Simplex divulga disputa pelo Governo de Pernambuco entre Raquel Lyra, João Campos e Gilson Machado; veja números

O Instituto Simplex divulgou nesta terça-feira (04) os números da primeira pesquisa do ano sobre as eleições estaduais de 2026. O levantamento questionou os eleitores sobre suas intenções de voto com mais de um ano antes do início do período de campanha eleitoral.

A Simplex inseriu apenas três candidatos na disputa: a governadora Raquel Lyra (PSDB), o prefeito do Recife João Campos (PSB) e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto (PL).

Tanto nos votos totais como nos válidos, João Campos lidera a disputa com ampla vantagem, criando a possibilidade de ganhar o cenário ainda no primeiro turno.

João Campos lidera com ampla vantagem disputa pelo Governo de Pernambuco

Enquanto o prefeito do Recife fica 54% das intenções de voto totais, a governadora tem 19,3%. Gilson Machado se posiciona em terceiro lugar, com 9,6%.

Para uma pesquisa mais de um ano antes do início de campanha eleitoral, o índice de brancos/nulos/nenhum e de não sabe/não respondeu é relativamente baixo. Apenas 6,1% dos eleitores citam que não votaria em nenhum, enquanto 11% não soube responder.

Contabilizando apenas os votos válidos, sem nulos, brancos e indecisos, João Campos lidera com mais de 60% das intenções:

  • João Campos: 65,1%
  • Raquel Lyra: 23,3%
  • Gilson Machado 11,6%

Maior vantagem de João Campos é com as mulheres, enquanto Raquel melhora entre homens

A maior vantagem de João Campos é com as mulheres, ao atingir 60,5% dos votos totais. Enquanto isso, Raquel performa melhor entre os homens, saindo de 17,1% com o público feminino para 21,4% entre os homens.

O mesmo ocorre com Gilson que quase duplica ao sair de 6,7% entre mulheres para 12,4% com o público feminino.

Gilson Machado melhora índices entre pessoas de 45 a 59 anos

No quesito faixa etária, João Campos garante vantagem equilibrada entre todas as idades. Seu menor índice é entre pessoas de 45 a 59 anos, com 50%. Raquel tem um equilíbrio de forças, mas também sofre com o mesmo grupo ao atingir apenas 10% desse eleitorado.

Enquanto isso, Gilson Machado quase dobra entre seus demais resultados quando se trata dos eleitores de 45 a 59 anos. Com o segundo melhor índice em 11,8% entre pessoas de 16 a 24 anos, na faixa etária de 45-59 o ex-ministro do Turismo tem 20%.

Sobre a Pesquisa Simplex

A pesquisa entrevistou 800 pessoas em todas as regiões de Pernambuco por meio de ligações telefônicas no dia 2 de fevereiro de 2025. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Novo estoque de vacinas do governo contra Covid-19 deve durar dois anos

A woman receives a dose of a vaccine against COVID-19 in a tent at Copacabana beach in Rio de Janeiro, Brazil, on December 31, 2021. (Photo by DANIEL RAMALHO / AFP)

O Ministério da Saúde adquiriu 69 milhões de novas doses de vacinas contra a Covid-19, aprovadas pela Anvisa, que deverão abastecer o país pelos próximos dois anos. A compra foi concluída em novembro de 2024, e gerou, segundo o governo federal, uma economia superior a 1 bilhão de reais.

Para garantir a eficiência dos imunizantes, o ministério informou que o laboratório responsável pela entrega das vacinas as enviará de forma parcelada, e que garantiu a possibilidade de substituição das doses compradas por versões mais recentes aprovadas pela Anvisa.

Além disso, o governo disse que atualizou a estratégia de vacinação contra a Covid-19 no mês ado. Com a chegada dos novos lotes de vacina, as gestantes devem ser imunizadas com uma dose por gestação, e os idosos receberão uma dose a cada seis meses. As novas orientações já foram readas às secretarias de saúde de todos os estados.

Ministra da Saúde, Nísia Trindade afirmou que o esforço do governo é manter os estoques de imunizantes abastecidos para proteger a população.

