O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá nesta quinta-feira (13) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e com o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, para discutir o texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da segurança pública. O petista deve bater o martelo para enviar o texto ao Congresso.
A fonte de financiamento para o fundo que será criado a partir da unificação dos fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário. A questão será tratada na reunião e Lula pode dar a palavra final sobre uma solução.
É possível que Lula peça para se reunir com os governadores ou com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), antes de enviar a versão final da PEC ao Congresso. Nestes casos, o texto só seria encaminhado oficialmente ao Congresso depois dos encontros.
A versão final incorporou o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre as guardas municipais. Em decisão no final de fevereiro, a Corte declarou que as guardas municipais podem fazer policiamento ostensivo nas vias públicas, respeitando-se os limites de competências com as demais forças de segurança.
De acordo com Lewandowski, a proposta estabelece a integração de todas as políticas do país, desde a Polícia Federal até a Guarda Municipal.
O governo também tirou da versão final o trecho que dava ao Executivo federal a prerrogativa de determinar as diretrizes gerais para a segurança pública, amplamente contestado pelos governadores, principalmente os de oposição, sob a alegação de que haveria intervenção na autonomia dos Estados e municípios. A questão deverá ser tratada posteriormente por meio de um projeto de lei.
A PEC constitucionaliza o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), criado em 2018 por meio de lei ordinária (Lei 13.675). O texto também aumenta as atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que aria a ser chamar Polícia Viária Federal, abrangendo o patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
A versão mais recente do texto foi apresentada por Lewandowski em janeiro. Outra iniciativa que consta no texto é padronizar e tornar públicos protocolos, informações e dados estatísticos do país na área da segurança pública em um único sistema.
Eis a íntegra do Projeto de Emenda Constitucional.