Valor
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem a sua gestão avaliada de forma positiva por 31% dos pesquisados da pesquisa Genial Quaest, realizada no município de São Paulo de 22 a 25 de junho com margem de erro de três pontos percentuais. A avaliação negativa ficou em apenas 20%, com 41% de regular e 8% entre os que não sabem e não respondem.
É um desempenho superior ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem gestão vista positivamente por 28% dos pesquisados e de forma negativa por 33%. O melhor desempenho comparado é o do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Apenas 20% veem sua gestão como ruim, e 36% de forma positiva. A pesquisa também mediu a aprovação do emedebista, que supera a desaprovação por 47% a 46%, face à pergunta se ele merece ou não ser reeleito.
Segurança Pública (Violência e Crime) de longe é apontado como o principal problema da cidade, obtendo 29% de menções em pergunta de resposta espontânea. Saúde aparece em segundo, com 17%, e nenhum outro consegue mais do que 5%. É um resultado que sugere que dificilmente o tema deixará de aparecer na campanha eleitoral, ainda que a responsabilidade sobre o assunto seja, no primeiro nível, do governo estadual. O vice de Nunes deverá ser um coronel da reserva da Polícia Militar, Ricardo Mello de Araújo (PL), mas a pesquisa não mede a imagem da polícia na cidade.
Um trunfo do deputado Guilherme Boulos, pré-candidato pelo Psol, poderá ser a sua provável vice, a ex-senadora Marta Suplicy (PT), que governou São Paulo entre 2001 e 2004. Ela é a ex-prefeita que lidera a memória paulistana quando a pesquisa pergunta de quem foi a melhor gestão na cidade, com 13% das menções.
Marta supera um de seus antecessores, Paulo Maluf, também ex-governador, que governou a cidade pela última vez entre 1993 e 1996. Maluf, hoje com 93 anos e completamente afastado da política, obtém 11% das menções. Na sequência estão Bruno Covas, que morreu no cargo em 2021, com 7%, e a deputada federal Luiza Erundina (Psol), com 7%, mesmo tendo governado a cidade entre 1989 a 1992, há mais de trinta anos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é lembrado por 5%.
A televisão é o principal meio de informação dos paulistanos sobre política, com 35%, seguida das redes sociais, com 25%, o que indica que o horário eleitoral gratuito poderá ser relevante. Nunes terá ter a maior parte do horário.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo 08653/2024.