“Não canso de dizer que vacinas salvam vidas. Dessa forma, a imunização é tratada na atual gestão com a mais absoluta prioridade, o que significa, em dados objetivos, manter as aquisições de vacinas necessárias para a proteção da população, levando em conta o imunizante adotado em cada faixa etária”, disse.

Segundo o ministério, o governo distribuiu 2,5 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 aos 27 estados no final de 2024. Adquirido em caráter emergencial, o lote foi reado a todos os estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios.

Pernambuco registra mais de 1.500 casos de hanseníase em 2024

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registrou 1.577 casos de hanseníase em 2024, um aumento significativo em relação aos 1.172 casos do ano anterior. A taxa de detecção foi de 16,3 casos por 100 mil habitantes, indicando uma alta da doença no Estado.

O Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. A doença continua sendo um problema importante de saúde pública no país, sendo monitorada e controlada por meio de ações específicas, como o tratamento gratuito e a conscientização sobre a importância da detecção precoce.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, uma bactéria que se multiplica lentamente no corpo humano, afetando principalmente a pele, os nervos periféricos, as vias respiratórias superiores e os olhos. O tratamento adequado pode curar a doença, mas a falta de diagnóstico precoce pode levar a complicações graves e permanentes, como deficiências físicas.

Transmissão 

Para que ocorra a infecção, é necessário um longo período de exposição à bactéria, e apenas uma pequena parcela da população infectada desenvolve a doença. A transmissão ocorre principalmente por vias respiratórias, quando uma pessoa com a forma infectante da doença elimina o bacilo no ar, por meio de tosse, espirro ou fala. No entanto, o contágio requer contato próximo e prolongado, e não é transmitido por meio de objetos de uso comum, como roupas, talheres ou abraços.

Os pacientes com hanseníase paucibacilar (PB), que têm poucos bacilos na pele, não são fontes importantes de transmissão. Já os pacientes com hanseníase multibacilar (MB), que têm uma grande carga bacilar, representam risco de contágio enquanto não iniciam o tratamento.

Sintomas  

Segundo informações do Ministério da Saúde, os sinais clínicos mais comuns da hanseníase incluem:

  • Manchas na pele: as lesões podem ser de várias cores, como brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas.
  • Alterações na sensibilidade: a pele nas áreas afetadas pode apresentar perda de sensação ao calor, frio, dor e/ou toque.
  • Espessamento da pele e nervos periféricos: esse é um sintoma característico da hanseníase, podendo ser acompanhado de alterações motoras (dificuldade de movimento) e autonômicas (diminuição do suor, por exemplo).
  • Diminuição dos pelos e do suor: áreas afetadas podem ter diminuição da pilosidade e da produção de suor.
  • Sensação de formigamento ou cãibras: principalmente nas extremidades, como mãos e pés.
  • Caroços ou nódulos na pele: em alguns casos, surgem nódulos avermelhados, que podem ser dolorosos.

Esses sintomas podem variar dependendo do tipo de hanseníase e da fase em que a doença se encontra. A hanseníase multibacilar (MB) pode ter sintomas mais graves, com maior risco de complicações.

Com 1.669 casos de esquistossomose em 2024, Secretaria de Saúde investe no combate a doenças ”negligenciadas”

O Dia Mundial de Conscientização sobre Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), celebrado nesta quinta-feira (30), entre elas está a esquistossomose. Em 2024, foram registrados 1.669 casos confirmados desta doença em Pernambuco, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

No Brasil, mais de 20 doenças são classificadas como negligenciadas, entre elas a Hanseníase, doença de Chagas, Esquistossomose, Leishmaniose, Chikungunya, Raiva, Filariose Linfática, Tracoma e Hepatites.

Algumas possuem alto número de notificações, enquanto outras, como a raiva humana, apresentam raros registros, mas de grande relevância.

Caracterizadas por atingirem populações em situação de vulnerabilidade social, essas doenças persistem devido a fatores como saneamento básico precário, condições de habitação inadequadas e o limitado a serviços de saúde.

O diretor geral de Vigilância Ambiental, Eduardo Bezerra, destaca que a sensibilização da população é fundamental para o sucesso das estratégias de enfrentamento.

