Em 2024, 75% dos empregos com carteira criados no Brasil foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família

Trabalhador pode continuar recebendo metade do valor do Bolsa Família

Em 2024, quase oito em cada dez (75,5%) vagas no mercado de trabalho foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, segundo um levantamento feito Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O programa conta com a Regra de Proteção, que permite a permanência do benefício por um período de transição, mesmo após a conquista de um emprego.

A Regra de Proteção foi criada em 2023 para que famílias que tenham um aumento de renda possam continuar recebendo o Bolsa Família por um período de até dois anos, desde que sigam dentro de determinados critérios de renda.

Caso o novo trabalho faça a renda familiar por pessoa aumentar até meio salário mínimo (R$ 709), o titular do Bolsa Família ainda recebe, por até dois anos, 50% do benefício. Essa regra foi criada para evitar que o titular perca o auxílio de uma vez ao conseguir um emprego, garantindo mais segurança financeira até que se estabilize.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação de 1.693.673 empregos em 2024. Desses, 98,87% foram ocupados por pessoas cadastradas no Cadastro Único, sendo que 75,5% (1.278.765 empregos) foram preenchidos por beneficiários do Bolsa Família.

Para continuar recebendo o Bolsa Família, os beneficiários devem fazer a atualização da nova renda no Cadastro Único (CadÚnico).

O ministro do MDS, Wellington Dias, esclarece que, se um trabalhador que deixou de receber o benefício ficar desempregado novamente, terá prioridade para retornar ao programa.

— Quando perder o emprego e cair a renda, (o trabalhador) não entra mais em fila. Volta para o Bolsa Família. É essa regra que garante o Brasil com menos informalidade e com mais pessoas com emprego decente, explicou o ministro.

Beneficiária seguiu no programa

A dona de casa Teodora Maria de Oliveira, de 63 anos, sabe bem a importância dessa regra. Beneficiária do Bolsa Família por mais de dois anos, a moradora de Teresina, no Piauí, ou a receber 50% do valor por ter tido um aumento de renda familiar.

– Após ficar viúva, uma prima com deficiência veio morar comigo. Por ela receber uma ajuda do governo, comecei a receber a metade do valor do Bolsa Família, conta Teodora.