Conferência de Meio Ambiente debateu o futuro de Afogados da Ingazeira

Ascom

Em nenhuma outra época da civilização, exceto talvez no auge da guerra fria, a vida no Planeta esteve tão ameaçada quanto nesses tempos de mudanças climáticas e aquecimento global. Nunca foi tão urgente implantar ações para reduzir os danos que já se fazem sentir pelo mundo afora.

Nesse sentido, a Conferência Municipal de Meio Ambiente realizada durante todo o dia dessa sexta-feira (16) em Afogados da Ingazeira, debateu temas intimamente ligados ao nosso futuro: reflorestamento, crédito de carbono, segurança hídrica, combate à desertificação, preservação da caatinga, gestão de resíduos sólidos, sistema agroflorestal, educação ambiental, ecoturismo, certificação ambiental, dentre inúmeros outros.

A Conferência contou com mais de 150 participantes, quase o dobro do previsto inicialmente. Eles puderam, ao final dos debates em grupo e aprovação das propostas em plenária, escolher 28 delegados e delegadas para a Conferência Estadual, que acontece em Recife, no mês de março. A delegação de Afogados da Ingazeira foi composta respeitando a paridade de gênero e com 50% de representantes da sociedade civil.

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Adelmo Santos, se mostrou feliz não só pela participação, mas também pela qualidade dos debates e propostas apresentadas. “Estou muito feliz com o resultado, a secretaria tem apenas quinze dias mas já conseguimos realizar uma grande Conferência. Esses resultados também irão subsidiar nossas ações à frente da secretaria diante do grande ivo ambiental que temos pra cuidar”, destacou Adelmo.

O bispo Diocesano, Dom Limacêdo Antônio, destacou na abertura que na defesa da vida todos se encontram. “Esse debate mostra que é possível fazermos mais, que é possível fazermos diferente”.

O vice-prefeito Daniel Valadares, alertou para o fato de que no processo de privatização da Compesa não há previsão de destinação de recursos para abastecimento rural. “Representei o prefeito Sandrinho Palmeira na assembleia da Amupe e levantei essa preocupação, que seja destinado um percentual desse recurso para investimentos do Estado na implantação de sistemas de abastecimento d’água nas comunidades rurais”, afirmou.

O prefeito Alessandro Palmeira destacou ações ambientais importantes já implantadas pela Prefeitura do município, como o Sistema de Reúso de Água, a Farmácia Viva, a Sementeira com espécies da caatinga, o fim do lixão, o código ambiental, a lei que implantou a educação ambiental nas escolas, a instalação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, além da própria criação de uma secretaria específica para tratar do tema. “Essa secretaria é fruto da luta da sociedade. Já vínhamos desenvolvendo ações importantes que serão potencializadas nesse segundo mandato, sob o comando desse grande lutador que é o nosso secretário Adelmo Santos,” afirmou. O prefeito ainda fez questão de destacar a importância da participação qualificada no Comitê de Bacias do Rio São Francisco, que possibilitou a conquista recente de 25 milhões de reais para a retomada das obras de saneamento global no município.

A Conferência contou com representantes de diversos segmentos e instituições, a exemplo da Diocese, Sindicato de Trabalhadores Rurais, Comdrur, conselhos de bairros, Diaconia, IFPE, GRE Alto Sertão do Pajeú, Colônia de Pescadores, Sisar, IPA, Fórum de Mulheres do Pajeú, dentre outras.