PPAV – Navegação Aérea – Unidade 09
Por Comte. Hiltinho (*)
Continuação…
6 – Instrumentos para Navegação Aérea – existe um conjunto de instrumentos básicos utilizados na navegação aérea. Com os dados colhidos desses instrumentos, o piloto verifica se o voo está seguindo em condições normais ou se haverá necessidade de fazer alguma correção. Tais instrumentos são:
6.1 – Bússola – é o mais importante dos instrumentos básicos e tem por função indicar as direções magnéticas. Dentre os vários tipos de bússola, a magnética é a mais usada em aeronaves de instrução e de transporte, independente de tipos e portes.
6.1.1 – Bússola magnética – constituída por um conjunto de componentes, entre os quais há uma barra de aço imantada (agulha magnética), apoiada em seu centro de gravidade, de tal forma que possa girar livremente, constantemente atraída pelo Polo Norte Magnético. Podemos dividir uma bússola magnética em três partes distintas:
6.1.1.1 – Estrutura – formada por uma câmara cilíndrica, a qual contém todos os componentes normais e imantados, tais como: agulha; parafusos ajustáveis, funcionando como compensadores; cartão graduado; líquido estabilizador; janela e linha de fé para a leitura das direções;
6.1.1.2 – Cartão graduado – trata-se de uma superfície cilíndrica, também denominada limbo, que contém a escala das direções, normalmente posicionadas de 5 em 5 graus. Este cartão tem a propriedade de manter-se suspenso ao centro, pelo eixo-e que lhe permite girar livremente sobre a agulha imantada, como se estivesse simplesmente flutuando. A câmara deverá estar cheia de líquido, querosene ou xilene, que serve como lubrificante; e,
6.1.1.3 – Linha de fé – é um filete posicionado verticalmente na janela da bússola, como ponto referencial para a leitura das direções magnéticas contidas no cartão graduado.
A bússola deve está posicionada na frente, com a janela voltada para o piloto. A leitura da direção que aparece na linha de fé é para onde a aeronave está sendo dirigida.
6.2 – Tubo de Pitot – é um pequeno tubo destinado a captar as pressões estáticas e dinâmicas, as quais são levadas ao altímetro, ao velocímetro e ao climb (instrumento indicador de subida e de descida), através de duas linhas de pressão. O tubo de pitot é instalado na aeronave em local de destaque, de modo a ficar paralelo à linha de vento relativo. As pressões advêm do impacto do deslocamento da aeronave com o ar sereno. Uma parte da pressão estática é captada pelos furos laterais do Pitot e a outra, juntamente com a pressão dinâmica, são captadas pelo furo dianteiro, formando o que se denomina de pressão total.
(*) Hilton Batista de Oliveira (Hiltinho) é Engenheiro Civil, aposentado do Banco do Brasil e Piloto Privado de Avião. Escreve suas crônicas todas as segundas-feiras para o Blog PE Notícias.