“Como essas doenças têm determinantes sociais muito fortes, uma população sensível e conhecedora de suas condições é um o vital para intervir nessas situações. Quando a população sabe o que causa o adoecimento, ela se torna mais apta a buscar soluções para essas vulnerabilidades. Isso não elimina ou diminui a responsabilidade das gestões, mas ajuda a que a população seja mais parceira”, afirma.

Pernambuco alcançou a  interrupção da transmissão da filariose linfática, que teve seu último caso brasileiro registrado no estado em 2017. Com isso o estado alcançou o Certificado de Quebra da Transmissão em 2024.

Além disso, Pernambuco conta com a Casa de Chagas, vinculada ao Procape/UPE, um centro de acolhimento e acompanhamento para pessoas afetadas pela Doença de Chagas.

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Casos prováveis de dengue em Pernambuco aumentam 66,7% em uma semana

Medidas como eliminar criadouros do mosquito, instalar telas em portas e janelas e usar roupas que cubram o corpo ajudam a reduzir o risco de infecção pelos vírus da dengue

Em uma semana, Pernambuco teve um aumento de 66,7% no número de casos prováveis de dengue (confirmados + em investigação), segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (29) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Ao todo, foram registrados 932 casos de dengue até a quarta semana epidemiológica, que terminou no último sábado (25). Até a terceira semana, o Estado tinha 559 notificações de pessoas que adoeceram com sintomas sugestivos de dengue.

De acordo com o balanço da SES-PE, o volume atual de casos prováveis é 173,3% maior do que o registrado no mesmo período de 2024.

O informe epidemiológico ainda registra dois óbitos em investigação para arboviroses.

A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da doença e minimizar os riscos associados aos seus diferentes sorotipos, especialmente o sorotipo 3 da dengue.

Na última semana, a SES-PE lançou o plano de enfrentamento das arboviroses no Estado para os anos de 2025 e 2026. Segundo as estratégias, em períodos de epidemia, serão ampliados leitos em hospitais para o atendimento de casos graves, com regulação centralizada pela SES-PE.

Ainda de acordo com o plano, em períodos de epidemia, a confirmação da maioria dos casos de dengue e demais arboviroses pode ser feita pelo critério clínico-epidemiológico. A coleta de amostras, no entanto, é prioritária para casos graves, óbitos, gestantes, crianças e idosos, a fim de se fazer confirmação laboratorial.

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Hemope lança campanha de doação de sangue para o Carnaval 2025

A Fundação Hemope iniciou nesta terça-feira (28), sua Campanha de Carnaval, convocando a população a reforçar os estoques de sangue em preparação para o período carnavalesco. Como é tradição, a campanha acontece cerca de um mês antes da folia, com o objetivo de assegurar um estoque adequado para atender à maior demanda por sangue, especialmente devido a acidentes e emergências que são mais comuns nessa época. Antecipando-se ao Carnaval, o Hemope busca sensibilizar e mobilizar doadores para garantir que o hemocentro esteja pronto para atender às necessidades transfusionais com eficiência dos hospitais do Estado.

A abertura da campanha contou com a presença de representantes da cultura pernambucana, como o músico e compositor Getúlio Cavalcanti, o grupo lírico carnavalesco O Bonde, os cantores Ed Carlos e Nena Queiroga, além de Marrom Brasileiro, Josildo Sá, Cia Frevartt da Dança e oito integrantes da Orquestra Paranampuká. A ideia é recepcionar os doadores com alegria e ao som do ritmo vibrante do Carnaval pernambucano.

Para a presidente do Hemope, Raquel Santana, o Carnaval de Pernambuco está no DNA do pernambucano, e essa proximidade com a celebração também inspira mais doadores de sangue a entrarem na folia. “A proposta da campanha é garantir que o Hemope esteja bem abastecido antes do período carnavalesco, assegurando a segurança de todos que precisam de sangue. É uma iniciativa linda, que une solidariedade e alegria, contribuindo para que possamos ter um Carnaval ainda mais seguro”, afirmou.

A ação, que se estenderá até o dia 28 de fevereiro, tem como objetivo aumentar o número de doações em cerca de 10%, garantindo a recuperação do estoque de sangue. A expectativa é contar com 100 doadores a mais, o que será fundamental para atender à demanda transfusional das unidades hospitalares em todo o estado.

