Transportes

O segundo dia da greve dos motoristas de ônibus começou com mais transtornos para os ageiros. O Sindicato dos Rodoviários fez um ato no início da manhã desta terça-feira (13), e dezenas de coletivos pararam em fila na Avenida Agamenon Magalhães, no Derby, na área central do Recife.

Muitos ageiros tiveram que descer dos veículos para tentar conseguir condução.

Imagens de câmeras de trânsito mostravam uma grande fila de ônibus parados nas proximidades do Hospital da Restauração (HR), no sentido Centro/Boa Viagem.

O ato foi encerrado por volta das 6h30. Com isso, os veículos puderam circular.

Nessa segunda-feira, a Justiça do Trabalho determinou a manutenção de frota mínima de 60% dos carros nos horários de pico.

Nesta terça-feira,  às 14h, está marcada uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) para tentar encerrar a greve.

Como previsto, os empresários de ônibus acionaram a Justiça do Trabalho para resolver o mais rápido possível a greve dos motoristas de ônibus, que começou nesta segunda-feira (12) na Região Metropolitana do Recife. O Sindicato das Empresas de Transportes de ageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) protocolou, logo pela manhã de hoje, um pedido de julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).

O entendimento da Urbana-PE é de que não há acordo possível com os rodoviários e, para minimizar os impactos da greve, já acionaram a Justiça do Trabalho para que ela atue como mediadora de um entendimento entre as duas categorias.

A expectativa da Urbana-PE é de que o julgamento seja rápido. O TRT-6 informou que deverá tentar uma mediação ainda nesta segunda-feira, o que poderia encerrar a manifestação.

O movimento de greve dos motoristas de ônibus começou com força na manhã desta segunda-feira, primeiro dia da paralisação por tempo indeterminado da categoria no Grande Recife. Apenas 23% da frota de ônibus conseguiu circular pelas ruas nas primeiras horas da manhã.

A informação é da Urbana-PE, que criticou o não cumprimento do que foi determinado pelo governo de Pernambuco. O Estado, que gere o sistema de ônibus na RMR através do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), exigiu a oferta de 70% da frota nos horários de pico (das 5h às 9h) e de 50% nos outros horários. O percentual é equivalente a 1.558 ônibus nos horário de pico e 1.113 ônibus no fora pico.

Poucos ônibus nas ruas e pontos cheios. Este é o cenário da manhã desta segunda-feira (12), primeiro dia da greve dos motoristas de coletivos no Grande Recife. Por causa da paralisação, as Universidades Federal (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) recomendaram que professores não realizem atividades presenciais nos cursos de graduação.

O Colégio de Aplicação da UFPE suspendeu as aulas. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) não terá aulas no turno desta manhã. Nas ruas das Zona Sul e do Centro do Recife, havia poucos ônibus rodando.

As paradas de Boa Viagem e da entrada de Brasília Teimosa estavam bem cheias por volta das 6h30. Em Olinda e Paulista, os ageiros penaram para pegar condução na PE-15, um dos principais corredores de transporte da área.

No Terminal Integrado de Joana Bezerra, o tempo de espera era de mais de uma hora. Em Igarassu, além da greve, os usuários tiveram que encarar as obras de infraestrutura, que fecharam a unidade.

Os motoristas não aceitaram o índice de reajuste salarial oferecido pela Urbana-PE, o sindicato patronal, e deflagraram a greve no dia 7 de agosto. O Grande Recife Consórcio pediu a colocação de uma frota mínima durante a paralisação, nos horários de pico, mas a categoria negou.

Neste domingo, véspera da greve programada pelos motoristas de ônibus na Região Metropolitana do Recife para esta segunda-feira (12), o Sindicato dos Rodoviários denunciou estar sofrendo ameaças para que o movimento não aconteça ou, pelo menos, seja realizado sem a força esperada.

As mensagens teriam um teor violento e se agravado nos últimos dias, chegando a falar em assassinato. Estariam acontecendo pelas redes sociais e sendo direcionadas ao presidente do sindicato, Aldo Lima, e a diretores da entidade. “São mensagens que afirmam que haverá sangue no sindicato caso a greve da categoria seja iniciada”, afirmam os rodoviários.

