Desemprego anual bate recorde em Pernambuco

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Com um em cada cinco pernambucanos em idade de trabalhar desocupado, Pernambuco registrou em 2021 a maior taxa média de desemprego do país. A taxa anual foi de 19,9%, acima da média nacional de 13,2% e a maior do estado desde 2012, ano de início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A situação pernambucana se assemelha ao quadro da maioria dos estados nordestinas. Bahia e Sergipe aparecem na segunda e terceira colocações no ranking nacional, com 19,5% e 17,9% da população desocupada. Alagoas vem depois, com 16,9%. Na região, a média da taxa anual foi de 17,1%, permanecendo estável em relação a 2020, enquanto a média nacional do ano ado, de 13,2%, ficou abaixo dos 13,8% anotados pelo IBGE em 2020.

Em números absolutos, a população desocupada, termo utilizado para designar pessoas que procuraram emprego, mas não encontraram, foi de 831 mil pessoas em 2021, um aumento de 25,5% em comparação ao ano anterior.

Segundo a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, a vacinação pode ter contribuído para o aumento da taxa, tendo em vista que a flexibilização do distanciamento social pode ter incentivado a volta da busca por emprego para aqueles que ficaram inativos em 2020.

A gerente aponta outras hipóteses para os números do estado. “Ao longo de 2020, uma parcela significativa da população recebeu o Auxílio Emergencial, que foi reduzido tanto em valores quanto em número de beneficiados no ano ado. Outro fator que pode ter contribuído foi o fechamento de escolas e a evasão escolar de jovens durante a pandemia. Sem o a estudo e com dificuldades financeiras, parte deles ou a buscar ocupação para auxiliar nas despesas domésticas”, afirmou.

A pesquisa apontou que a informalidade, que inclui os trabalhadores sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar, subiu de 48% em 2020 para 51,1% em 2021 em Pernambuco. O resultado coloca o estado em 8º lugar no ranking nacional. Um milhão e 737 mil pernambucanos trabalharam na informalidade em algum momento de 2021.