Para ampliar a divulgação da campanha, o Hemope conta com o apoio de tradicionais blocos carnavalescos de Olinda, como Trinca de Ás, Minhocão, Pitombeira, Menino da Tarde, Tá Maluco e Elefante de Olinda. Esses blocos irão promover a ação de carnaval do Hemope por meio de vídeos publicados em suas redes sociais, engajando seus foliões e reforçando a importância dessa iniciativa.

Com estoque baixo, Hemope pede doações de qualquer tipo sanguíneo

Imagem de pessoa doando sangue

A escassez de doadores de sangue é uma realidade preocupante, especialmente em períodos como o verão, quando as pessoas viajam mais e a rotina se altera. Em Pernambuco, a situação não é diferente. O Hemocentro de Pernambuco (Hemope) está com o estoque baixo, em especial do tipo sanguíneo O negativo, considerado o mais raro.

A supervisora de Captação de Doadores do Hemope, Josinete Gomes, alertou para a importância da doação nesse momento. “Nesse momento de férias, a gente tem um volume grande de cirurgias programadas, então isso impacta diretamente na nossa dificuldade em atender por falta do doador”, explicou Josinete.

A doação de sangue é um ato de solidariedade que pode salvar até quatro vidas.

“Em uma doação de sangue, a hemácia pode ir para o Hospital do Câncer, o plasma pode ir para o Hospital da Restauração, as plaquetas podem ir para o Hospital Pelópidas Silveira. São várias pessoas em lugares diferentes, em situações diferentes, que podem estar sendo atendidas com uma única doação”, exemplifica Josinete.

Quem pode doar?

Qualquer pessoa saudável, entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos, com peso acima de 50 kg, pode doar sangue.

É importante estar bem alimentado e descansado, com pelo menos cinco horas de sono na noite anterior.

Onde doar?

O Hemope possui unidades em diversas cidades de Pernambuco.

  • Recife: Rua Joaquim Nabuco, 171 – Graças – Recife; Fone/PABX: (81) 3182.4600
  • Caruaru: Av. Oswaldo Cruz s/nº – Maurício de Nassau; Fone: (81) 3719.9565
  • Garanhuns: Rua Gonçalves Maia, s/nº Heliópolis; Fone: (87) 3761.2910
  • Serra Talhada: Rua Joaquim Godoy s/nº Centro; Fone / Fax: (87) 3831-9321
  • Petrolina: Rua Pacífico da Luz, s/nº – Centro; Fone: (87) 3866.6601
  • Ouricuri: Rua Ulisses Guimarães s/nº – Centro
  • Arcoverde: Av. Joaquim Nabuco, s/nº – São Cristóvão; Fone: (87) 3821.8550
  • Salgueiro: Rua Joaquim Gondim, 65 – Stº Antônio; Fone: (87) 3871.8569
  • Limoeiro: Rua Santa Terezinha, 174 – José Fernandes Salsa; Fone/Fax: (81) 3628.8806

A doação pode ser feita sem agendamento, basta comparecer à unidade com um documento com foto original, como carteira de identidade. Para maior comodidade dos doadores, o Hemope também realiza coletas via agendamento, basta ligar para o 0800 081 1535.

Secretaria Estadual de Saúde lança Plano de Enfrentamento das Arboviroses após alta de casos em 2024

Após registrar 4.530 casos e 17 mortes por arboviroses em 2024, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) lançou o Plano de Enfrentamento das Arboviroses 2025/2026. O documento analisa os cenários existentes e prevê a organização de equipe para enfrentar os períodos de sazonalidade de doenças como dengue, Zika, febre do Oropouche e Chikungunya.

Assim como os outros estados, Pernambuco teve um aumento de casos de arboviroses em Pernambuco, principalmente entre os meses de março e julho de 2024. A SES destaca que o enfrentamento dessas doenças requer ações integradas e sistemáticas, que serão orientadas a partir do Plano de Enfrentamento, por meio de colaborações intersetoriais, controle vetorial, manejo clínico adequado e envolvimento da população.

No documento, a pasta detalha o perfil epidemiológico e entomológico das arboviroses, a organização da rede de saúde para atendimento e um plano de ação para o enfrentamento de possíveis epidemias.

