Com precárias condições de trabalho médicos do Hospital da Mulher do Recife pedem demissão coletiva

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O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) entregou à gestão da unidade uma carta de intenção de desligamento do serviço dos obstetras plantonistas do Hospital da Mulher do Recife (HMR). O pedido de demissão coletiva foi deliberado pelos médicos e médicas em assembleia e contraria a tranquilidade da istração pregada pelo prefeito João Campos (PSB).

O documento também foi encaminhado para a Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital de Câncer de Pernambuco (gestor do HMR), o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

“A categoria não a mais as precárias condições de trabalho, com o déficit da escala médica do HMR, a sobrecarga de atendimentos, jornadas exaustivas, além de outros problemas. As reivindicações já foram discutidas com a Secretaria de Saúde do Recife, mas como as propostas apresentadas não eram suficientes para sanar as graves dificuldades da unidade, não foram acatadas pelos médicos”, explicou o sindicato, em nota.

O Simepe espera que a situação seja solucionada o mais rápido possível, “para que os médicos atuem em condições dignas de trabalho para prestar a melhor assistência para a população.” A entidade reforçou a necessidade de recomposição da escala de plantão com, pelo menos, seis plantonistas, bem como a isonomia da remuneração dos obstetras com a dos anestesistas.

Sobre a manutenção da escala completa, em todos os plantões, o HMR explica que abriu um processo seletivo para contratação de médicos em 2020, quatro em 2021 e um em 2022, mas a adesão não correspondeu à necessidade. Neste ano, estão sendo disponibilizadas 17 vagas.

“A Secretaria reforça o seu compromisso com a rede municipal de saúde e com os recifenses. Desde janeiro deste ano, começou a convocar, gradualmente, mais de 480 profissionais aprovados no último concurso público, realizado em 2019, que precisou ser interrompido em função da pandemia da Covid-19. Do total de trabalhadores convocados, 223 vão atuar especificamente nas policlínicas e maternidades da capital”, completou a pasta.