Frente Ampla de Serra Talhada pode não durar muito tempo, avalia blog

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A verdadeira Frente Ampla que agitou Serra Talhada após o apoio do Avante à governadora Raquel Lyra, levando o Palácio a conquistar os três grupos políticos do município, pode estar ameaçada de implosão. Não para o lado da governadora, pelo menos por enquanto, mas para o lado dos irmãos Oliveira (deputado federal Waldemar e seu irmão ex-deputado Sebastião, atual presidente estadual do Avante). A prefeita Márcia Conrado, do PT, a primeira liderança política de Serra a se aliar a Raquel logo no primeiro turno da eleição de 2022, não se manifestou publicamente sobre a aliança do Palácio com o Avante e com o deputado estadual Luciano Duque, do Solidariedade, mas este final de semana, sem que ninguém esperasse, lançou a candidatura do seu esposo Breno Araújo, a deputado estadual.

O fato teve ampla repercussão no município e levou Sebastião Oliveira a conversar com a prefeita e seu irmão Waldemar a cobrar, publicamente, Márcia do acordo feito para sua reeleição no ano ado em torno do apoio a Sebastião que quer voltar para a Assembleia. Para completar, a ex-deputada federal Marília Arraes articulou um encontro de Márcia com o prefeito João Campos na volta do Congresso do PSB em Afogados Ingazeira que rendeu uma conversa particular entre João e a prefeita.

Marília, segundo uma fonte próxima a ela, raciona que não vai caber em um único palanque Márcia, Luciano e Sebastião e começou a cavar um espaço no entorno da prefeita para o primo João. Márcia foi eleita prefeita no primeiro mandato com o apoio de Luciano do qual era vice. Em 2022 Luciano apoiava Marília e ela Raquel mas, mesmo assim, o teria ajudado a se eleger estadual. Durante a campanha da reeleição de Márcia os dois romperam e Márcia se juntou a Sebastião que era vice de Marília. Com a eleição de Raquel e o apoio da bancada do Solidariedade a ela na Assembleia, Marília se afastou do grupo, liderado por Luciano, alegando que não foi ouvida.

A versão nos meios políticos de Serra é a de que o lançamento do esposo de Márcia como candidato atrapalhará o município que teria envergadura para eleger dois estaduais e não três. A briga de foice é para saber quem vai ceder. Como Márcia tinha acordo com Sebastião e até com o presidente estadual do PT, deputado estadual Doriel Barros, foi feita uma composição entre os vereadores de sua base para dividir os votos entre eles e também o deputado Fabrizio Ferraz mas, após o lançamento  do esposo Breno, todos os vereadores declararam apoio a ele.