Líderes e aliados do PT se reúnem com Lula para discutir nome de ministro da Fazenda

Lula e Haddad em ato por frente ampla com ex-presidenciáveis em São Paulo, no mês de setembro — Foto: Yuri Murakami/TheNews2/Agência O Globo

Com dificuldade na articulação da “PEC da Transição”, proposta de emenda à Constituição que abre espaço no Orçamento do ano que vem para cumprir as promessas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líderes do PT e de outros partidos da aliança se encontram hoje com o presidente eleito em São Paulo para propor que ele acelere a indicação de seu futuro ministro da Fazenda.

O diagnóstico de petistas e aliados é que falta um “rosto” para encampar a medida que permitirá ao novo governo pagar o Bolsa Família de R$ 600 em 2023 e também outros gastos. A dificuldade de avançar com a PEC no Congresso fez com que Lula asse a ser pressionado até mesmo por aliados para anunciar seu ministro da Fazenda.

Entre eles está o senador Jaques Wagner (PT-BA), que ontem afirmou que o que falta é “ministro da Fazenda” para destravar as negociações da proposta de emenda à Constituição. O senador é dum dos aliados que levarão a Lula hoje o diagnóstico da necessidade de um ministro da Fazenda indicado.

A cúpula do PT deve participar em peso desse encontro, entre eles Wagner e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). O presidente está há duas semanas sem ir a Brasília, primeiro por conta da COP27 e depois para se recuperar de uma cirurgia na garganta.

Haddad é o mais cotado

Enquanto Lula não define sua Esplanada, aliados do presidente eleito, dentro e fora do PT, colocam Fernando Haddad como o mais cotado para assumir o posto.

Um dos indicativos foi o fato de o presidente eleito ter escalado o ex-ministro para representá-lo no tradicional Almoço Anual de Dirigentes de Bancos da Febraban, que acontece hoje, em São Paulo, com a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.