“O Plano de Enfrentamento  das Arboviroses  é  um documento fundamental para organizar a rede e as equipes para a sazonalidade deste grupo de doenças. Ele traz, além de uma análise crítica do cenário epidemiológico, organização das fases de resposta e as respostas em si por setores. O plano está construído para os anos de 2025 e 2026 e é vivo, podendo ser atualizado para novas orientações ou novos fatos que surgirem”, reforçou o diretor geral de Vigilância  Ambiental, Eduardo Bezerra.

No Estado, a dengue está presente desde 1987, com surtos epidêmicos marcantes em anos como 1997, 1998, 2002, 2015 e 2016. Os anos de 2015 e 2016 foram especialmente complexos devido à circulação conjunta dos recém-introduzidos Chikungunya, Zika e os quatro sorotipos da dengue.

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Pernambuco vai receber 87,6 mil testes rápidos para diagnóstico de dengue

Ministério da Saúde vai distribuir 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da dengue em todos os estados do país. Para Pernambuco serão entregues 87,6 mil. É a primeira vez que a pasta envia esse tipo de teste para detectar a dengue.

A iniciativa vai ampliar a identificação precoce dos casos, especialmente em municípios distantes e com o limitado a serviços laboratoriais.

O investimento soma mais de R$ 17,3 milhões. A distribuição vai começar na próxima semana e os gestores estaduais serão orientados por meio de uma nota técnica com critérios de uso.

Do total, serão distribuídos 4,5 milhões de testes na primeira remessa. Os dois milhões de testes restantes serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos e necessitem de uma resposta rápida no diagnóstico. O processo de aquisição dos testes rápidos foi iniciado em 2024.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já possui outros dois tipos de testes para identificação da dengue: o biologia molecular e o sorológico, ambos disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).

Com o anúncio do Ministério da Saúde, a população a a contar com uma terceira opção, que é o teste rápido, capaz de detectar a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo.

Esses testes estarão disponíveis na rede pública, como Unidades Básicas de Saúde, conforme a distribuição da gestão local.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que o teste é uma ferramenta para ampliar a assistência na rede de atendimento local.

“Não podemos esquecer a importância da manutenção da coleta das amostras para a vigilância epidemiológica, uma vez que o teste rápido não diferencia os sorotipos da dengue e nem outras arboviroses, como Zika E Chikungunya”, acrescenta.

Avanço no diagnóstico laboratorial

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Ministério da Saúde reforça campanha sobre sintomas de Dengue, Zika e Chikungunya

Trecho de vídeo de campanha do Ministério da Saúde pelo combate a dengue, Zika e chikungunya

O Ministério da Saúde intensificou a campanha de conscientização e mobilização pela redução de casos e mortes por Dengue, Zika e Chikungunya durante o período sazonal de aumento da incidência dessas arboviroses no Brasil.

Com foco nos sintomas das doenças, a campanha apresenta o seguinte slogan: “Tem sintomas? A hora de ficar atento à Dengue, Zika e Chikungunya é agora”.

As peças de comunicação incentivam a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

A iniciativa é direcionada aos estados do Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e ao Distrito Federal.

O objetivo é chamar a atenção para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentivar a população a dedicar 10 minutos por semana para controlar os focos de reprodução do inseto.

A campanha segue nos canais digitais da pasta e canais abertos de televisão, rádio e locais de grande circulação.

Os sintomas da dengue geralmente surgem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves.

Os sinais mais comuns incluem:

  • Febre alta de início abrupto;
  • Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos;
  • Dores musculares e nas articulações;
  • Diarreia;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor nas costas;
  • Manchas vermelhas na pele (exantema);
  • Conjuntivite (olhos vermelhos).

“Estamos unindo esforços para proteger a população durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência médica são nossas prioridades”, afirma a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

SUS não entrega ao menos 76 medicamentos e procedimentos incorporados à rede pública desde 2018

Folha de S.Paulo

A insulina análoga de ação prolongada, indicada para o tratamento da diabetes tipo 1, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2019. Pela legislação, o medicamento deveria estar disponível em 180 dias, mas, após mais de 2.000 dias, pacientes ainda não têm o a ele na rede pública.

