
Motoristas de aplicativo de Pernambuco vão aderir à paralisação nacional marcada para a próxima terça-feira (26), e também vão cruzar os braços. A manifestação terá início às 7h, quando os profissionais do Uber e outros apps estacionarão os carros em protesto contra o PL que regulamenta a atividade da categoria.
De acordo com a Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco (Amape), os motoristas encostarão os carros na faixa local da Avenida Agamenon Magalhães, na altura do Classic Hall. Não haverá bloqueio da pista ou paralisação que afete o trânsito, segundo a entidade.
Do Classic Hall, os motoristas seguirão em carreata em direção à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde entregarão aos deputados estaduais um pedido de retirada de urgência do projeto, que deverá ser enviado aos deputados federais e senadores pernambucanos.
Além do Recife, também estão marcados atos em Caruaru, Garanhuns, Petrolina, Vitória de Santo Antão e Porto de Galinhas, em Ipojuca, na Região Metropolitana. O movimento também tem apoio da Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil (Fembrapp).
Greve do Uber
“O motorista não quer pagar 27,5% de INSS, pois já estamos há oito anos sem nenhum tipo de reajuste. O que o motorista quer é liberdade pra trabalhar e tarifas justas, de no mínimo R$ 2 o quilômetro, mais tempo, pois as plataformas chegam a tirar 60% do valor de uma viagem”, disse Thiago Silva, presidente do Amape.
“Além disso, o projeto prevê o cálculo dos ganhos, com base na hora trabalhada, de R$ 32,09. Muitos destes profissionais já conseguem fazer um valor superior, em diversas capitais do país. Muitos temem o chamado bloqueio branco, onde as plataformas deixam de enviar solicitações, quando o mínimo é atingido”, completou.
Outro ponto de divergência é a obrigatoriedade de representação de sindicatos, junto ao governo e plataformas. Na opinião do presidente da Amape, a categoria não se sente representada por essas instituições.
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