Segundo a categoria, as ameaças começaram a surgir ao longo da semana ada, quando mais de mil motoristas aprovaram, em assembleias volantes, a deflagração do movimento. E estariam sendo feitas por meio de perfis falsos nas redes sociais.

Ameaças falam em “tiros nas costas”, segundo os rodoviários

“As ameaças, que aram a surgir ao longo da última semana através de perfis fakes, ganharam ainda mais gravidade nos últimos dias, quando aram a ser dirigidas para a pessoa de Aldo Lima, presidente da entidade. Segundo as ameaças Aldo Lima será baleado nas costas, caso os ônibus parem neste dia 12”, relata o sindicato.

A entidade afirmou que tem o apoio da categoria e que repudia as ameaças, garantido que o movimento está mantido para começar nesta segunda. “A greve é um direito e ele será exercido pela categoria! Não nos intimidaremos perante tais ameaças. De toda forma, tomaremos as devidas providências junto às autoridades legais de Pernambuco”, diz o comunicado dos rodoviários.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) divulgou instruções para os professores e alunos no período da greve dos rodoviários em Recife, que terá início nesta segunda-feira (12).

Em nota, a UFRPE informou que a orientação é para a não realização de atividades presenciais durante o período de paralisação. Os professores, de acordo com a universidade, devem focar em aplicações de atribuições como estudo dirigido, lista de atividades, pesquisas bibliográficas, atividades individuais e em grupo, atividades baseadas em metodologias ativas, entre outras ações.

Quanto à marcação de frequência dos alunos, a UFRPE informou que a presença será computada mediante à entrega das atividades realizadas.

O Grande Recife se prepara para enfrentar uma paralisação no transporte público a partir desta segunda-feira (12) de agosto. Em assembleias realizadas nas garagens, mais de 800 trabalhadores da categoria de rodoviários rejeitaram a proposta apresentada pela Urbana-PE e decidiram pela deflagração da greve de ônibus no Recife na última quinta-feira (07).

Os rodoviários estão descontentes com a proposta da Urbana-PE, que consideram insuficiente do ponto de vista econômico e incapaz de resolver questões trabalhistas.

Os rodoviários apresentaram uma série de demandas em sua campanha salarial, que incluem:

• Reajuste salarial: Exigem um aumento de 5% acima da inflação, buscando um reajuste real em comparação com a oferta das empresas;
• Controle pelo GPS: Querem o fim do monitoramento de desempenho através de GPS, que consideram invasivo e prejudicial ao seu trabalho;
• Compensação de horas: Solicitam o término da compensação de horas, uma prática que consideram injusta e que afeta seu tempo de trabalho;
• Vale-alimentação: Reivindicam um aumento no vale-alimentação, ando de R$ 366 para R$ 720;
• Abono para dupla função: Desejam um abono de R$ 500 para os trabalhadores que exercem dupla função;
• Plano de saúde: Exigem a implementação de um plano de saúde para os trabalhadores de todas as empresas de transporte, uma demanda ainda não atendida na região.

Em resposta, as empresas ofereceram:

• Reajuste salarial: Proposta de 0,5% acima da inflação, muito abaixo do que os rodoviários solicitam;
• Vale-alimentação: Aumento para R$ 400, ainda distante do valor pedido pelos trabalhadores;
• Abono para dupla função: Oferta de um abono de R$ 180, consideravelmente menor do que o valor desejado pelos rodoviários.

“A categoria rejeitou a proposta de reajuste, que foi de apenas 0,5% acima da inflação, também rejeitou a proposta de aumento do tíquete alimentação, que hoje é R$ 366,00 e ofereceram apenas R$ 400,00 – que é o mais baixo do Brasil. A categoria também rejeitou a proposta porque a principal pauta não está sendo atendida, que é o plano de saúde. Pernambuco é o único estado do Nordeste que os rodoviários não têm plano de saúde. Por isso que rejeitamos essa proposta da Urbana”, declarou Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife, em entrevista à Rádio Jornal.