Segundo um levantamento, esse não é um caso isolado. Pacientes enfrentam uma saga para ter o a medicamentos e procedimentos no SUS. Atualmente, o Ministério da Saúde não oferta ao menos 76 itens incorporados ao sistema, dos quais 64 já extrapolaram o prazo de 180 dias.

O problema, que atravessa gestões da pasta, continua vigente sob a liderança da ministra Nísia Trindade. A lista abrange medicamentos contra câncer, diabetes, hepatites, doenças ginecológicas, além de exames, testes e implantes.

Gestores de saúde e especialistas alertam que essa situação compromete a qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS e intensifica a judicialização, um problema que o Ministério da Saúde busca conter pelo impacto no orçamento. A falta de o a tecnologias essenciais, no entanto, pode gerar consequências mais graves, como a morte de pacientes.

A reportagem identificou 242 medicamentos e procedimentos incorporados ao SUS entre 2018 e 2024, sendo 31,4% (76) ainda não ofertados pela rede pública.

Esses 76 itens acumulam uma média de 648 dias sem serem disponibilizados pelo SUS, mais de três vezes o prazo previsto em lei (180 dias).

Os principais motivos para essa demora incluem a falta de de contrato com a farmacêutica, a necessidade de atualização ou criação de protocolos de uso das tecnologias e a pendência de aprovação na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes da União, estados e municípios, uma etapa essencial no processo de incorporação ao SUS.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a maioria dos 242 medicamentos e procedimentos incorporados já está disponível à população, enquanto os demais estão em fase de aquisição ou elaboração do protocolos de uso.

A pasta acrescentou que tem compromisso com a ampliação da oferta, citando um aumento de 63,4% no orçamento da assistência farmacêutica do SUS desde 2022, que ou de R$ 13,4 bilhões naquele ano para R$ 21,9 bilhões em 2024.

O ministério nega informações completas sobre as incorporações, inclusive via Lei de o à Informação. A Folha realizou uma extensa pesquisa para chegar à listagem (leia abaixo como foi feita a pesquisa).

Custo

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Com casos confirmados em Pernambuco, Brasil registra ao menos uma morte e 23 diagnósticos por metapneumovírus em 2025

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil já registrou 21 casos confirmados e uma morte por metapneumovírus humano (HMPV) em 2025 – sem contar os casos de Pernambuco. No Estado, houve mais duas ocorrências identificadas na última quarta-feira.

Com comportamento sazonal, o vírus é responsável por provocar um surto na China. O Ministério da Saúde, no entanto, afirma que a situação no Brasil está dentro da normalidade e não há necessidade de ações específicas para combater a sua circulação neste momento.

Os dados foram informados pelo governo federal neste domingo (19). Até o momento, o estado que registrou mais casos foi Minas Gerais, com oito diagnósticos confirmados. Em seguida, aparece o Paraná, que soma seis ocorrências, onde o óbito foi registrado.

O Mato Grosso do Sul já computou dois casos de HMPV neste ano. Já Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul têm um diagnóstico, cada, de acordo com o levantamento.

A tabela fornecida pelo Ministério da Saúde ainda não inclui as duas ocorrências de Pernambuco, que foram confirmadas na semana ada. Os registros são atualizados ao fim de cada semana epidemiológica.

Pernambuco

No Estado, a Secretaria de Saúde (SES-PE) informou que duas crianças do sexo feminino, de 1 ano e 7 meses e de 3 anos e 11 meses, testaram positivo. Moradoras do Grande Recife, elas já tiveram alta hospitalar.

Em nota, o pasta federal diz que “pesquisa e monitora o metapneumovírus humano (HMPV) no Brasil como diagnóstico diferencial na rede de vigilância de vírus respiratórios, por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”.

De acordo com o Ministério, a doença já circula no país anualmente e foi registrada, pela primeira vez, em 2004. Apesar de não haver vacina específica para HMPV, a pasta orienta que as pessoas mantenham a imunização contra influenza e Covid- 19 em dia – por ser uma das formas de evitar a cocirculação de vírus respiratórios.

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Dengue: governo quer imunizante no programa de vacinação em 2026

O Ministério da Saúde planeja ampliar a aplicação da vacina contra a dengue para mais públicos até o final deste ano. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza o imunizante apenas para crianças de 10 a 14 anos.

