 mil”, disse Paes.
Sobre a convocação de mais de 600 policiais penais que já aram pelo curso de formação, o gestor afirmou que ela ocorrerá em breve a partir da abertura das novas unidades prisionais no Estado.