Um grupo de candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU) recebeu, por engano, no turno de provas da manhã, o caderno que deveria ser entregue somente no período da tarde. A situação, que ocorreu em Recife, foi denunciada por uma candidata nas redes sociais e confirmada pelo Ministério da Gestão, responsável pelo concurso.
O órgão, no entanto, diz que o problema “não afetou a aplicação nem o sigilo das informações”, (leia mais abaixo).
Com quase 1 milhão de participantes, o chamado “Enem dos concursos” foi realizado no último dia 18 em 228 cidades do país. O resultado está previsto para sair no dia 21 de novembro.
A prova da tarde foi entregue por engano no turno da manhã a participantes do bloco 4, da área de trabalho e saúde do servidor, que faziam o exame na Escola de Referência do Ensino Médio (EREM) Jornalista Trajano Chacon, conforme a denúncia da candidata nas redes sociais.
Segundo ela, os candidatos ficaram com as provas erradas por cerca de 11 minutos, até que perceberam e informaram aos fiscais. Neste período, a concurseira chegou a anotar o nome na folha e ler algumas questões.
As provas, então, foram devolvidas ao envelope aberto, e os mesmos cadernos foram entregues à tarde, de acordo com a candidata. O nome dela, inclusive, já estava anotado no papel.
A mulher também disse que, por conta do ocorrido, os candidatos pediram um tempo adicional de 11 minutos para realizar a prova da manhã, o que foi acatado pelos fiscais de sala, mas de maneira informal, sem anotação no quadro.
Ao fim do primeiro turno, a participante relatou o ocorrido à Cesgranrio, a banca responsável pelo concurso, e à ouvidoria do governo federal. Também denunciou a situação ao Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Pernambuco.
Nas redes sociais, candidatos comentaram que o fato de alguns participantes terem tido o antecipado à prova pode prejudicar a isonomia do concurso.
Além disso, segundo eles, a violação do envelope onde ficam guardados os cadernos de prova poderia permitir que uma pessoa não autorizada tivesse o às provas e divulgasse as questões, antes do início do turno da tarde.
O que diz o governo
Depois que a situação foi identificada, “o envelope com os cadernos de provas da tarde foi lacrado novamente e ficou sob guarda da fiscalização e do certificador externo do Ministério da Gestão”, até o horário do segundo turno do exame, afirma o governo federal.
O ministério disse ainda que “a situação foi identificada e corrigida imediatamente, com a troca das provas, antes do início das provas no período matutino”.