A expectativa do governo é incorporar a vacina do Instituto Butantan, que ainda deve ser certificada, no Plano Nacional de Imunizações (PNI) já no ano que vem.

A ideia do governo é fornecer 50 milhões doses anuais para a população. No final de 2023, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a incorporar a vacina para dengue em seu calendário vacinal.

Em dezembro de 2024, o Butantan enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pedido de registro de seu imunizante contra a dengue.

Se for aprovado, o imunizante será o primeiro do mundo contra a doença a ser aplicado com uma única dose, uma vantagem que facilita a adesão em relação às vacinas existentes.

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do país e uma enorme conquista em nível internacional. Que o Instituto Butantan possa contribuir com a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue mostra que vale a pena investir na pesquisa feita no Brasil e no desenvolvimento interno de imunobiológicos”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, em comunicado à imprensa.

Número de casos de dengue teve redução de 98,1% em Pernambuco

Número de casos de dengue teve redução de 98,1% em Pernambuco

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), divulgou, nesta quarta-feira o Boletim Epidemiológico das Arboviroses Nº 02, que traz os dados coletados entre 29 de dezembro de 2024 até o último sábado (11). O levantamento aponta 283 casos prováveis de dengue (casos em investigação + casos confirmados), representando uma redução de 98,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Até o momento, oito casos de dengue foram confirmados no estado, dois óbitos ainda estão em investigação para arboviroses. A averiguação é realizada, inicialmente, pela equipe de Vigilância Epidemiológica do município de residência do óbito. Após isso, o caso vai para um comitê técnico de discussão de óbito, em que diversos profissionais avaliam a causa da morte.

Confira os dados coletados no boletim dessa semana:

  • 44 municípios pernambucanos com baixa incidência para casos de dengue;
  • 1 localidade apresenta incidência média.

Outras arboviroses

  • Chikungunya foram notificados 31 casos prováveis;
  • Zika foram notificados 4 casos prováveis;
  • Para ambos, ainda não há casos confirmados.

Oropouche

Pernambuco contabiliza, desde maio de 2024, 173 casos confirmados da Febre do Oropouche. O vírus foi identificado em pacientes dos municípios de: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itaquitinga, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Pombos, Recife, Bom Jardim, Limoeiro, Machados, Água Preta, Aliança, Catende, Gameleira, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Rio Formoso, São Benedito do Sul, Sirinhaém, Barra da Guabiraba, Bonito, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns, Macaparana, São Vicente Ferrer e Timbaúba.

Governo Lula promete novo edital do Mais Médicos para 2025

OPORTUNIDADE: Edital tem 5.970 vagas e inscrições serão realizadas até o dia 31 com prioridade para brasileiros

O governo Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o ano de 2024 otimista com a ampliação de vagas do programa Mais Médicos e promete edital para contratar novos profissionais ainda neste ano.

Em entrevista ao podcast estatal ‘Me Conta, Brasil’, o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, afirmou que o processo seletivo deve acontecer em abril, com o objetivo de repor postos que eventualmente ficaram vagos ao longo do último ano.

“É um ano em que teremos o primeiro edital do Mais Médicos em abril (…), um ano de continuar cuidando bem da população, e de garantir o ingresso de novos médicos para garantir a manutenção do programa e esse olhar da continuidade da formação”, disse Proenço. Mais detalhes sobre número e localização de vagas ofertadas ainda não foram divulgados.

O secretário afirmou ainda que, apenas em 2024, foram “repostos” mais de 7.000 profissionais no programa, que hoje conta com um total de 26.700 médicos em 4.500 municípios.

O Mais Médicos foi criado pelo governo Dilma Rousseff (PT) em 2013 e substituído pelo programa Médicos Pelo Brasil em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa tornou-se alvo de críticas por promover um esvaziamento do programa, que teve editais de chamamento abertos apenas quase três anos depois, em 2022.

Em 2023, com o retorno de Lula ao Planalto, houve um relançamento do programa, que conseguiu dobrar o número de profissionais: de 13.000 para os 26.700 atuais. No mesmo ano, houve ainda a ampliação de vagas para territórios como municípios da Amazônia Legal.

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