Deputados, senadores, governadores e prefeitos se reúnem na tarde desta quarta-feira para apresentar à Executiva do União Brasil um documento pedindo o afastamento do atual presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), bem como o início de processo de expulsão da sigla, em meio a uma escalada da crise no partido. Nos últimos meses, Bivar, que tem mandato até o último dia de maio, ou a ficar isolado na sigla. Há duas semanas, perdeu a eleição do comando da legenda para Antônio Rueda, seu antigo aliado e hoje adversário.
O embate chegou ao ápice, porém, quando o conflito partidário virou caso de polícia. Rueda acusa Bivar de ter feitos ameaças de morte e, desde terça-feira, seus advogados alegam que há suspeitas de que ele incendiou a sua casa de praia em Pernambuco e a de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira da sigla.
Reunião da Executiva Nacional na sede do União
Segundo o partido, na reunião desta tarde haverá o recebimento de representação contra Bivar com “pedido cautelar de afastamento da função e expulsão com cancelamento de filiação”.
Fundamentos da representação
Grupo de Rueda trata de “ofensas e ameaças de morte ; indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas do vice-presidente Antonio Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda ; violência política contra mulher; validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido e mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contrário à desfiliação”.
Primeiro o da reunião
A Comissão Executiva Nacional se reúne para decidir se recebe ou não a representação contra Bivar. A Executiva poderá aplicar, em caráter cautelar, por deliberação de três quintos de seus membros, a “destituição da função” de Bivar. Também pode haver a expulsão. Mas isso não deve ocorrer no mesmo dia, já que há prazos para a defesa.
Prazo para defesa
Se for decidido o recebimento da representação contra Bivar, o secretário-geral do partido, ACM Neto, abre prazo de 72 horas para manifestação do acusado.
Depois disso, o relator do caso proferirá seu voto, que será “submetido ao plenário por votação secreta ou por aclamação”. Ainda assim, Bivar terá novo prazo para defesa. São mais cinco dias para defesa, com decisão final no prazo de até 60 dias.