Com fim das férias e bloqueios para o Carnaval, o trânsito no Grande Recife em fevereiro pode fazer jus à fama de um dos piores do mundo

Do JC Online

Os blocos nas ruas já alteram o tráfego nos finais de semana, com intervenções temporárias que dão preferência à folia, ao invés da mobilidade. São poucas horas de asfalto livre para a alegria. As prévias arrastam grupos animados, depois de dois anos de hiato por causa da pandemia. Quem se deslocar pela Região Metropolitana do Recife a partir de quarta-feira, além dos bloqueios e preparativos de Carnaval, também terá que se reacostumar com o fluxo – e os engarrafamentos – da volta das férias. Todo fevereiro é assim: a quantidade de veículos rodando parece triplicar, e o trânsito segue em velocidade de cortejo nas proximidades do embarque e desembarque de estudantes nos colégios. Quando as escolas se localizam em vias de intenso movimento, é pior ainda, como na Avenida Rui Barbosa, na capital pernambucana. Motoristas e ageiros precisam exercitar a paciência, porque nem o humor de Momo, nem a estrutura de transporte em Pernambuco, ajudam a diminuir o impacto do calendário sobre a emperrada mobilidade que faz parte de nosso cotidiano.

Não é de hoje que a Região Metropolitana do Recife integra o topo dos rankings de pior trânsito no mundo. Na última terça, foi divulgado o Relatório Global sobre o Transporte Público, do aplicativo Moovit. Em pesquisa sobre cem metrópoles no planeta, entre as quais, dez brasileiras, o Recife aparece com destaque, tanto na demora para o deslocamento de uma ponta a outra da cidade, quanto no tempo de espera médio para embarque – nesse quesito, a capital pernambucana é a pior do Brasil. Em relação ao tempo médio de viagem, o Recife está em sétimo no ranking mundial, só depois do Rio de Janeiro, que se encontra em quarto lugar. Nada a estranhar, quando os recifenses já sabem que habitam a capital mais congestionada do País, segundo a plataforma TomTom, especializada em tecnologia de localização.

Reportagem publicada há quase um ano no JC contabilizou o tempo perdido pelos cidadãos no deslocamento viário no Recife: mais de 6 dias inteiros em engarrafamentos, ou quase uma semana parada, em 2021. No ranking divulgado esta semana, a cidade campeão mundial da demora é Istambul, na Turquia, seguida pela Cidade do México, e Bogotá, na Colômbia. O nó que enerva as pessoas e custa deseconomias coletivas, além dos transtornos individuais, é típico de aglomerados urbanos que cresceram sem a inteligência do planejamento, nem o rigor do ordenamento. Aqui, soma-se a esses fatores a falta de investimento em infraestrutura viária, enquanto os anos aram. A última grande obra foi a Via Mangue, caríssima em sua execução, e incompleta na concepção do traçado original, a antiga Linha Verde, cobrindo uma extensão muito maior ao longo do litoral sul.

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Detran-PE realiza reforço na segurança de motociclistas

Mais motociclistas trafegando com segurança nas ruas do Recife a partir da ação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), com informações e instalação de antenas corta pipas. A peça de segurança reduz a possibilidade de ferimentos provocados pelo cerol. A blitz educativa reuniu, na avenida José Estelita, bairro de São José, técnicos e parceiros do Detran-PE levando ainda, dicas de segurança e formas de prevenção de acidentes.

Foram instaladas 300 antenas corta pipas nas motocicletas que circularam pelo local. Além disso, os motociclistas receberam informações sobre a forma correta de usar o capacete, com o visor fechado e a cinta jugular atacada, como forma de garantir mais segurança. Também foram orientados a trafegar seguindo as regras de trânsito e respeitando a velocidade máxima permitida.

As atividades foram desenvolvidas por técnicos da Coordenação de Educação para o Trânsito, Imprensa e Publicidade Institucional do órgão e agentes da Diretoria de Fiscalização. A instalação das antenas ocorreu em parceria com a Disnove, Yamaha e Honda. Ação semelhante já foi executada pelo Detran-PE em outras localidades totalizando cerca de 2 mil antenas instaladas nos últimos meses.

Os ferimentos causados por cerol são graves e geralmente atingem em maior número o pescoço, local de agem de artéria de grande calibre. O corte pode provocar sangramento intenso e causar morte em poucos minutos. Há casos de perda da visão, quando a linha atinge os olhos e o motociclista está sem proteção. Ainda integrou a ação, o Detran Itinerante, caminhão adaptado para atendimento externo ao público. Nele foi possível abrir renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), acompanhar processos, emitir taxas, realizar agendamentos e emitir determinados documentos relacionados a veículos.

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