A greve de ônibus no Recife contará com a adesão de cerca de 12 garagens de empresas que prestam o serviço na capital e RMR, o que deve paralisar por completo as linhas das empresas:

• Borborema;
• Caxangá;
• Cidade Alta;
• Consórcio Recife;
• Globo;
• Itamaracá;
• Metropolitana;
• MobiBrasil;
• Rodotur;
• São Judas Tadeu;
• Veracruz;
• Viação Mirim.

Os ageiros devem se preparar para possíveis atrasos e interrupções no serviço, buscando alternativas de transporte para evitar transtornos.

O que diz a Urbana-PE

A Urbana-PE emitiu nota à imprensa onde se manifestou sobre a situação da deflagração de greve de ônibus no Recife.

A entidade reitera que desde o início de julho vem tratando com o Sindicato dos Rodoviários sobre as negociações coletivas da categoria.

“A Urbana-PE se manteve aberta ao diálogo durante todo o processo, apresentou propostas concretas e sempre buscou um entendimento com os representantes da categoria,” afirma a nota da empresa.

Contudo, a Urbana-PE lamenta que as lideranças rodoviárias tenham rejeitado qualquer possibilidade de acordo e optado por causar transtornos à população da RMR.

Medidas adotadas

Para minimizar os impactos da greve, o governo estadual determinou que uma frota mínima de ônibus deve continuar em operação durante o período da paralisação.

A meta é manter 70% da frota nos horários de pico e 50% fora desses horários.

O Grande Recife Consórcio de Transportes encaminhou ofício para o Sindicato dos Rodoviários informando sobre a necessidade de a categoria manter uma frota mínima de ônibus para atender a população enquanto durar a greve da categoria, decidida em assembleia feita pelos trabalhadores na última quarta-feira (07).

Segundo o documento, ao menos 70% da frota de ônibus deve circular nos horários de pico, das 5h às 9h e das 16h às 20h, caso a greve seja iniciada na próxima segunda-feira (12). Nos demais horários, os profissionais do setor precisam manter 50% dos ônibus em circulação. O presidente do sindicato, Aldo Lima, informou que a categoria não seguirá a recomendação.

Eles não mandam em nada. A greve vai estar mantida e eles não determinam percentual, quem determina percentual é a Justiça. Eu ignoro qualquer determinação de percentual de frota que venha do Grande Recife. Essa é a posição do sindicato”, disse Aldo Lima.

No documento, o Grande Recife diz que, apesar da garantia do direito de greve previsto no artigo 37 da Constituição Brasileira, os rodoviários precisam garantir a manutenção parcial do serviço, para atender “às necessidades inadiáveis da população”.

Aldo Lima disse que a recomendação não será cumprida porque a Constituição Federal prevê um percentual diferente de operação mínima durante movimentos grevistas. “Quem define isso é a Justiça. A gente sabe que tem a cartilha de greve que determina que o mínimo é 30%. O direito de greve é um direito constitucional”, argumentou.

No ofício ao sindicato dos trabalhadores, o Grande Recife listou o número de ônibus por empresa que devem circular na Região Metropolitana se os percentuais recomendados pelo consórcio forem seguidos.

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O Sindicato das Empresas de Transportes de ageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) divulgou uma nota, nesta quarta-feira, na qual se compromete a “manter oferta de transporte público” mesmo se o Sindicato dos Rodoviários decidir por uma paralisação nas atividades.

“Caso o Sindicato dos Rodoviários opte pela deflagração da greve, a Urbana-PE assegura que se empenhará para manter a oferta do transporte público por ônibus e minimizar os prejuízos para a população e para a economia local”, informou, via nota oficial. (Confira a nota completa no final da matéria)

Ainda no texto, a concessionária afirmou que “se manteve aberta ao diálogo durante todo o processo” e que propostas foram apresentadas para um acordo com os representantes da categoria.

Os rodoviários aprovaram um indicativo de greve após a realização de duas assembleias volantes que aconteceram na última quinta-feira (1º), nas garagens do Consórcio Novo Recife (Transcol e Pedrosa) e da empresa Globo, na Zona Norte do Recife.

Contudo, é importante lembrar que o indicativo ainda não significa que a categoria entrou em paralisação.

