Blog do Cauê Rodrigues
Em 12 de Abril do ano de 2013, o então governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, e o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, além do secretário Executivo de Agricultura Familiar, Aldo Santos, estiveram no município de Carnaíba, no Sertão do Pajeú, para inaugura a tão esperada fábrica de Cimento Pajeú, que deveria gerar naquela época, um montante de 140 empregos diretos.
A esperança do povo carnaibano era de uma nova fonte de renda para a cidade, mas tudo o que aconteceu foram muitas dores de cabeça para as pessoas que lá entravam para trabalhar e garantir o sustento de suas famílias.
Após várias tentativas de dar certo, inclusive com o arrendamento da fábrica em 2024, a indústria citada acabou fechando as portas.
Hoje, a unidade que fica à margem da Rodovia PE-320, na comunidade da Santa Rosa, na saída para a cidade de Flores, está de portas fechadas, apenas com um pequeno número de seguranças para evitar saqueamento.
Muitos trabalhadores que lá prestaram serviços recorrem à justiça para receber seus salários atrasados e direitos trabalhistas.
Na cidade não se encontra um escritório de representatividade da falida fábrica. Muitos ex-funcionários tem que cobrar seus direitos no Ministério Público e no Ministério do Trabalho no intuito de informações sobre pagamentos e direitos.
12 anos depois a polêmica fábrica de cimento existe apenas em prédio, desapontando a esperança de muitos carnaibanos.
Desapropriaram na época, cerca de 20 famílias e destruíram o pequeno povoado da Santa Rosa, inclusive a capela da comunidade, tirando daqueles moradores suas terras que serviam para plantações, sobrevivência do gado e suas moradias. Perderam seus terrenos e casas e em trocas recebem (alguns deles), casas populares na cidade como forma de indenizações.