O secretário estadual de Saúde, André Longo, participou ontem (por videoconferência) da assembleia extraordinária da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que ocorreu em Gravatá e reuniu prefeitos de todas as regiões. Longo apresentou um panorama da pandemia, ressaltou a aceleração da variante Ômicron e pediu a colaboração para os municípios fiscalizarem o cumprimento da proibição total de festas e shows no período de 25 de fevereiro a 1º de março, quando seria comemorado o carnaval.
“Sabemos da importância das tradições em cada região e cidade do estado durante os dias de carnaval. No entanto, estamos mobilizados a evitar qualquer evento que gere aglomeração e possa favorecer a transmissão do vírus. Lembramos, ainda, que temos uma preocupação específica com relação ao cenário epidemiológico, já que o carnaval antecede o período das doenças respiratórias sazonais. Para isso, vamos precisar atuar de forma conjunta com a mobilização de todos os municípios, cada um fazendo sua parte”, afirmou.
A intensificação da vacinação nas cidades, principalmente quanto à dose de reforço e no público infantil, também foi abordada pelo secretário. “Precisamos avançar com a dose de reforço para quem está elegível, além da necessidade de adiantar o processo de vacinação nas crianças a partir dos 5 anos. Sabemos que há resistência por parte dos pais e responsáveis, mas não podemos retroceder nesse aspecto. É muito importante que o estímulo à vacinação seja trabalhado pelos municípios e pelas secretarias municipais de saúde junto às famílias e, sobretudo, no ambiente das escolas públicas, sendo utilizadas como espaços para a imunização de crianças e adolescentes”, disse.
Atualmente, Pernambuco está com 70% do público de adolescentes entre 12 e 17 anos vacinados com a primeira dose; e 47% com a segunda dose. Já o público infantil, de 5 a 11 anos, está com cobertura inferior a 20% na primeira dose.
Exames
Longo também ressaltou a importância dos gestores municipais realizarem a correta prestação de contas dos testes rápidos de antígeno para detecção da Covid-19 que foram entregues pela Secretaria Estadual de Saúde. Ele lembrou a recomendação emitida pelo Ministério Público de Pernambuco.
Na quarta-feira, o Procurador-Geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, expediu documento para que os promotores intervenham junto aos prefeitos e secretários de saúde com o objetivo de melhorar o registro de dados. No documento, o procurador-geral ressalta a obrigatoriedade de notificação ao Ministério da Saúde de todos os resultados de testes.
“Temos capacidade de distribuição de testes em Pernambuco e quase 1,5 milhão estarão disponíveis para serem encaminhados e utilizados pelos municípios. A importância da informação correta permite o planejamento da necessidade municipal e a logística estadual para dispensação”, disse Longo.