Para isso acontecer, ainda será necessário a escolha e aprovação de uma data. Existe, inclusive, a possibilidade da greve ocorrer na próxima semana. Outro ponto abordado pela Urbana é a possível motivação da greve.

O sindicato das empresas de transporte afirmou que as lideranças rodoviárias rejeitam qualquer acordo e que afirma que a paralisação tem motivações políticas.

“Lamentavelmente, as lideranças rodoviárias rejeitaram qualquer possibilidade de acordo e optaram por persistir causando transtornos à população da Região Metropolitana do Recife (RMR). Alertamos que esses movimentos, assim como as tratativas acerca das negociações, têm contado com o envolvimento direto de grupos de não rodoviários com motivações políticas e até de sindicalistas de outros estados, sem qualquer relação com a categoria local ou compromisso com os seus pleitos”, diz a nota.

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Como já era esperado, o indicativo de greve geral dos ônibus – um mecanismo legal que notifica uma data legal para paralisação – foi aprovado pelos rodoviários do Grande Recife.

Todas as 12 empresas de ônibus da região votaram a favor da paralisação, que ainda não tem data definida para acontecer. As últimas permissionárias que aram por assembleia foram Cidade Alta e MobiBrasil, na manhã desta quarta-feira (07).

O próximo o vai ser uma reunião da diretoria do Sindicato dos Rodoviários, que deve acontecer entre esta quarta e quinta-feira (08). Lá, a categoria vai decidir o dia de parada oficial dos ônibus no Grande Recife. Os trabalhadores buscam, entre outras demandas, reajuste salarial e implementação de plano de saúde.

O presidente do sindicato, Aldo Lima, afirmou que, por mais que ainda não tenha sido definida uma data oficial, a paralisação deve acontecer apenas a partir da próxima semana.

“A gente não vai parar já agora. Ainda vamos sentar para conversar, entre a diretoria, quando vai ser a melhor data. Mas não devemos paralisar nessa semana”, disse.

Ainda segundo o presidente, a categoria está aberta a ouvir novas propostas da Urbana-PE.

“A proposta deles foi rejeitada. Se eles apresentarem outra proposta, a gente vai ouvir. Se não fizerem isso, vamos ter que parar. A greve é um instrumento que garante ao trabalhador o direito de reivindicar ou expressar as indignações com os empresários. Não queremos ir para a greve, queríamos avançar, mas, se tivermos que parar, vamos fazer isso, porque temos que ajudar a categoria”, completou.

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Usuários de ônibus da Região Metropolitana do Recife tiveram que lidar com atrasos dos veículos na manhã desta terça-feira (06) por conta de uma assembleia realizada pelos motoristas e o sindicato dos rodoviários. Os profissionais discutem uma paralisação por falta de negociação sobre demandas da categoria.

As reuniões dos rodoviários são feitas nas garagens das concessionárias com os motoristas de cada empresa. Nesta terça-feira, a assembleia foi realizada na garagem da empresa Caxangá, causando atrasos nas linhas. Filas se formaram no Terminal TI Xambá por conta dos atrasos e os usuários do transporte relataram que não sabiam da assembleia e foram pegos de surpresa.

Os ônibus começaram a chegar no terminal por volta das 6h e saíram lotados devido ao grande número de pessoas no aguardo.

O Sindicato dos Rodoviários deu início às reuniões na semana ada e já realizaram assembleias com motoristas da Borborema, Globo, Metropolitana, Veracruz, Viação Mirim, Rodotur, Itamaracá e Consórcio Recife.

As próximas empresas que serão palco das assembleias são a Cidade Alta, São Judas Tadeu e Mob Brasil. Com isso, o sindicato deve bater o martelo sobre a adesão da greve.

Os usuários do metrô da Região Metropolitana do Recife iniciaram a semana tendo que lidar com problemas no trem da Linha Centro nesta segunda-feira (05). Os ageiros desceram do metrô com problemas e andaram pelos trilhos, o que atrasou ainda mais o retorno do serviço.

