Conselho do Parque Dois Irmãos critica Raquel Lyra por exoneração de gerente em troca de nome político

Mudança no Parque Dois Irmãos para abrigar aliança política não agradou conselho consultivo do local - Pedro Caldas/Semas

Servidores e demais representantes do Conselho Gestor do Parque Estadual Dois Irmãos começaram uma mobilização, com abaixo assinado e carta para Secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas), Ana Luiza Ferreira.

A situação ocorre após a governadora Raquel Lyra (PSDB) exonerar na segunda-feira (06) a então Gerente Geral do Parque Estadual Dois Irmãos, Marina Falcão, para nomear Sávia Florêncio, esposa do recém-empossado deputado Wanderson Florêncio (Solidariedade).

A movimentação política feita por Raquel para assegurar aliança com Wanderson, no entanto, não agradou o Conselho Consultivo do Parque Dois Irmãos.

Na carta e abaixo assinado que pedem que as decisões de Raquel Lyra sobre o parque nesta semana sejam revogadas, o grupo cita que recebeu com “surpresa e completo descontentamento” a exoneração de Marina Falcão.

Grupo cita falta de compromisso com preservação ambiental

Os representantes consultivos afirmam que a decisão de exonerar a gerente não teria ado pelo Conselho e também não estaria centrada em manter uma equipe com conhecimento técnico e identificação com o local.

“Esta comunidade se sente decepcionada com a ausência de diálogo sobre o afastamento não justificado de uma pessoa tecnicamente preparada, com conhecimento da realidade do Parque, e em seu lugar indicado alguém que não reúne experiência e formação na área”, cita a carta ao citar Sávia Florêncio.

O Conselho relata que como servidora do Parque desde 2009, com expertise como bióloga e mestre em ecologia, não haveria razões para exonerar Marina Falcão de um cargo de liderança importante dentro do Parque para colocar Sávia, que é jornalista.

Além de pontuarem como antidemocrático a demissão de uma funcionária em alto cargo no Parque sem diálogo com o Conselho Consultivo, o grupo cita que a decisão mostra “falta de compromisso com o meio ambiente”, pelo papel de preservação que há no local.