Secretário promete ‘tolerância zero’ para ‘chaveiros’ nos presídios de Pernambuco

Secretários de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e de istração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, em debate na Rádio Jornal

Problema histórico em Pernambuco, os chaveiros (presos que comandam alas ou pavilhões) continuam atuando nos presídios – demonstrando a falta de controle do Poder Público, sobretudo por causa do baixo efetivo de policiais penais. Durante participação no Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal, o secretário de istração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, declarou que ações estão sendo adotadas para mudar essa realidade.

“A gente tem combatido desde o ano ado. Essas novas unidades (prisionais) que serão inauguradas serão tolerância zero para isso. A gente sabe que há problemas históricos que a gente não vai resolver em dez meses de secretaria, mas a gente está enfrentando esse problema”, disse, nesta quarta-feira (27).

Os novos presídios a que o secretário se referiu são os localizados em Itaquitinga, na Zona da Mata, que conta atualmente com cerca de 600 vagas; o de Araçoiaba, no Grande Recife, que deve gerar 814 em duas unidades que devem ser inauguradas em fevereiro de 2025; e no Complexo Prisional do Curado, que ganhará 954 vagas no começo de dezembro, a partir da entrega do novo presídio.

“Com relação às indisciplinas (nas unidades), estamos sendo bastante duros com os diretores, cobrando mais revistas. No ano ado, tivemos cinco mortes no sistema prisional. Neste ano, apenas uma em Itamaracá. Além disso, aumentamos o número de apreensões de celulares nas unidades. No ano ado foram 3.593. E neste ano, até agora, já são quase 3,7 mil”, disse Paes.

Sobre a convocação de mais de 600 policiais penais que já aram pelo curso de formação, o gestor afirmou que ela ocorrerá em breve a partir da abertura das novas unidades prisionais no Estado.

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Foragidos de Mossoró superaram 8 barreiras de segurança

Torres, telas, portas e revistas: as 8 barreiras de segurança ultraadas por foragidos de Mossoró

CNN Brasil

A fuga histórica de um presídio federal exigiu dos presos, agora foragidos, a superação de pelo menos oito barreiras de segurança que deveriam ter evitado que eles conseguissem deixar a Penitenciária Federal de Mossoró.

As informações foram confirmadas por fontes que integram o sistema prisional brasileiro.

Barreiras superadas pelos presos:

  • Porta da cela;
  • Gaiola (2 portas);
  • Monitoramento de câmeras local;
  • Sala de Controle em Brasília;
  • Rondas e postos fixos de agentes;
  • Torres externas (4);
  • Tela dupla (10 metros);
  • Revista diária da cela.

O primeiro o seria ultraar a porta da cela, que é trancada o dia todo, com exceção dos casos de deslocamento para o banho de sol e departamento médico, por exemplo.

Depois, os presos teriam que ultraar as duas portas de uma espécie de gaiola, que protege cada uma das alas. As alas têm 13 celas e os pavilhões quatro alas cada um.

A regra vale para todos os presídios federais. Desta forma, cada pavilhão tem 52 detentos.

Os presos ainda teriam que driblar a observação feita pelas câmeras de monitoramento que têm acompanhamento duplo:

  • um interno, no presídio
  • e outro por uma Sala de Controle em Brasília, na sede da Secretaria Nacional de Políticas Penais.

Há ainda as rondas e postos fixos de agentes dentro do presídio, monitorando in loco as movimentações.

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