Até que todas as pessoas saiam dos trilhos, o rebocador não se aproxima da composição com falhas, a fim de evitar acidentes. Por conta disso, as estações de Camaragibe e Jaboatão foram paralisadas. A previsão é que as atividades sejam normalizadas dentro de 45 minutos.

O Grande Recife Consórcio adotou medidas para atender os usuários do metrô, que precisam optar por ônibus para chegarem aos destinos.

Entre as medidas estão:

1. Ativação da linha emergencial 238 TI Jaboatão/TI Barro:
2. Reforço na linha 200 TI Jaboatão (Parador)
3. Ativação da linha emergencial 858 TI Joana/TI Afogados/TI Barro.
4. Ativação da linha emergencial TI Camaragibe/TI TIP.
5. Reforço na linha 346 TI TIP/Conde da Boa Vista.

Neste período do ano, é comum termos greve de ônibus no Grande Recife, devido à fase de negociação salarial dos motoristas com os empregadores. Na manhã desta segunda-feira (05), aconteceu a assembleia volantes, realizada em frente à garagem da Borborema, na Zona Sul do Recife, que impediu a saída dos veículos nas primeiras horas do dia.

Essa movimentação do sindicato começou na quinta-feira (1º), nos estacionamentos do Consórcio Novo Recife (Transcol e Pedrosa) e da empresa Globo, na Zona Norte da capital, também impedindo a saída dos veículos. Essas votações acontecem entre 3h e 5h e afetam o início da operação dos ônibus, porque as garagens ficam fechadas, impactando diretamente os ageiros que circulam cedo no sistema de transporte da RMR.

Filas grandes nos terminais integrados e paradas cheias foram encontradas onde há operação da Borborema. Segundo representantes do sindicato, a assembleia chegou ao fim e os ônibus já foram liberados para a circulação.

Paralisação dos ônibus no Grande Recife

A série de assembleias – duas por dia – encerra na quarta-feira, 7 de agosto, quando a greve deve ser decidida. A deflagração do movimento será feita pelo Sindicato dos Rodoviários, sem a necessidade de uma nova reunião. Conforme Aldo Lima, presidente da entidade, o edital da assembleia volantes prevê essa autonomia ao sindicato.

Ainda segundo Aldo, o sentimento da categoria é de greve. Os rodoviários realizam movimentos de paralisação parcial dos ônibus no Grande Recife há duas semanas, justamente no período em que a discussão salarial foi iniciada.

O que os motoristas reivindicam?

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Os rodoviários aprovaram, na manhã desta quinta-feira (1°), o indicativo de greve, um aviso legal que indica uma possível paralisação, com os trabalhadores das empresas Globo e Consórcio Recife. Com isso, a expectativa de uma paralisação geral da categoria segue alta.

O indicativo foi aprovado em assembleia realizada nesta manhã nas empresas. Os rodoviários seguem nos próximos dias para mais 12 garagens na Região Metropolitana do Recife (RMR) onde vão debater os próximos os a serem tomados. Protestos dos ônibus também não estão descartados.

“A categoria rejeitou a proposta dos empresários. A gente vê a categoria se mobilizando de garagem em garagem. Estou sentindo que vai ser aprovado um indicativo de greve geral, para todos os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima.

Reprovação das propostas

Os rodoviários negociam reajustes com a Urbana-PE, que gere as empresas de transporte no Grande Recife, há cerca de um mês. Segundo o sindicato, no entanto, as propostas que não apresentaram melhorias significativas. Os motoristas alegam ainda que a empresa é capaz de oferecer, financeiramente, condições melhores do que foi proposto até agora.

Uma das propostas atuais é de 0,5% de aumento do salário acima da inflação. O pedido dos rodoviários, no entanto, foi de 5% de reajuste real.

A Urbana-PE propôs, ainda, um valor de R$ 400 para o vale-alimentação, além de um abono de R$ 180 para quem exerce a dupla função – também não aceitos pela categoria. Há, ainda, a instituição de um plano de saúde para os trabalhadores, que até hoje não contam com o benefício, assim como o controle das horas trabalhadas.

