Governo federal e governo de Goiás travam disputa pública por aeroporto

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Estadão

O governo federal e o governo de Goiás travam uma disputa pública pela gestão do Aeroporto de Anápolis (GO), cidade a 60 quilômetros de Goiânia. A estrutura foi federalizada em julho do ano ado a pedido da gestão estadual. De um lado, o governo goiano diz que voltará a istrar o aeroporto, o que é negado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). No centro da discussão está a obra de uma segunda pista de pouso e decolagem.

Procurada, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) apontou falta de investimento da Infraero no local e disse ter cobrado informações da estatal. A Infraero, ligada ao Ministério de Portos e Aeroportos, citou “sérios danos ambientais” causados pela obra da segunda pista e disse que segue gerindo o aeroporto.

A controvérsia escalou no mês ado, quando o governo chefiado por Ronaldo Caiado (União Brasil) divulgou um comunicado alegando que a Goinfra “retomará a gestão do Aeroporto de Anápolis”, e que o acordo com a Infraero havia sido rompido. “O acordo foi rompido, uma vez que o órgão federal sinalizou que, por questões ambientais, não realizará investimentos no terminal”.

O governo goiano ainda reclamou que a Infraero ou a cobrar taxas das empresas que atuam no local. “Como não irão realizar investimentos, não podemos permitir que continuem realizando cobranças elevadas”, disse o presidente da Goinfra e secretário de Infraestrutura de Goiás, Pedro Sales, em referência ao governo federal. O comunicado foi mal recebido pela cúpula da Infraero.

A estatal federal deu uma versão diferente do governo goiano. Disse ter encontrado concessionários atuando por conta própria, sem base legal, e identificou processos istrativos e judiciais que apontam prejuízos ao meio ambiente com a obra da segunda pista do aeroporto.

Procurada, a Goinfra afirmou: “A Goinfra enviou novo ofício à Infraero em que solicita posicionamento definitivo acerca da outorga do sítio aeroportuário”, acrescentando que no fim de janeiro o Ministério de Portos e Aeroportos informou “não ter interesse” em avançar com a obra da segunda pista de pouso e decolagem.

A Infraero afirmou: “O aeroporto continua sob gestão da Infraero”, completando: “Fica evidente o receio das consequências e responsabilidades que estão sendo apuradas relativas à gestão das obras da segunda pista do aeroporto e que causaram sérios danos ambientais e assoreamento do Córrego Barreiro”.