FPM: prefeituras já receberam R$ 12,1 bi em fevereiro deste ano

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Brasil61

As prefeituras já receberam mais de R$ 12,1 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em fevereiro. O montante é quase 21% maior do que os cofres municipais embolsaram no mesmo mês do ano ado. A tendência de alta dos rees se manteve na última sexta-feira (18), quando o FPM reou cerca de R$ 1,1 bi. O valor já leva em conta o desconto dos 20% para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Na mesma época de 2021, ou seja, o segundo decêndio de fevereiro, os municípios receberam em torno de R$ 840 milhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o segundo decêndio costuma ser o menor do mês, e equivale a 20% do esperado para os 28 dias.

Com o peso da inflação, que está em 10,38% nos últimos 12 meses, a alta no ree diminui para 18,66% em termos reais, explica a entidade. O FPM é ainda mais importante para as prefeituras de pequenos municípios, que têm menos possibilidades de arrecadar recursos suficientes com a atividade econômica local ou impostos.

É o caso de Umirim, que fica no norte do Ceará. Darlan Brito de Freitas, secretário de Finanças local, diz que o FPM é a principal fonte de renda do município, onde há carência de indústrias ou comércio fortes. “Nossas despesas de maior volume são a folha de pagamento, INSS, o duodécimo da Câmara Municipal e os fornecedores, de modo, geral, são pagos, em sua maioria, com os recursos do FPM. Com exceção do Fundeb, que é um recurso específico para a educação, não tem nenhuma receita que se compare ao FPM no município de Umirim”, destaca.

Após queda drástica nas receitas por causa da crise econômica que as medidas restritivas no combate à pandemia da Covid-19 causaram, ele diz que os rees têm melhorado bastante, o que ajuda a manter as contas da prefeitura em dia. Nesta sexta, a cidade recebe quase R$ 195 mil do fundo.

Bloqueio

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, até 17 de fevereiro, 52 municípios estavam entre os entes bloqueados por causa de alguma pendência. Entre os principais motivos para bloqueio estão: ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), débitos com a inscrição da dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), e falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

Para desbloqueio do ree, o município deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação.

Confira a lista dos municípios com rees bloqueados:

  • PRINCESA ISABEL (PB)
  • UMBUZEIRO (PB)
  • TEIXEIRA (PB)
  • PUXINANÃ (PB)
  • IMACULADA (PB)
  • IATI (PE)
  • SIRINHAÉM (PE)
  • ALTAMIRA (PA)
  • APERIBÉ (RJ)
  • BALSAS (MA)
  • BENEDITINOS (PI)
  • BREJO GRANDE DO ARAGUAIA (PA)
  • CAAPORÃ (PB)
  • CAMBUCI (RJ)
  • CARACARAÍ (RR)
  • CARAPEBUS (RJ)
  • CARIRA (SE)
  • CARMOLÂNDIA (TO)
  • CARMÓPOLIS (SE)
  • CERRO GRANDE DO SUL (RS)
  • CORIBE (BA)
  • CRISTINÁPOLIS (SE)
  • CRIXÁS (GO)
  • DUARTINA (SP)
  • GLORINHA (RS)
  • IMPERATRIZ (MA)
  • INGÁ (PB)
  • ITAJÁ (GO)
  • ITAMBACURI (MG)
  • ITINGA DO MARANHÃO (MA)
  • JUAZEIRO (BA)
  • MANGARATIBA (RJ)
  • MATO GROSSO (PB)
  • MOREIRA SALES (PR)
  • NOVA ALIANÇA DO IVAI (PR)
  • ARIZONA (GO)
  • PARANÁ (RN)
  • PEREIRO (CE)
  • PERUÍBE (SP)
  • PETRÓPOLIS (RJ)
  • PORTO DA FOLHA (SE)
  • RIO DAS OSTRAS (RJ)
  • RIO DO PIRES (BA)
  • RIO TINTO (PB)
  • SANTA MARIA DA VITÓRIA (BA)
  • SÃO JOÃO DE MERITI (RJ)
  • SÃO LOURENÇO (MG)
  • SILVA JARDIM (RJ)
  • TAPIRA (MG)
  • TAQUARI (RS)
  • TUCURUÍ (PA)
  • RUCUIA (MG)