O que diz a Urbana-PE

A Urbana-PE informou que os rodoviários “bloquearam ilegalmente as garagens de duas empresas de ônibus” para a realização das assembleias, o que “atrasou a saída da frota e comprometeu o início da operação do transporte público na zona norte do Recife”.

Além disso, a Urbana-PE afirmou ainda que as assembleias foram realizadas sem comunicar previamente à empresa.

Sobre a aprovação do indicativo de greve, no entanto, a empresa não se posicionou.

Veja, abaixo, a nota da Urbana-PE na íntegra.

A Urbana-PE informa que o Sindicato dos Rodoviários bloqueou ilegalmente as garagens de duas empresas de ônibus na manhã desta quinta-feira (1º). A atitude das lideranças rodoviárias atrasou a saída da frota e comprometeu o início da operação do transporte público na zona norte do Recife. As garagens foram liberadas às 05h30 e a operação já foi normalizada.

A paralisação ocorreu sob o pretexto de realização de assembleias para deliberação sobre a negociação coletiva da categoria. A Urbana-PE alerta que as assembleias ocorreram sem a devida comunicação prévia, divulgadas apenas nas redes sociais na tarde de ontem e sem informar sequer onde seriam realizadas, impossibilitando a plena participação dos rodoviários, especialmente daqueles que trabalham em outros turnos.

O Sindicato dos Metroviários do Estado (Sindmetro-PE) anunciou, no final da noite desta terça-feira (30), que a categoria aprovou o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do biênio 2024/2026 proposto pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

No entanto, os profissionais seguem em estado de greve até o dia 22 de agosto, em que uma nova Assembleia Geral definirá os rumos do movimento grevista. O estado de greve foi decretado no último dia 25 deste mês.

Segundo o Sindmetro-PE, além da ACT, o encontro da categoria realizado nesta terça-feira, em frente à Estação Central do Recife, no bairro de São José, na área Central da capital, também serviu para o ree de informes aos profissionais sobre o Acordo Coletivo Especial (ACE).

“A proposta da empresa foi colocada em votação e, por decisão da maioria presente, foi aprovada com apenas 2 votos contra e 3 abstenções”, detalhou o Sindmetro-PE, por meio de nota.

Confira a lista do que foi aprovado no ACT:

• Reajuste de 2,58% que incidirá sobre todas as cláusulas econômicas, com pagamento retroativo a maio de 2024;
• 100% do INPC para 2025;
• O auxílio-creche será extensivo aos empregados homens, e a idade máxima da criança a de 4 anos para 5 anos e 11 meses.

Durante o encontro convocado pelo Sindmetro-PE, nesta terça-feira, o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, detalhou sobre o andamento do Acordo Coletivo Especial (ACE).

“Estava parado (ACE) desde o início de maio na Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SEPPI) da Casa Civil, aguardando a devolução do processo do ACE para o Conselho de istração da CBTU. No entanto, até o momento, nada foi feito. O presidente Luiz Soares entrou em contato com os técnicos da SEPPI na última quinta-feira, 25 de julho, e no dia seguinte, 26 de julho, a SEPPI/Casa Civil oficializou o Conselho de istração da CBTU através do SEI, fornecendo todas as respostas solicitadas pelo Conad”, detalhou o Sindmetro-PE, em nota.

Nesta segunda-feira, motoristas da empresa de ônibus Vera Cruz realizaram uma paralisação que afetou o transporte no Grande Recife.

Devido à mobilização, os ônibus que atendem os Terminais Integrados de Cajueiro Seco, Aeroporto, Tancredo Neves, Barro e Afogados, além de diversos bairros na Região Metropolitana, saíram da garagem da empresa, localizada em Jaboatão, com atraso no início da manhã.

Motivos da paralisação

De acordo com os funcionários, a paralisação ocorreu porque a empresa Vera Cruz não se posicionou sobre o futuro dos motoristas caso todas as 14 linhas restantes sejam transferidas para outras operadoras do Sistema de Transporte Público de ageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP) até o início de agosto.

Intervenção da Polícia Militar na garagem da Vera Cruz

A situação na garagem necessitou da intervenção da Polícia Militar (PM), devido a um desentendimento entre um motorista e o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, Aldo Lima.