O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, e sua companheira de chapa, Ana Paula Matos (PDT), deram a largada nesta terça-feira (13) em uma maratona por 5 Estados do Nordeste.
Começaram pela Bahia e, nos próximos dias, seguem para Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Ceará, onde Ciro fez sua carreira política. Ao reforçar a campanha na região, a dupla busca atrair eleitores que hoje declaram voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nesta terça-feira, Ciro e Ana Paula compareceram, à inauguração do comitê de campanha do PDT em Irecê (BA), município situado na região da Chapada Diamantina e que já foi conhecido como a “capital mundial do feijão”.
A agenda do dia teve também um encontro com pessoas com deficiência na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Salvador, no bairro da Pituba, e, à noite, uma transmissão ao vivo da CiroTV, também na capital baiana.
Antipetismo
Nas últimas semanas, o candidato do PDT tem escalado o tom de suas críticas a Lula e seu partido. Em parte, busca conter um eventual movimento de “voto útil” de eleitores que declaram voto em Ciro ou até em Tebet, mas, por rejeitar Bolsonaro, poderiam votar no petista para derrotar o presidente no 1º turno.
Ao comentar uma tentativa de agressão que relatou ter sofrido de um apoiador de Bolsonaro no sábado (10), durante visita ao Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre (RS), disse que o bolsonarismo é uma reação ao “desastre”, à “corrupção” e à “contradição” do PT.
“O cara, talvez para se defender –covardes que são–, disse que estava armado. No fim não estava armado coisa nenhuma. O bolsonarista, além de frouxo e covarde, é mentiroso também”, declarou o ex-ministro e ex-governador do Ceará em live da CiroTV no mesmo dia.
E continuou: “Mas não pode ser, para combater o PT, virar um PT piorado, que é o que está acontecendo tanto sob o ponto de vista de corrupção, com o Bolsonaro, quanto das práticas de ‘nós contra eles’, de usar violência, segregação, acusar o adversário para esmagar.”
Em uma série de publicações em seu perfil no Twitter na segunda-feira (12), Ciro afirmou que Lula seguirá perdendo votos para o “crescente” antipetismo, declarou ser o adversário que o ex-presidente “mais teme” e disse que a “fraca candidatura” do petista seria “a verdadeira linha auxiliar de Bolsonaro”.
Trata-se de reação a manifestações públicas de líderes do PT, como a do coordenador de comunicação da campanha de Lula e prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, que afirmou que Ciro está “fazendo alianças com o fascismo”.
“Fascismo existe quando não respeitam a pluralidade de visões e ideias. Quem mais entrou com medidas judiciais contra Bolsonaro foi o PDT”, disse o presidente da sigla, Carlos Lupi.