Nova ‘trapalhada’ na gestão de Nísia Trindade, na Saúde, aumenta apetite do Centrão

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao lado do presidente da República. Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por Roseann Kennedy/Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já avisou aos partidos interessados em novas vagas na Esplanada que descarta fazer uma reforma ministerial por ora. Se houver mudança, será pontual, de quem quiser disputar as eleições deste ano. Mas a “trapalhada” do Ministério da Saúde nesta semana, com a publicação e posterior suspensão da nota técnica sobre procedimentos permitidos pela lei para o aborto legal nos serviços de saúde em qualquer período da gestação, resgatou no Centrão o desejo pelo comando da pasta.

O problema persistiu até este ano, quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se queixou de divergência na liberação de emendas da pasta e cobrou explicações.

Para contornar o embate, equipes técnicas do Ministério da Saúde e da Câmara precisaram marcar um encontro reunir para identificar onde há divergência. Antes, Lula reiterou a Nísia que a orientação de que acordos selados pela articulação política devem ser cumpridos.